BARTHES, Roland. O prazer do texto. Trad. J. Guinsburg. 5a. ed. São Paulo: Perspectiva, 2010. |
O prazer vem da ESCRITURA |
Não foi ocasional eu ter falado da ESCRITURA de Guimarães Rosa no subtítulo do meu livro sobre Guimarães Rosa, eu já tinha lido Barthes.
livrinho delicioso |
Em "O grau zero da escritura"[escrito em 1953], Barthes defende :
"Não é dado ao escritor escolher sua escritura numa espécie de arsenal intemporal das formas literárias . É sob a pressão da História e da Tradição que se estabelecem as escrituras possíveis de um determinado escritor : Existe uma História da Escritura; mas essa História é dupla: no exato momento em que a História geral propõe - ou se impõe - uma nova problemática da linguagem literária , a escritura continua ainda cheia da lembrança de seus usos anteriores, porque linguagem nunca é inocente: as palavras têm uma memória segunda que se prolonga misteriosamente em meio às significações novas. A escritura é precisamente esse compromisso entre uma liberdade e uma lembrança; é essa LIBERDADE LEMBRANTE que só é liberdade no gesto da escolha, mas já não é mais na sua duração. " (BARTHES, Roland. O grau zero da escritura. Trad. Anne Arnichand e Álvaro Lorencini. 3a. ed. São Paulo: Cultrix, 1972. p.125)
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