segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Trechos das Cartas de Vicente Van Gogh ao seu irmão Theo

"...As cores se sucedem como que sozinhas e ao tomar uma cor como ponto de partida me vem claramente a cabeça o que deduzir, e como chegar a dar-lhe vida. Não posso entender, por isso, a grosso modo, que um pintor faz bem quando parte das cores de sua palheta em vez de partir das cores da natureza. Interessa-me menos que minha cor seja precisamente idêntica, ao pé da letra, a partir do momento em que minha tela ela fique tão bela quanto na vida. A cor, por si só, exprime alguma coisa, não se pode prescidir disso, é preciso tomar partido. O que produz beleza, beleza verdadeira, também é verdadeiro e isso realmente é pintura e é mais belo que a imitação exata das próprias coisas." Vicent Van Gogh


Sobre cores! É por isso que entendo as palavras de Renè Schèrer quando ele escreveu que a cor é proprimante a linguagem das crianças, pois através da cor (da "encorporação" da cor) que justifica a existência da ficção (um mundo além do nosso mundo, como escreveu Antonio Candido). Se é além do nosso mundo, por que precisamos copiá-lo tal e qual os percebemos através de nossos limitados 5 sentidos ?
A criança sabe disso, mesmo sem saber que sabe! Genial !

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