Vou fazer um comentário livre, sem muitas referências diretas, porque essas são coisas que estou pensando agora, não são premissas ou conclusões verdadeiras, são mais um convite à reflexão.
Aprendemos muito sobre as sociedades analisando seus produtos culturais como cancioneiro, culinária, vestuário. Um dos elementos mais culturalmente rico é a religião. Por isso conhecer as divindades e suas narrativas é importante para identificarmos a maneira como reverberam depois.
Um exemplo disso está neste livro infantil brasileiro "Bruna e a galinha d'Angola", que tem forte presença da herança da cultura africana. No caso algumas personagens ganham nome de divindades, como a avó Nanã, mas em especialmente a princesa Oxum, que ali aparece como uma menina muito solitária.
Uma criança brasileira que lê esse livro vai levar no inconsciente a ideia de que, acrescido a tantos outros elementos que remetem a figura da Divindade feminina Oxum, a questão da solidão feminina, tão presente nas narrativas mitológicas sobre heroínas , nas diversas mitologias, das clássicas europeias, ás populares da cultura oral, está presente e esse conhecimento sobre as culturas presentes na sua realidade cultural, além de ser um direito da pessoa, é um alento e um convite à reflexão e discussão.
Circula na internet uma longa oração, em forma de mensagem de mamãe Oxum. Recortei este trecho:
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