quinta-feira, 30 de março de 2023

Orgulho e responsabilidade: Agora eu tenho uma publicação sobre Lima Barreto!

Um livro , publicado pelo Sesc, com um texto meu sobre Lima Barreto
O precursor, o maior escritor "negro brasileiro"  

Foi com muita alegria que ontem à tarde eu  recebi esse livro Modernismo: o lado oposto e os outros lados, organizado pelo professor Elias Thomé Saliba e dedicado ao saudoso professor Nicolau Sevcenko. É uma edição Sesc, muito chique.

Eu primeiro participei do Seminário no  SESC  para o evento sobre o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, em 2019.  Mas na época eu falei de representações de meninas negras em cem anos de literatura brasileira, mas quando foi sair em livro, os editores me pediram para mudar o texto, me adequar mais ao tema da cultura em 1922, então, para continuar tratado de representações da juventude negra, eu tomei coragem de falar de  Lima Barreto (1881-1922) , que conheci através da história de Clara dos Anjos, a jovem suburbana que se conscientiza da sua negritude no Rio de Janeiro da década de 1920, que era um assunto que eu precisava tratar, um tema urgente para nossos dias.

Não foi fácil, era quarentena, bibliotecas fechadas, agradeço muito a ajuda do Elias Saliba e da minha amiga Rosane Pavam com referências e livros.

Mas o mais difícil foi ter a coragem para escrever sobre o Lima Barreto. De ter sobre mim os  "os olhos de Lima" que nos olha há 100 anos (confira  AQUI o texto de Beatriz Resende) me olhando o tempo todo. Esse texto foi escrito assim, como um alerta: estamos sempre sob os olhos de Lima, que há mais de um século escreveu  sobre temas (raciais)  que ainda não estão resolvidos, mesmo que agora até já tenhamos o que Cuti chama de   escritores negro-brasileiros

"Literatura Negro brasileira", Cuti

Mas como ele mesmo destaca,  existiram precursores como Lima Barreto

Cuti: Cruz e Souza e Lima Barreto:
 precursores da Literatura Negro- brasileira

 Só  que esses primeiros nem lemos o suficiente, adequadamente,  que dirá discutimos as questões que colocaram. 

Lima Barreto que, ainda, nos olha

Há mais de 100 anos estamos sob o olhar de Lima que nos pergunta: Quando vão considerar os aletas que minha vida e minha literatura indicavam no começo do século passado?

Eu  escrevia esse capítulo publicado pedindo desculpas o tempo todo, pois sabia que, por melhor que fosse meu texto, nada seria digno de Lima! Só depois que arrisquei um projeto de pesquisa sobre o Jeferson Tenório, outro autor que sempre peço desculpas por importuná-lo com minhas tentativas de pesquisa, depois que li o texto impiedosamente crítico de Luiz Mauricio Azevedo, que também pede desculpas aos autores que amargam no silêncio apagador do racismo em nossa literatura, me dei conta de que isso deve ser comum para quem se propõe pesquisar autores da " Literatura Negro- Brasileira": 

Ensaios impiedosos

A gente enxerga a grandeza dos autores pairando sobre os textos. Máximo respeito! Não poderíamos errar, mas somos Humanos!

A publicação deste capítulo, para mim, tem muitos significados, é um marco na minha maturidade como pesquisadora, é um marco na minha vida de mulher negra, é uma resposta à menina  Camila que, aos 12 anos, leu o romance,  entendeu do que se tratava, mas ainda não tinha a maturidade para enxergar que, no fundo, Lima  falava dela. Que a Clara dos Anjos sou eu, é o Lima Barreto em 1922, somos nós, nesse Brasil, um século depois.

Eu que venho passando dias difíceis de fim de ciclo, achando que não tive as colheitas desejadas, fui presenteada com essa publicação e , só por isso, já sei que posso até "não ser  nada nessa vida", nas palavras de Clara dos Anjos, mas tenho um orgulho de ter realizado o percurso de conscientização racial, sob supervisão dos olhos questionadores de Lima Barreto e ter escrito um texto clamando: Pretinhas, leiam Clara dos Anjos, é urgente e é sobre vocês! 😍



quinta-feira, 23 de março de 2023

Sobre Torto Arado, anos depois

 

De repente um livro
 se uniu ao outro

Quando li Torto Arado , do Itamar Vieira Junior,  a questão religiosa  foi a mais  opaca para mim, reconhecia e não reconhecia aqueles cultos, o Jarê poderia ser, sem dúvidas, uma religião inventada para o romance, depois soube que não é, mas pouco sabia sobre ela. Eu pensava coisas sobre esse livro, como ISSO. Sempre disse que não estava  preparada para abordar o Torto Arado. Não estou. Não vou julgar ou falar sobre uma obra desconhecida. É preciso mais maturidade, mais conhecimento de coisas que se aprende e não se aprende em livros (até porque Torto também me tocou por essas vias inconscientes).

Como historiadora eu lembrava muito das histórias das feiticeiras nas Minas Gerais colonial, julgadas e condenadas de antemão pelo que sequer entendiam, que foram  estudadas pela professora Laura de Mello e Souza (e também pelo historiador Carlo Ginzburg no contexto europeu). Sobre Jarê na obra de Itamar, mesmo sabendo que são situações diversas, embora parecidas em certo ponto:  aquelas são tradições católicas, trazidas à colônia pelos acusados de feitiçaria europeus num contexto de colonização, mas que aqui ganharam novas configurações e aglutinações. Em Torto Arado estamos falando de tradições também herdadas, mas agora dos africanos, que aqui foram escravizados e trouxeram todo um repertório cultural que, remodelado, acabou compondo a base do que entendemos como Brasil, em fenômenos como o Candomblé (religião de culto aos orixás e celebração da ancestralidade, criada por africanos  na Bahia no século XIX) .  

No livro O que é religião afro-brasileira, que achei na livraria da estação de metrô da Barra Funda no carnaval, quando fiquei presa lá por causa da chuva, o autor Mário A. Silva Filho,  fala do Jarê (religião citada em Torto Arado) : "é uma religião observada especificamente na Chapada Diamantina, na área central do Estado da Bahia, no século XIX. Sua prática é semelhante ao Candomblé de Caboclo, que foi abordado anteriormente, sendo que a ritualística do Jarê é muito mais próxima do culto aos Caboclos do que às divindades, que no caso do Jarê são os Orixás. Seus sacerdotes são chamados de Babá ou Pai, as sacerdotisas de Iyá ou Mãe. A exemplo de outras religiões afro-brasileiras, Jarê proporciona àqueles que o buscam a saúde do corpo e da alma e seu sacerdotes e sacerdotisas são chamados de "Curadores", além, é claro, de Pais e Mães de Santo (Cf. BANAGGIA, Gabriel. As forças do Jarê: movimento e criatividade na religião de matriz africana da Chapada Diamantina. Tese de doutoramento: UFRJ/MN, 2013). Em nota: "Para saber mais sobre o Jarê recomendo a obra do Prof. Dr. Ronaldo de Salles Senna: "Jarê - Uma face do candomblé". Feira de Santana: UFS, 1998. " (SILVA FILHO. "O que é religião afro-brasileira". São Paulo: Lafonte, 2021,  p. 79/80)

Bate com o que é retratado no romance, sendo Zeca Chapéu Grande, pai de duas narradoras, um curador. Só não sei ainda (vale consultar os livros referenciados) sobre as entidades do  Jarê, sobre Santa Rita Pescadora, seria ela inventada por Itamar? Questões... A presença de cultos e feiticeiras na literatura brasileira contemporânea me interessa, mas não pretendo estudar Torto Arado, pelo menos não  ainda, por enquanto ele não se revelar melhor para mim.

quarta-feira, 22 de março de 2023

Nara Pinheiro: "sonzim" instrumental di Minas que amo, uai

Nara Pinheiro sorri na flauta: que delicia de som

Mais uma terça feira, estava calor  e, apesar da indisponibilidade emocional, fui a terapia e segui para o Sesc assistir ao Instrumental. Deu tempo para um lanchinho antes do show, mas como estava mesmo muito quente, não apostei na minha querida sopinha, comi uma torta salgada acompanhada de suco de laranja, foi uma rápida e  ótima escolha, até marquei o Sesc no Instagram

Amo esse lugar 😍

Como viram, eu estava bem arrumadinha, bem pretinha de verão, apesar de ainda não estar tão à vontade usando um cropped, combinou com a saia e eu estava aprendendo a amar meu corpo, inclusive a barriguinha. Tirei as fotos básicas em casa, no Sesc, no banheiro


Não sabia o que iria ouvir, mas assim que peguei o ingresso vi que seria uma  flautista , a Nara Pinheiro:  pássaros voaram em volta da minha cabeça

Já sei que semana que vem difícil eu vir de
casa, mas foi ótimo hoje

Quando entro gosto de sentir a energia do palco, ontem estava lindo, cheio de instrumentos, como eu gosto :

A Nara é um doce de pessoa, desenvolta, leve sotaque mineiro, contou que estava ali devido a parceria entre o Instrumental Sesc Brasil (ISB) e o Prêmio BDMG de música instrumental mineira (que eu amo) e que aqueles musicistas maravilhosos ela conheceu on-line, durante a Pandemia, trocando figurinhas para o BDMG, depois viraram parceiros em apresentações, arranjos e composições. 

No site do Instrumental ela é apresentada assim

E o som é muito bom, muito gostoso de verdade. Minha horinha de apreciação musical ao vivo a cada duas semanas surtiu grande efeito. Se quiser você pode assistir ao registro apresentação :


Coisa linda esse arranjo de "Com açúcar,com afeto",  do Chico Buarque, que ela fez para responder à dúvida de que se ainda caberia ouvir aquela música tão bela, gravada pela sua xará Nara Leão , que também é uma referência de mulher na música. Achei lindo. Obrigada pelo presente Nara e grupo, foi maravilhoso.







segunda-feira, 20 de março de 2023

Aquecendo o coração: Lembrança das meninas de Rosa

 

Detalhes das imagens da meninas: Acima a da etiqueta no caderno
à esquerda a do meu pingente e à direta a da capa do meu livro.

Na capa de um dos cadernos manuscritos de Guimarães Rosa que analisei na minha tese de doutorado "Escrevendo a lápis de cor: Infância e História na escritura de Guimarães Rosa"  encontrei colada na capa de um deles uma  pequena etiqueta com o desenho de uma menina. Embora o traço lembre bastante o de outros desenhos rosianos, não é possível afirmar que ele foi feito pelo escritor.
 
 Capa do caderno com o desenho da
 menina etiquetado embaixo, à esquerda

Mais importante foi observar que a ideia de "menina" compunha o ambiente de criação das estórias dos anos 1960 e no dia da defesa da tese, em agosto de 2014, eu usava um pingente muito semelhante ao desenho da menina. 
Meu pingente de menina


A respeito desta presença nas estórias, destaquei quatro personagens meninas como protagonistas das estórias, e outras 12 personagens que, sendo crianças, adultas ou idosas,  foram chamadas de menina nos contos das Primeiras Estórias (1962) e Tutaméia (1967). Sobre isso escrevi esse  artigo para a Revista Caderno Espaço Feminino (UFU)  
 
Capa do meu livro, com a menina sendo  redesenhada por
Marcio Reiff entre o centro e o fim da imagem

Para a capa do meu livro (tese) publicado pela Editora Desconcertos, pedi ao ilustrador Marcio Reiff que desenhasse essa menina, e assim ele o fez.

Só quis lembrar dessas coisas lindas e boas para adoçar um pouco a minha vida nesta segunda feira em que começa o outono de 2023.

sexta-feira, 17 de março de 2023

Tutaméia e "O local da cultura"

 
Meu exemplar

Este é um livro bem complexo, usei muito na pesquisa para escrever minha dissertação de mestrado em História "Mãos vazias e pássaros voando: memória, invenção e não-história em "Tutaméia: terceiras estórias", de João Guimarães Rosa : me ajudou a entender Guimarães Rosa e as personagens de Tutaméia no mestrado, mas sobretudo, a pensar o motivo daquilo tudo ser sempre um acolhimento para mim. Anos se passam e novos significados vão surgindo.

"a questão da identificação nunca é a afirmação de uma identidade pré-dada, nunca uma profecia autocumpridora - é sempre a produção de uma imagem de identidade e a transformação do sujeito só assumir aquela imagem. A demanda da identificação - isto é, ser para um Outro - implica a representação do sujeito na ordem diferenciadora da alteridade. A IDENTIFICAÇÃO É SEMPRE O RETORNO DE UMA IMAGEM DE IDENTIDADE QUE TRAZ A MARCA  DA FISSURA DO LUGAR DO OUTRO DE ONDE ELA VEM. Tanto para Fanon, quanto para Lacan, os momentos primários dessa repetição do eu residem do desejo do olhar e nós  limites da linguagem. A atmosfera de certa  incerteza que envolve o corpo atesta sua existência e o ameaça de desmembramento."[ (Grifo meu) BHABHA. Homi. O local da cultura. Trad. Myriam Àvila, Eliana Lourenço de Lima Reis, Glaucia Renate Gonçalves.Belo Horizonte: Editora UFMG.1998,  p.76-7.]

Nesse livro  sobre nômades, migrantes, refugiados, exilados, toda sorte de pessoas não cobertas pelos braços de uma pátria, a maioria  dessas pessoas se locomove para sobreviver. Trazendo isso para o trazendo para o contexto brasileiro,  eu analiso na página 131 da minha dissertação acima citada. que a estudiosa Maria Cristina Wissenbach expica que  a  mobilidade como forma de sobrevivência dos brasileiros  é uma das heranças deixadas pela escravidão, marcada pela mobilidade por toda a extensão do país, que em seguida marcou o comportamento dos habitantes das zonas rurais do Brasil, mostrando que a "sociedade escravocrata engendrou homens andarilhos." ( Wissenbach, M.C.."Da escravidão à liberdade: dimensões de uma privacidade possível". p. 57-60) 

Dito isso , lembramos que no livro Turaméia, que começa assim:

 "a estória não é história. A estória, em rigor, deve ser contra a História. A estória, às vezes, quer-se um pouco parecida à anedota" 

Temos "estórias/anedotas" com esse tipo de personagens : ciganos, vaqueiros, circenses: todo mundo mundo que se move pelo sertão pra sobreviver. Bhabha afirma que essa gente, não coberta pela grande narrativa oficial nacional (História),tem que escrever a sua de forma diferenciada, a sua estória. Foi muito importante essa leitura para mim.

 


quarta-feira, 15 de março de 2023

Sobre uma Literatura Negro-brasileira: Jeferson Tenório

 

Minha coleção de Jeferson Tenório

Depois de  Guimarães Rosa, só em 2022, enfim, achei ter encontrado um sentido literario pra minhas buscas pessoais, quando li os primeiros romances de Jeferson Tenório: O beijo na parede (2013) e Estela sem Deus (2018).

Tal qual uma criança iludida como sou, quis estudar essas obras, dei início a uma sondagem,  apostei nessa verdade que era meu caminho e dei com a "cara na parede". Me retrai, guardei minhas armas e me reservei.

Nessa primeira tentativa encontrei o texto reativo de Luiz Maurício Azevedo, que é tão diferente de mim: se eu me expresso no ritmo do Ijexá da Oxum e da flecha certeira de Oxóssi,  ele é todo armado com o alforje de Iansã e a espada de Ogum, mas que também diz verdades das  quais não posso discordar. Antes mesmo de ler o que ele escreve sobre Tenório eu já concordava e me perguntava :"com que direito eu, que embora negra, sou uma pesquisadora forjada no esquema literário branco, me dou o direito de estudar esse autor, um autor da vida, a minha vida, esse  Lima Barreto do século XXI?

Pois bem, continuo me perguntando isso, sempre vou me perguntar, mas já relativizo: se eu, que também  vivo na "pele" essas questões, não puder estudá-las, pensar sobre elas, certamente outra pessoa mais ditada pela branquitude,  que nunca vai saber como é, vai se apropriar e tentar ditar regras que o encaixe no status quo da Literatura Brasileira. Não posso deixar, não vou desistir. 

Livro questionador

Por hora, vejamos o tom de guerra do texto de Luiz Maurício. Choca um pouco, mas como afirmar que ele está de todo errado?

"Se você não é Jeferson Tenório, sugiro que aceite que você é um escritor irrelevante. Se serve de consolo, garanto que não está sozinho. Olhe bem, estou aqui, segurando sua mão. Estamos ombro-a-ombro nessa trajetória de fracasso literário. Jeferson Tenório faz parte da minoria. Jeferson é anormal. Ele nunca gostou do mIRC. Ele  não criou um Zine eletrônico nós anos 1990. Quando cria suas histórias, Jeferson precisa escolher se as dezesseis vezes em que foi parado por agentes da Polícia Militar (para averiguações, dada a sua cor provocativamente suspeita) ficarão do lado de fora de sua obra  decidido isso, ele precisa, ainda, estabelecer qual a natureza dessa presença. Jeferson Tenório e, talvez, por isso, o melhor escritor da atualidade. E o é não apenas por ser negro, mas , precisamente por sê-lo. Ser negro o possibilita ter como matéria-prima a si  mesmo e não apenas seu umbigo imaginado. Quando fala, fala do mundo. Quando reclama, reclama não daquilo que vê pela janela indiscriminadamente, mas da realidade examinada de forma meticulosa, celular, precisa. É a mágica da materialidade. Jeferson pensa melhor porque vive melhor. Ele começa a escrever antes da escrita, em um processo de mobilização que se revela, sob todos os aspectos, uma investigação psicanalítica perigosa, de m método de autoanálise que o obriga a pensar em si mesmo antes de pensar no mundo." 

(AZEVEDO, Luiz Mauricio . 'Por uma Literatura menos ordinária'. In: "Estética e raça: Ensaios sobre a Literatura negra". Porto Alegre: Sulina, 2021, p. 99-100.

 


quinta-feira, 9 de março de 2023

MUDANDO DE CORPO

            Fevereiro 2023: Carnaval


 Março de 2023 marca um ano e meio que comecei a treinar na Pec Dive e também uma mudança enorme na minha vida. Depois de dois anos de quarentena, cuidando da minha mãe sozinha, quando  nem sempre pude sequer fazer uma caminhada ao Sol no parque todos os dias, o que me levou a engordar, enfraquecer e entristecer muito (morria de medo de depressão por causa da EM). 
Assim que foi possível, depois da segunda da segunda dose da vacina, para sobreviver mesmo, procurei academia e acompanhamento nutricional. 
Como eu ainda tinha medo de ver gente, ia treinar de máscara até, a  academia foi meu refugio, meu laboratório para ir tentando voltar a viver de novo e enquanto isso as mudanças no meu corpo logo iam sendo sentidas :perdi peso rapidamente, em julho de 2022 eu tinha medidas de miss, magrinha
Em julho 2022:
magra e fraca

Só que ainda me sentia fraca, meu objetivo nunca foi ser a Olívia Palito! Persisti treinando pois, para  ganhar massa muscular e ficar mais fortalecida demorou um pouco mais, em um trabalho diário de resistência e motivação. 
Hoje recebo os frutos do trabalho e, ao contrário do que sempre achei possível, vejo meu corpo mudado,  que a disponibilidade e a disciplina (dá para contar nos dedos das mãos os dias que eu faltei ao treino, dou muito valor a essa oportunidade) me deram uma outra versão de mim mesma. 
Na foto do carnaval 2023 que abre esse post eu me vejo uma mulher mais forte, adoro isso. Não mais tão magrinha ou gordinha, tão fraquinha, não mais tão triste. Hoje me sinto capaz , com força suficiente para enfrentar a vida.  Só tenho a agradecer !

quarta-feira, 8 de março de 2023

Suka Figueiredo no Instrumental SESC Brasil: Suco de música brasileira

 

Suka Figueiredos

Em uma linda tarde ensolarada e quente fui à terapia e estiquei no Sesc Instrumental, sem saber do que ia se tratar. 

Não estava tão bonita, nem tirei muitas fotos no dia. Só de óculos no busão na ida e quando cheguei em casa antes das 22 horas.

Era a Suka Figueiredo, uma saxofonista fofa, muito talentosa! De cara fui gostando quando entrei e vi o palco:

                                                 

E ela tinha, sim, acompanhamento de muitos músicos, uma pequena orquestra! 

                       

Como está no site do instrumental :


Muito gostoso o som deste show: 


Surpreendentemente, Suka contou que foi assistindo à apresentação do Projeto Coisa Fina, naquele palco do Teatro Anchieta, em 2017 que ela conheceu a belezura que é o trabalho desta pequena orquestra. 

Um print de publicação no Facebook
 sobre o show do Projeto Coisa Fina. 
Eu tinha amigos no publico fiel do instrumental.
 No caso eu falava sobre Felipe, um professor de História.

Certamente eu e ela assistimos ao mesmo show do Coisa Fina , que eu tinha conhecido e amado em dezembro 2916 no próprio instrumental. Eu e Suka assistimos ao show e reagimos  forte e apaixonadamente àquela  banda,  aquele som,  aquele compositor! Viva a música e aos presentes que ela nos dá!

Com meu amado CD, hoje à tarde

Na época eu pirei com esse grupo, comprei até o CD, que ouvi à exaustão enquanto trabalhava no meu pós-doutorado, mas fazia tempo que não ouvia essa beleza e hoje relembrei:  Continua deslumbrante.

 Foi tão gostoso ouvir aquele som instrumental, do jeitinho que eu aprendi a ouvir e amar, que simplesmente viajei. 

                 

Obrigada Suka, obrigada instrumentalmental, por mais esse carinho na minha alma.




segunda-feira, 6 de março de 2023

Quintal dos Prettos março 2023: Só melhora!

 



Mais um mês se iniciou e com o Quintal dos Prettos delicioso como sempre! Desta vez foi mais gostoso do que na última, não choveu e nem teve briga! Só muito samba e amor, do jeitinho que a gente gosta! 
Eu fui toda de "Filha de Oxum", amarelinha e como acontece desde minha infância, fico bem bonitinha nesta cor:

Ouvi: "Nossa, ela vem mansinha assim toda de ouro, como pode?"
                                                                                                                                               


Eu ainda amo o Quintal, mas tenho que admitir que já foi mais bonito,
 com sambistas que eu admirava  

 Como sempre o caminho foi uma travessia, mas eu sei que no fim sempre encontro o pote de ouro:




Agora vamos às imagens disponíveis, que desta vez foram poucas, pois eu estava muito ocupada em me divertir: 



Como gosto de interagir com a "velha guarda", dessa vez amei curtir com a querida Marilda:


Convidados :

Beto Guilherme

Juninho Thymbau


Saboneteiras: Não pronta ainda, mas a caminho 


Bem pertinho

Saudades dos meninos prettos

Com a Marilda

A Marilda

Beto Guilherme: Compositor de Agenda

Beto Guilherme


À esquerda Juninho Thymbau e Maurilio (Prettos)

Cenas do samba

Juninho Thymbau: "a vitória demora, mas vem"
""
Essa é a Z, que cuidou da Beth Carvalho 

Z é uma mulher preta linda 

Diretamente do Rio: Dayse do Banjo 

Eis que Xangô chegou no samba ! Kao 


Os Prettos desfilaram na Mocidade Alegre, campeã do Carnaval 2023 com o tema
 "Yasuke, o samurai africano.No Quintal ganharam a faixa de campeões 



bela noite do Maria Zélia



Não posso terminar sem escolher um tema para o rolê. Nesse foram muitas músicas importantes, mas escolhi o clássico "Problema Emocional",  do Reinaldo, que é ótima para cantar na roda de samba
                                 
O melhor é ouvir :



Concluindo o rolê  : 





E como gostam, o antes e depois, dessa vez me acabei mais porque me diverti muito
Ouro 🌻


É isso, até o mês que vem, Prettos lindos!
No álbum oficial

Um mês depois: quilombo urbano
✊🏽👊🏽 Momento emocionante

Quilombo Urbano