Nesse dia ensolarado de 26 de julho de 2015 deu-se o velório e o sepultamento do meu pai no arvorejado cemitério do Jaraguá. Claro que foi difícil, tive várias crises de choro (especialmente quando chegamos no velório no frio das 4 da matina e não tinha ninguém) e também perder o pai não é qualquer coisa. Mas, por outro lado, não posso deixar de dizer que foi tudo muito bonito! Primeiro que ele estava lindo, sereno, em paz, do jeito que eu queria voltar a vê-lo (diferente daquele rosto com aquela máscara de oxigênio do hospital e todos aqueles tubos), com muitas coroas de flores das filhas e netas e do genro e nora e de amigos carinhosos... e ai por volta do meio dia, houve um "caso sem comparação... de não se sair mais da memória": quanta gente veio dar o último adeus ao seu Hermelindo ! Não tenho certeza, mas devia ter cerca de 100 pessoas naquele velório! Parentes, vizinhos de toda a redondeza dos 40 anos que moramos nesta casa, amigos de 76 anos de uma vida muito bem vivida desse senhorzinho sensacional! Revi e abracei pessoas que tinha visto há muitos anos, revi amigos meus, da minha mãe, da infância da minha irmã, parentes dos mais diferentes quilates subiram o morro para o sepultamento, numa espécie de procissão de amor pelo "seu Hermelindo"... como ele mereceu essa homenagem póstuma!
Como confortou a gente esse amor todo, não tenho palavras para retribuir e, se eu soubesse como agradecer, eu o faria porque só eu sei como aquilo nos deu uma reavivada e nos fez ter vontade de seguir a vida.
Viva seu Hermelindo, o homem da minha vida!