sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

Lançamento do meu livro "Escrevendo a lápis de cor: Infância e História na escritura de Guimarães Rosa"

Capa do meu livro, com desenhos do Marcio Reif 

Sim, meu primeiro livro foi publicado! Que emoção, minha gente! 

No dia 3 de dezembro de 2021 aconteceu a live de lançamento da minha tese publicada em em livro pela Editora Desconcertos, com a presença do Editor Claudinei Vieira e a responsável pela Coleção Acadêmicas, Paula Autran: 


Um print da Live

Caso tenha interesse em assistir, está disponível aqui :


Primeiro  me  preparei para a ocasião


Depois fizemos os testes necessários 

Mas não foi o suficiente para garantir uma boa conexão, se não me engano, caí umas três vezes! Muitas pausas (M%, diria Rosa), e fiquei tão atarantada que não sabia onde estavam os livros que queria ter mostrado na hora. Estavam atrás do computador! Eram esses livros

Livros de contos de Rosa "Primeiras Estórias"(1962) ;"Tutaméia"(1967) 
E "A última aventura do Sete de ouro", adaptação de um conto de Sagarana (1946) para as crianças 
 pelo tio e autor infantil Vicente Guimarães (1960)  


Mas de qualquer forma pude falar bastante, sem chorar nenhuma vez! Sei que muita gente amiga estava assistindo, a Patricia Rafaini que foi da minha banca, o meu orientador na tese Elias Thomé Saliba (sempre os mais produtivos comentários), foi muito especial!
O livro do ano de 2021


Em determinado momento a Paula perguntou qual seria a importância desta publicação para os nossos dias atuais e eu  responder :
"Essa tese eu defendi em 2014, há sete anos, mas só agora em 2021 surgiu a oportunidade de publicá-la em livro e eu, como Guimarães Rosa, não acredito que nada aconteça por acaso: Em 2021, em um dos mais conhecidos prêmios literários do país, o Jabuti, premiou a obra Sagatrisuinorana , de João Luiz Guimarães, como  melhor livro infantil. A sinopse do livro nos conta:
"

"O livro Sagatrissuinorana é uma homenagem a João Guimarães Rosa que reconta a fábula dos Três Porquinhos, mas tendo como pano de fundo o rompimento das barragens de Mariana e Brumadinho. O texto segue a sintaxe rosiana, ao mesmo tempo em que não se furta a registrar criticamente duas das maiores tragédias socioambientais do país — e que tiveram as Minas Gerais como palco.

Afinal, o que fazer quando a realidade parece superar a ficção? Diante do devastador tsunami de lama ainda haveria a possibilidade de se temer o lobo? O simbólico e o real medem suas forças neste livro tão potente, com um final aberto a inúmeras interpretações."

Discussões tão atuais, trazidas às crianças, possibilitou que o livro levasse também o prêmio de LIVRO DO ANO 2021, destacando esse ano como o ano em que Guimarães foi associado ao tema infância e eu meu livro também participamos dessa marca! Fiquei muito contente!

Agora lançado, o meu livro continua em pré venda neste link .

A divulgação da live que a desconcertos fez trouxe até um trecho do prefácio escrito pelo Elias:


 O texto de lançamento: 

"ESCREVENDO A LÁPIS DE COR: Infância e História na escritura de Guimarães Rosa

Camila Rodrigues

Sondando uma documentação minuciosa, composta por correspondência de cartões-postais; as três séries dos trinta cadernos manuscritos de Guimarães Rosa; escritos dispersos em periódicos, desenhos ou sugestões de imagens e capas feitas pelo próprio escritor e de inúmeras outras fontes – além, é claro de amealhar toda a portentosa fortuna crítica de Rosa – quase que poderíamos dizer, com Willy Bolle, que Camila Rodrigues chegou bem perto de penetrar na “câmara íntima” de criação do escritor. 

Por tudo isto, incluindo a meticulosa e sensível escrita da intérprete, o livro é uma contribuição inestimável não apenas à uma história cultural da linguagem das crianças, mas também porque, ao amealhar e dialogar com a extensa fortuna crítica do escritor, ensaia uma inédita interpretação das incríveis narrativas do autor de Tutaméia."


Tudo muito bom para ser verdade, mas foi verdade sim! Viva Guimarães Rosa!


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