Na manhã de 27 de abril de 2015 faleceu, ao 72 anos, dormindo, a ex guerrilheira Inês Etiene Romeu, em Niterói no RJ. Inês era historiadora e foi a única sobrevivente da Casa da Morte de Petrópolis e, incrivelmente viveu o ofício de historiadora: (sobre)viveu para contar. Trata-se de uma das figuras que eu mais admiro entre todas, já falei dela aqui e não tenho palavras para expressar meu sentimento ao saber da sua morte , pois nunca que desejamos a morte de alguém, ainda uma pessoa assim tão admiravelmente corajosa, porém me lembro de tantas e tantas vezes que Inês quis morrer, quis se ver livre do inferno em que vivia e como nunca foi permitido a ela ter paz, nem em pleno século XXI, democracia no Brasil, ainda era preciso calar a voz de Inês. E ela morreu da forma que merecia: dormindo, como um anjo, como merecia. Agora se efetuam as palavras de sua irmã na Comissão da Verdade em 2014:
"Sua missão é de heroísmo. Você não tem mais o que temer. Você venceu".Celina Romeu
Nunca vou me esquecer da sua história, da sua coragem, da sua dignidade. Como escreveu Gabriel Gacía Márquez, "A vida não é a que se viveu, e sim a que a gente recorda, e como recorda para contá-la." e a história de Inês é exatamente essa!
Gratidão, admiração, amor! Fica em Paz Inês!
Gratidão, admiração, amor! Fica em Paz Inês!
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