quinta-feira, 26 de agosto de 2010

No ritual do Poema

Tenho vivido momentos de contato próximo com o ritual poema, me lambuzando dele (para além das palavras). me transformando nele...
Esta semana a Praça do Relógio virou mesmo a FLORESTA NEGRA (a dos contos de fadas) sob uma escandalosa lua cheia, falamos das experiências da temporalidade no poema e - como sempre acontece quando entramos no ritual POEMA - tudo ao redor mudou, gente viu coisas maravilhosas acontecendo no mundo, como se vissemos tudo como se fosse a primeira vez e a vida falava mais alto que a linguagem, assim como acontecia nos primeiros anos de nossas vidas-então abriram-se os portais do "devir criança".
A última vez que experimentei isso foi quando fui aluna do Claudio Willer em 2006 e recebia serenatas de violino na Paulista, ou vivia toda uma história de amor no tempo imediato do metrô...era a experiência do poema atuando na minha vida e fazendo tudo estar em movimento!
Desta vez nós VIMOS ATÉ UMA LAGARTA no meio do caminho e eu pude até perguntar, como no poema de Bandeira:
"-Você não sabe quando a gente é criança e de repente vê uma lagarta listrada?"
E alguma esfera de comunicação partiu dele, como se me informasse: "A gente começa a experiência poema"
Eu acho que mereço, merecemos pois sempre foi esta nossa busca!

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