"A
temporalidade e a linguagem são possibilidades de acesso à significação. Para
Heidegger, a linguagem é parte do ser e constitui a única porta de acesso a um
sentido ou significação. Acesso parcial, na medida em que na elaboração da
linguagem como morada do ser está a única possibilidade de desvendamento do
sentido oculto do todo ou do outro. O ser da linguagem ou a morada do ser, trabalhado pela sensibilidade do historiador,
chega a momentos de revelação,
'eventos de compreensão'.
Assim,
o todo nunca se revela de forma definitiva e acabada. Nos momentos de revelção,
os intérpretes atingem o que se convenciona indicar como uma metáfora da dobra
na linha do horizonte, espaço este que separa o ôntico (contingência da
finitude do homem) do ontológico, ou seja, a dobra ou fissura indicaria um
momento do processo de compreensão ou devendamento do conhecimento . Heidegger
retomaria a metáfora da dobra para indicar as dificuldades de superar as
forças da finitude do homem e a necessidade do ser de se relacionar com a
facticidade, sua dispersão, sua descontinuidade, sua falta de sentido."
(DIAS, Maria Odila. Hermenêutica do cotidiano. nov. 1998. p. 247)
TENHO QUE LER ISSO MIL VEZES ATÉ COMPREENDER DE VERDADE!