sábado, 2 de fevereiro de 2013

"Música de Brinquedo" de novo e sempre !

"Ouvir uma coisa que você conhece muito bem e aquilo ter um frescor..." ... é que aqui elas também foram tocadas pelas  crianças ... isso que foi levado ao extremo por este projeto e que condiz com as ideias  nas quais se acredita hoje em dia  nos estudos sobre infância (da diluição até o máximo possível da separação entre adulto e criança e na aposta de que ambos atuam na configuração da realidade e na produção de culturas que não são nem "de criança" nem "de adulto", são híbridas e legítimas). É caro que hoje temos projetos de MÚSICAS PARA CRIANÇAS MARAVILHOSOS (que respeito é aquele da dupla Palavra Cantada pelas temporárias limitações infantis, pela estrenheza com a qual elas recebem o mundo? É louvável e deve existir para sempre). Mas estou falando de outras coisas, outras frentes que se abriram, e incluíram a criança (e tudo o que ela é, não s´o que pode vir a ser...) como elemento de sua composição, como neste disco do Pato Fu e todo seu frecor. Isso não tem  em discos infantis  como o Par ou Ímpar, do   Kleiton e Kledir,  mas não tem mesmo... ali só temos  músicas inéditas, só que a sonoridade é de um grande "mais do mesmo",  apesar do esforço em se voltar ao público infantil, ao ouvir ninguém tem dúvidas de que se trata da boa e velha dupla Kleiton e Kledir, como se o contato com o mundo infantil não tivesse interferido em nada ...
É certo que as crianças continuam sendo crianças, como sempre foram, mas a maneira que   nós as  entendemos e como lidamos com elas   mudou e muda (tem historicidade). Acho que estamos em outro momento, onde não mais cabe, sem certo estramento, apresentar a elas (seres em formação) discos completos, fofos e lindos feitos "para crianças" (onde a particiapação delas limita-se a ouvir), estes já  nos soam tão... ultrapassados, tão coisa pré era digital... e olha que tudo apareceu assim tão rápido (o disco Adriana Partimpim é de 2004, nem tem ainda uma década completa) e já estamos respirando outros ares, não tão tatibitati, mas de maior interatividade com os infantes e as coisas produzidas para eles. Não cabe mais  ver a  criança como se ela  fosse "apenas alocada em um sistema de relações que é anterior a ela e deve ser reproduzido eternamente" (COHN, Clarice. Antropologia da criança, p. 28), não permitindo que ela  interaja na construção do seu meio...  Será que é isso mesmo?

Música Da Antiguidade

Estas são músicas que eu ouvi numa aula sobre Cultura Popular no meu último semestre de graduação em 2003. Muito perturbadoras estas sonoridades rituais de um tempo tão antigo ... coisas da etnomusicologia, (etnografia da música, de Seeger em 1992), que estuda instrumentos e sonoridades perdidas no tempo. Legal é que os sons ainda causam estramento e até certo pavor...às vezes estudar História é tão legal!