O conjunto de nove curtas "Beyond Nollywood – sofrendo e sorrindo” enfoca narrativas de sobrevivência na Nigéria contemporânea e, como diz o título, destaca talentos emergentes do áudio visual contemporâneo, mostrando um cinema nigeriano além do Nollywood. Como sabem, adoro curtas , são sempre uma respirada, um oxigênio, ou às vezes uma bofetada. Assisti todos e vou fazer um breve comentário de cada um, como sempre.
1
– A Renascida
Reino
Unido | 2020 | 11 min. | Ficção | 14 anos
Título
Original: BORN AGAIN
Direção:
Candice Onyeama
Sinopse:
Nwa vive um tormento por não poder ter filhos.
Um filme bem curto e forte, dos nove foi um do dois
que me levaram às lágrimas. Como é terrível sobreviver sem realizar seu grande
sonho e sem cumprir aquilo que acha ser seu propósito na vida. Esteticamente o
filme é muito bonito, a pele negra de Nwa, criança ou adulta, sempre em contrate com tons suaves como branco
e azul, já indicando a melancolia da história que está sendo contada. Belo
filme. Apesar de triste.
Nwa menina sonhando em ser mãe, perdendo filhos e sendo consolada pela menina que foi |
2- Perdendo minha fé
|
Na maior parte do filme Junior passa sendo constrangido, abusado ou agredido. Uma tristeza. |
3-
Amor Digital
Nigéria
| 2018 | 5 min. | Ficção | Livre
Título
em Inglês: DIGITAL LOVE
Direção:
Mike Omonua
Sinopse:
Uma jovem imagina uma vida transumana controlada digitalmente.
Um filme bem modernoso, talvez
voltado para um público mais jovem, por isso mais rápido, colorido, mais
fluído.
Ideia de amor digital parece mais próxima de nós do que eu gostaria |
4- A Escolha certa
Reino Unido | 2017 | 10 min. | Ficção | Livre
Título Original: THE RIGHT CHOICE
Direção: Tomisin Adepeju
Sinopse: Marido e esposa são confrontados com as implicações de criar seu bebê "perfeito"
Um dos filmes mais inteligentes desta pequena mostra de curtas, junto com o casal que quer encomendar o bebê perfeito, o expectador vai reagindo a todas as colocações da coordenadora, que tem sempre os melhores motivos, razões quase que incontestáveis, para recomendar que não escolhessem determinado gênero, determinada sexualidade, determinado tom de pele, até que, frustrados, os pais consideram a possibilidade de gerarem um filho quase oposto a eles mesmos. Muito impactante, faz pensar,como eu gosto.
Reações dos pais ao discurso realista da coordenadora |