Eu, como pesquisadora de Guimarães Rosa, estou bem interessada no Simbolismo...
Pesquisando na internet, achei isso aqui:
"O que caracteriza a poesia simbolista?
Na França, a poesia da segunda metade do século XIX assumiu duas formas: o Parnasianismo e o Simbolismo. Os parnasianos consideravam um poema o fruto de um exaustivo trabalho de sabedoria e perfeição rítmica e musical que pretendia descrever objetivamente a realidade. Da evolução do Parnasianismo surgiu o chamado Simbolismo, que queria fugir da rigidez estética parnasiana em direção a uma poesia mais livre nos temas e na forma. Seu objetivo era ter como base a sugestão, a criação de imagens fluidas e a apresentação subjetiva da realidade, expressa pelo uso de sinestesias e metáforas sutis."
Acho isso tão interessante!
Leiamos, agora, as palavras do próprio Rosa a Günter Lorenz:
Pesquisando na internet, achei isso aqui:
"O que caracteriza a poesia simbolista?
Na França, a poesia da segunda metade do século XIX assumiu duas formas: o Parnasianismo e o Simbolismo. Os parnasianos consideravam um poema o fruto de um exaustivo trabalho de sabedoria e perfeição rítmica e musical que pretendia descrever objetivamente a realidade. Da evolução do Parnasianismo surgiu o chamado Simbolismo, que queria fugir da rigidez estética parnasiana em direção a uma poesia mais livre nos temas e na forma. Seu objetivo era ter como base a sugestão, a criação de imagens fluidas e a apresentação subjetiva da realidade, expressa pelo uso de sinestesias e metáforas sutis."
Acho isso tão interessante!
Leiamos, agora, as palavras do próprio Rosa a Günter Lorenz:
"Escrevi um livro não muito pequeno de poemas, que até foi elogiado. Mas logo, e eu quase diria que por sorte , minha careira profissional começou a ocupar meu tempo. Viajei pelo mundo, conheci muita coisa, aprendi idiomas, recebi tudo isso em mim; mas de escrever simplesmente não me ocupava mais. Assim se passaram quase dez anos, até eu poder me dedicar novamente à literatura. E revisando meus exercícios líricos, não os achei totalmente maus, mas tampouco muito convincentes. Principalmente, descobri que a poesia profissional, tal como se deve manejá-la na elaboração de poemas, pode ser a morte da poesia verdadeira. Por isso, retornei à 'saga', à lenda, ao conto simples, pois quem escreve estes assuntos é a vida e não a lei das regras chamadas poéticas. Então comecei a escrever Sagarana. Nesse meio termo [entre os poemas de Magma e Sagarana] haviam transcorrido dez anos, como já lhe disse; e desde então não me interesso pelas minhas poesias, e raramente pelas dos outros. Naturalmente digo isso, porque é um dado biográfico, pois não aconteceu que, um belo dia, eu simplesmente decidisse me tornar escritor; isto só fazem os políticos. Não, veio por si mesmo; cresceu em mim o sentimento, a necessidade de escrever e, tempos depois, convenci-me de que era possuidor de uma receita para fazer verdadeira poesia."(Diálogo com Guimarães Rosa. P.70)
Não parecem posições semelhantes?
Eu acho!
Olá Camila, tudo bem?
ResponderExcluirVezenquando cometo uns poemas (sem pretensões, pura distração) e o texto do Rosa que vc transcreve me ajuda a reconher que lapido demais meus versos, que presto muita atenção na forma em detrimento do conteúdo - um versinho até minimamente bom acaba se enrijecendo, fica artificial, sem alma, 'parnasiano' demais. Melhor seria deixar fluir naturalmente, do jeito que vem à mente jogar no papel e deixar assim. Vou tentar fazer isso da próxima vez.
Um grande abraço e parabéns pelo ótimo blog.