Depois de cerca de dois anos, enfim, um artigo meu saiu do prelo. Trata-se de Vovô Joãozinho de chupetacorrespondência de Guimarães Rosa para Vera Ooó e novas visões sobre acriança no século XX,
Este texto é muito importante, pois ele apresenta, a um só tempo, faces da minha tese sobre infância em Guimarães Rosa e já indica s ideia que tento desenvolver no meu pós-doc, de observar uma certa preocupação por parte do século XX em valorizar a voz da criança, da forma mesma como ela é expressa. Não vou mais falar tanto dele, deixo apenas as palavras de um dos pareceritas que o aprovou na revista:
"A historiadora da infância Egle Becchi defende que o historiador da infância deve estar aberto à multidisciplinaridade, para dar conta de interpretar as experiências da criança de um outro tempo. O trabalho submetido é um ótimo e refinado exemplo dessa interdisciplinaridade:recorrendo à linguística, à psicologia, à antropologia, à sociologia,à história, constrói, com extrema habilidade, um consistente objeto de pesquisa. De fato, o artigo traz um arcabouço teórico de peso, que,infelizmente, não é comum na historiografia da infância brasileira,razão pela qual é modelar para estudos futuros, merecendo, por essa razão, ser publicado e amplamente veiculado.Também é interessante a riqueza empírica de que o trabalho se apropria, recorrendo à fontes imagéticas, escritas ordinárias, história oral, literatura, construindo, assim, imagens bem matizadas das experiências históricas que se propõe a interpretar e analisar.A narrativa é fluída e agradável, fazendo jus ao estilo narrativo de Guimarães Rosa, que é, em última análise, o personagem central por meio do qual a infância e a criança da década de 60 vão emergindo na narrativa histórica empreendida."
A quem interessar a leitura, é só clicar no link acima.
Nenhum comentário:
Postar um comentário