Continuando a retrospectiva 2017 do primeiro semestre:
Junho
Junho
Em junho inaugurou-se uma nova fase no meu 2017, onde a diversão passou
a ser a coisa mais importante. Fui ao Show Boogie Naipe, do Mano Brown e fiquei
apaixonada pelo baile Black.
Chamada do Boogie Naipe |
Foi tão marcante que comprei a deliciosa biografia Vale Tudo Tim Maia, que li inteirinha e nela redescobri um grande amor que eu tinha esquecido, que é o Jorge Ben...Nesse mês eu conheci a Casa das Caldeiras, meu amor... logo em um Samba do Sol, que delicia !
Julho
Em julho eu continuava centrada no relatório final, que me parecia
infindável e continuava me fazendo chorar. Mas agora eu tinha um novo amor, o
Jorge Ben, fui pesquisar tudo sobre ele (e eu sou boa em pesquisa, cês sabem).
Quando li o livro do disco A tábua de esmeralda, escrito pelo Paulo Costa e Silva, pirei mais ainda.
Continuei frequentando as Caldeiras e refletindo sobre Ben, a dança e a música
instrumental. Entreguei o relatório final, enfim e fui tentar viver.
Capa do Relatório Final do pós doutorado |
Agosto
Comecei o mês viajando para palestrar na UERJ, num evento delicioso,
que adorei tudo. Conheci pessoalmente meus amigos cariocas, que muito me
mimaram e me fizeram volta a acreditar que a vida vale a pena ser vivida.
Fábio Flora, eu e Fernanda Duarte na UERJ |
Setembro
No começo de setembro, em uma apresentação do Samba da Vela no SESC
Pompéia, eu me apaixonei por um negão,
como eu queria, mas acho que esse não é pra eu chamar de meu não, que pena.
Apresentação do Samba da Vela no Sesc Pompéia |
Afora isso eu assisti ao filme
100 metros, sobre Esclerose Múltipla, foi muito emocionante. Continuei
pesquisando Jorge Ben e sua importância para a História do negro no Brasil e
isso me fez procurar saber mais sobre o tema, até li o romande O Africano , de
Le Clézio. Em setembro comprei o ingresso para o show do Jorge Ben, o que foi um acontecimento,claro!
Outubro
Em outubro perdi minha amada tia Sueli. Que tristeza. Depois da metade
do mês, voltei às Caldeiras, no Samba Rock e também no Samba do Sol, onde
dancei muito com a discotecagem do DJ Hum.
Novembro
Nesse mês assisti ao último grande show do ano, do meu personagem do
ano: “Pletora de alegria um show de Jorge Ben Jor”, como já cantou Caetano! E que
festa foi aquilo! Um show maravilhoso, para corresponder a todas as minhas
expectativas! Na semana seguinte encontrei um rapaz negro que comentou que
também foi ver e que chorou o show todo e eu só pensava: OBRIGADA POR TUDO QUE
FEZ E FAZ PELA GENTE JORGE!
Também em novembro teve o ENEM e não é que aparece uma questão
envolvendo uma letra dos Racionais MC’s? Eu vibrei, me emocionei, especialmente
porque Fim de semana no parque foi muito trilha sonora da minha juventude nos
anos 90. Fechando o mês, infelizmente tivemos alguns casos de racismo
declarado, bem na semana da Consciência Negra! No feriado destinado a essa
reflexão e nele eu assisti ao sensacional show da banda I.F.A., de Salvador,
trazendo umas reflexões mais do que pertinentes para mim, que vinha estudando a
obra de Jorge Ben há meses: como faremos para continuar usando a herança sonora
africana e mais que isso, como faremos para que isso seja reconhecido por quem
nos ouve? Pois bem!
Dezembro
O
último mês do ano, assim como foi o penúltimo, não veio com calor para abrir as
portas do verão, mas já curti muito os gritos de carnaval, pois “minha carne é
de carnaval, meu coração é igual”
Pronta para a última festa do ano nas Caldeiras |
Na realidade o mês começou com um grande
não, ainda referente ao fomento da minha pesquisa sobre Pedro Bloch, que
triste. Como sempre, termino o período muito cansada, porque esse ano não foi
fácil, não consegui cumprir nenhum dos meus dois objetivos para 2017: não
arrumei um emprego, não arrumei um amor . Me atiraram muitos limões,mas eu fui
fazendo limonadas (ou mousses, ou caipirinhas) deles, o que me deu muito
trabalho, mas acabou esse ano e nesse resto de dezembro, mês do inferno astral
de Jesus, vou desfrutar das lembranças boas, do triunfo de ter conseguido
emagrecer 11 quilos com muita saúde, ter conhecido muita gente (especialmente
gente preta), ter conversado e me divertido com elas.
Obrigada 2017 e que venha 2018 e que seja mais leve, por favor!
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