Nessa reportagem emocionante, sentimos muito de perto o que seria a história das nossas vidas e da nossa fé no Brasil. Na música Romaria, de Renato Teixeira encontramos uma síntese daquilo que o professor Ivan Vilela chamou de cultura caipira e que é, também, a cultura onde eu fui criada, a dos meus pais, a da minha infância toda. Na infância, menos por influência direta dos meus pais do que por uma fé própria e incentivada por outras pessoas ao redor, tinha um pequeno altar com mini imagens de Nossa Senhora Aparecida de metal, que nunca mais achei para vender depois, não daquele jeito, mas que ainda ficaram gravadas na minha memória e no meu sentimento.
De vez em quando, durante toda minha vida, nós viajávamos ao santuário de Aparecida, mas foi só quando eu fiquei muito doente e nem conseguia ficar de pé, que meus pais me levaram para lá e eu prometi que, depois que eu ficasse bem, iria todos os anos, acender vela e agradecer. Nem todos os anos consegui ir, porque meu pai ficou doente e não podíamos nos afastar dele, mas nos últimos anos tenho voltado ao santuário e sinto cada vez mais forte a presença e a proteção de Aparecida, que é também Oxum, rodeada de dourado e ouro.
Essa é minha história, é a minha cultura brasileira mesclada.
Foto da Imagem no Santuário Nacional de Aparecida. Autor desconhecido |
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