Stand do Brasil em uma feira de livros no séc. XXI
SOBRE LITERATURA BRASIDEIRA CONTEMPORÂNEA E SUA CRÍTICA -Na Pandemia adquiri o hábito de assistir vídeos aleatoriamente, conforme o YouTube vai me oferecendo. Como tenho me interessado por literatura contemporânea, ele me oferece alguns com esse tema, assisti uma aula do professor Marcos Ferrari sobre quais seriam as linhas mestras que podemos perceber nas obras lançadas há 20/25 anos e tratam do tempo do Agora . Para mim, que sou historiadora e leitora dessas produções, me interessou a colocação de que é muito difícil criticar essas obras, pois elas ainda estão em processo, são inacabadas. É como a história do tempo presente que, para interpretá-la, ainda é preciso criar metodologias. por enquanto Ferrari destacou 3 tendências principais : crise da linguagem e da representação , crise de identidade e recusa de sentido geral. Ouvindo-o falar, pensei que essas tendências são mais fáceis da gente visualizar porque muito desses temas já estavam nas obras de autores de meados do século XX (falo de Clarice e Guimarães), então já começaram a ser pensados há tempos e agora reaparecem pintados com novas cores. Mas existem outros fatores mais difíceis de criticar (assim como as obras, a crítica também está em processo de composição), fatores que estão lá, a gente pode ver, mas não percebe direito, porque também estamos no olho do furacão, precisamos de tempo e alguma distância para enxergar.
Com tudo isso, lembro da minha crise crítica com meu autor queridinho dessa leva, o Milton Hatoum: o meu processo de entender que ele não vai e não precisa escrever para me agradar como leitora, até porque eu também ainda o enxergo com olhos críticos antigos e o projeto literário dele reage a estímulos que ainda desconheço. Que interessante...
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