Depois de velha, estou relendo na íntegra, com atenção aos detalhes o inesquecível livro Alice no País das Maravilhas, para minha pesquisa, claro...
Quando tentei usar a História de Alice no País das Maravilhas para diminuir o estranhamento de crianças de onze anos que, na quinta série, precisam entender um tempo passado muito mais longo do que sua vida e da sua família, como a Idade Média... não adiantava falar "Mas tudo isso que te conto foi há mil anos atrás e as soluções que encontramos hoje em dia, valem para hoje, mas podem não valer para mil anos atrás", só que conforme nos explicou Piaget, pra quem tem onze, essas coisas são incognicíveis!
Qual era minha idéia? Era relacionar esse longo passado ao País das Maravilhas: Lá, também, Alice não conseguia resolver seus problemas como fazia na sua Europa vitoriana real onde vivia, esse tipo de solução só lhe causava mais problemas!
Mas eu percebi que a Alice não era tão conhecida das crianças brasileiras (pelo menos por agora, antes que Tim Burton a transforme em um ícone tipo Hello Kitty)
Mas as idéias da história são muito ricas, muito mesmo!
Essa história de mudar de tamanho o tempo todo é tão verdadeira, não é?
Todos temos dias que crescemos dois metros e meio, mas logo podemos diminuir e medirmos vinte centímetros (e corremos o risco de afogar no rio de lágrimas que choramos quando estávamos com dois metros e meio)
Isso vale para agora, e para pessoas de todas as idades!
Mas Alice começa o livro com um comentário bem típico de crianças, muito sincero:
"E de que serve um livro sem desenhos ou diálogos?" (rs)
Ora,embora Alice achasse isso na Inglaterra vitoriana, no Brasil -como esclareceu Mariana Cortez - "o início do desenvolvimento da ilustração começou em meados dos anos 70 do século XX" e a análise dos livros infantis destinados a crianças entre 07 e 11 anos leva a concluir que crianças "lêem com absoluta precisão os elementos imagéticos e é a palavra [escita] que se torna um possível fator de dificuldade" (CORTEZ, Mariana. Palavra e Imagem Pp.12/3)
Mas isso é muito verdadeiro- digo a partir da minha experiência com as crianças e Guimarães Rosa entre 2003 e 2004: Elas queriam REPRESENTAR EM IMAGENS tudo...e como estavam em fase de alfabetização, toda palavra escrita lhes era desafiadora: a de Guimarães Rosa era tanto quanto a de Ruth Rocha!
Incrível, né?
Quando tentei usar a História de Alice no País das Maravilhas para diminuir o estranhamento de crianças de onze anos que, na quinta série, precisam entender um tempo passado muito mais longo do que sua vida e da sua família, como a Idade Média... não adiantava falar "Mas tudo isso que te conto foi há mil anos atrás e as soluções que encontramos hoje em dia, valem para hoje, mas podem não valer para mil anos atrás", só que conforme nos explicou Piaget, pra quem tem onze, essas coisas são incognicíveis!
Qual era minha idéia? Era relacionar esse longo passado ao País das Maravilhas: Lá, também, Alice não conseguia resolver seus problemas como fazia na sua Europa vitoriana real onde vivia, esse tipo de solução só lhe causava mais problemas!
Mas eu percebi que a Alice não era tão conhecida das crianças brasileiras (pelo menos por agora, antes que Tim Burton a transforme em um ícone tipo Hello Kitty)
Mas as idéias da história são muito ricas, muito mesmo!
Essa história de mudar de tamanho o tempo todo é tão verdadeira, não é?
Todos temos dias que crescemos dois metros e meio, mas logo podemos diminuir e medirmos vinte centímetros (e corremos o risco de afogar no rio de lágrimas que choramos quando estávamos com dois metros e meio)
Isso vale para agora, e para pessoas de todas as idades!
Mas Alice começa o livro com um comentário bem típico de crianças, muito sincero:
"E de que serve um livro sem desenhos ou diálogos?" (rs)
Ora,embora Alice achasse isso na Inglaterra vitoriana, no Brasil -como esclareceu Mariana Cortez - "o início do desenvolvimento da ilustração começou em meados dos anos 70 do século XX" e a análise dos livros infantis destinados a crianças entre 07 e 11 anos leva a concluir que crianças "lêem com absoluta precisão os elementos imagéticos e é a palavra [escita] que se torna um possível fator de dificuldade" (CORTEZ, Mariana. Palavra e Imagem Pp.12/3)
Mas isso é muito verdadeiro- digo a partir da minha experiência com as crianças e Guimarães Rosa entre 2003 e 2004: Elas queriam REPRESENTAR EM IMAGENS tudo...e como estavam em fase de alfabetização, toda palavra escrita lhes era desafiadora: a de Guimarães Rosa era tanto quanto a de Ruth Rocha!
Incrível, né?
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