terça-feira, 16 de julho de 2019

Mostra de Cinemas Africanos 2019 : Alguns curtas metragens - Domingo, 14 de julho

No domingo, dia 14 de julho, fui para assistir 2 filmes, mas acabei vendo também mais três, num recorte sobre a temática do Afro futurismo: muito impactantes!
"As Espadas"[Kasaki Ya Suda] (França), dir. Cédric Ido, 2011
As Espadas foi meu filme favorito na mostra, num futuro distópico, por volta de 2100, o aquecimento global causo terríveis secas, levando a escassez de comida e lutas, que são abordadas centralmente no filme. No filme, as lutas unem tradições ancestrais africanas à tradição dos samurais em cenas inesquecíveis. Que filme sensacional!
"O Africano Que Queria Voar" [The African Who Wanted to Fly] (Gabão/França/Bélgica/China), dir Samantha Biffot,2007
O africano que queria voar é um documentário sobre a vida de Luc, um gabonês apaixonado por Kung Fu  desde criança , que chegou a ir a China, ganhar prêmios, ser reconhecido. é  a história de um africano de sucesso.

Na segunda parte de exibições, vi mais três filmes
"Afronautas" [Afronauts] (Estados Unidos), dir Nuotama Bosomo, 2014
Afronautas é um filme rápido, inspirado em uma história real, sobre o desejo africano de   ganhar o espaço e as tentativas frustradas que quase ninguém conhece, nem mesmo na África.
"Gagarine" (França), dir Fanny Liatard e Jéremy Trouilh, 2015
 Gagarine  é mais um filme sobre o imaginário espacial para os imigrantes africanos na França, contando a história de um deles, Youri  de 20 anos,  que mora num condomínio construído por Yuri Gagarin, que visitou o local na década de 1960 e que seria demolido no primeiro semestre de 2019, demolindo as memórias de sua infância, pois já não há nave espacial salvadora. 
"Pumzi" (Quênia), dir Wanuri Kahiu, 2009
Pumzi é o filme mais poético que vi na mostra, mostrando um cenário futurista, mas  pós apocalíptico  onde os recursos são escassos e nada parece funciona, porém o filme insiste em deixar um feixo de esperança no espectador.

Assim foi minha passagem pela mostra, sai tão feliz e satisfeita, como faz tempo que ficava!
Eu feliz, com o catálogo da mostra




Mostra de Cinemas Africanos 2019 : Alguns curtas metragens - Sábado, 13 de julho


No fim de semana etre 13 e 14 de julho eu sssisti 8 filmes cuta metragens na Mostra de Cinemas Africanos. No sábado dia 13 foram 3 filmes :
"Koka, o Açougueiro"[Koka, the butcher] (Egito/Alemanha), dir. Bence Máté 2018
Koka é um filme inédito no Brasil, mostra o subúrbio do Cairo, a chamada "cidade do lixo", uma cidade grande, populosa e suja. Para nós é ao mesmo tempo estranho e familiar, pois é tão igual à algumas periferias de São Paulo, com suas casas sem acabamento, animais vivendo sem proteção, etc. No filme acompanhamos três anos da vida de Koka, um colecionador de pombos e o filme tem o mérito de mostrar, pela primeira vez, as competições de corridas de pombo.

"O Rei do Mercado"[Soko, Soko] (Quênia/Estados Unidos), dir. Ekwa Msangi , 2016

O Rei do mercado é um filme engraçado, contando a história de quando a mãe cai doente e resta ao pai a missão de acompanhar a filha em uma feira de cabelos para que ela trance os cabelos para o primeiro dia de aula, no dia seguinte. Muitos contratempos nos fazem rir muito das personagens e muitas vezes parece que estamos vendo alguma série americana como Eu, a patroa e as crianças, porém no final um recado forte é mandando pelos personagens: não devem brigar entre eles, pois nunca podem esquecer que aquele Quênia que estavam construindo só ficaria de pé, se todos se unissem. 
Este foi o filme mais comemorado pelo público, as pessoas pareciam felizes em ver aquele filme, entenderam como ele é importante para o Quênia.
Pela Ternura"[Vers la Tenderesse] (Quênia/ France) ,dir. Alice Diop

Pela Ternura é um filme lindo sobre o universo masculino  no subúrbio de Paris , habitado em sua maioria por imigrantes africanos, para os quais as mulheres ou homens pelos quais poderiam ter afeto são figuras distantes, pois a própria ideia de ternura não lhes é familiar. 
Mais belo

Numa cena longa o perfil de um garoto toma a tela inteira, ele  talvez seja o mais belo  que vi naquele dia na mostra, explica textualmente que, ao contrário dos brancos na França , ele nunca aprendeu a ser terno! Tenso.