Sinopse: Depois de um parto complicado em que sua vida estava em jogo e que resultou na perda de seu útero, Derin tem dificuldade de se conectar com sua filha recém-nascida, Maria. Isso faz com que Derin se desconecte cada vez mais do mundo ao seu redor, incluindo seu relacionamento com o marido Afolabi, que está cheio de ansiedade por não ser capaz de compartilhar a alegria da paternidade com sua esposa. O diretor e roteirista nigeriano Damilola Orimogunje nos apresenta ao mundo da depressão pós-parto após partos traumáticos e suas consequências na saúde mental da mãe.
Mais ou menos como acontece com Juju Stories, esse longa explora a mesma temática de um dos curtas que assisti anteriormente, falo de A Renascida, de Damilola Orimogunje , que é esteticamente muito bonito e que comento aqui. No longa temos a história do nascimento da Maria, filha da mãe Derin e do pai Wizo. Após um parto traumático onde seu útero precisou ser retirado, Derin não consegue conviver com a bebê, tocá-la, chamar seu nome, olhar para ela, muito menos amamentá-la. A única pessoa que parece acolhe-la, até mais que ela própria, é o marido, que é sempre um fofo, carinhoso, defende-a dos ataques da sogra que, de forma bruta. joga na cara da mulher o quanto ela é uma mãe inadequada, o quanto ela deve se acostumar com as dores físicas e psicológicas, pois ser mãe é mesmo isso, enquanto que ela não é capaz de fazer nada nem mesmo comer direito para seu leite não secar e não deixar a filha passando fome. Mas Derin não consegue, é sempre uma tortura para ela, quando sua gengiva começa a sangrar, seus cabelos a cair, ela percebe que perdeu o senso de humor, o marido está perto, mas ele também não é capaz de tudo...
Maria, tão pequena, também não é capaz de compreender o inferno onde sua mãe vive, então chora, chora muito, sem parar: falta-lhe o laço materno, o mesmo que falta a Derin, que não se formou, se desfez após o parto, criando uma bebê sem mãe e uma mãe traumatizada e culpada.
Esse filme é muito sofrido, especialmente para nós mulheres, mas esteticamente é belo observar como a ideia foi se desenvolvendo e passou de um breve poema imagético, no curta, para um longa mais realístico, ainda que não tenha aberto mão do caráter dramático. Algumas imagens:
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A sogra acusadora, também acolhe |
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Mãe inadequada! |
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Pós parto traumático |
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Primeiro banho de Maria |
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Maria conhece o pai |
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Pai sofre por não viver alegria da paternidade, mas é sempre só acolhimento |
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Mão e filha não se reconhecem |
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Mãe tenta pegar Maria no colo |
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Sogra que só acusa |
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Mãe : perdida |
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O útero teve que ser retirado |
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Você continua linda, como sempre |
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Pare de chorar Maria |
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Vai de chamar Maria! Todos alegres, menos a mãe |
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A mesma estética do curta: azul nos azulejos brancos |
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Ela tenta, mas não consgue |
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nem trabalhar |
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Diagnóstico de depressão pós parto |
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Não reconheço minha filha |
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Maria chora e Derin força a estar com ela |
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Maria chega em casa |
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Primeiro beijo em Maria |
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Sem vínculo entre mãe e filha |
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Pouca celebração da paternidade |
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Um dos raros momentos em que o casal se acolhe mutuamente |