sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

"Dois", poema de James Ribeiro


Dois
E quando em nudez, em pé,
Na sua frente,
Levemente puxou os cabelos.
E beijou com gosto.
A transou no beijo,
Mordeu o lábio inferior.
E tratou de descer
Cheirando todo seu corpo,
Instintivamente.
E quando chegou,
Passou a língua,
Sentiu o calor que extrapolava
E sentiu DE-MO-RA-DA-MEN-TE...
Era como se permitir voar
Em chão, e não estar preso,
A não ser pelas mãos.
Que ao acariciar seus cabelos,
Se fez rebolar vagarosamente.
Amoleceu as pernas, babeou.
E ofereceu de dentro
De seu tesão,
Seu delírio em líquido.
Em penugem eriçada
E unhas arranhando
Tudo que fosse pele.
Sugada. Escorrida pela perna.
Sorria.
James Ribeiro

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