quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Lendo biografias

 


Como já disse, biografia não é um o tipo de livro que eu mais gosto, mas já li alguns na vida. 
Nesse posto eu destaco algumas que li (ou estou lendo) desde 2017, quando comecei a me interessar mais pelas questões de negritude. Depois comecei a escrever alguns textos sobre a presença (muitas vezes oculta) da herança cultural negra nas canções brasileiras e algumas biografias me interessaram nesse campo. Nesse ano, por conta de um trabalho que em breve será publicado, tive que ler muito sobre Lima Barreto, nosso grande escritor negro, e por isso li as duas biografias dele! 
No total falo aqui de  cinco livros no total, tratando de três personagens brasileiras negras, que se destacaram no campo cultural.

Destes, o primeiro que li  foi a bio do Tim Maia. Mas como não gosto tanto de bio, eu demorei para começar e terminar de ler, como comentei aqui .  Tim é uma figura fascinante e ler sobre sua vida, ouvindo suas canções, foi uma delicia dobrada. O mais importante que levei ela foi o destaque ao Jorge Ben, meu grande amor! Dele, se houvesse uma biografia, eu também leria!

A segunda bio que li foi a do Martinho da Vila, aquele livro lindo, que comentei aqui , aliás esse comentário, comparado ao não comentário sobre a bio de Tim Maia, marca um avanço da minha visão sobre essas questões, mostra de que de tão inicial lá no começo, desabrochava em problemáticas reais, o que me emocionou de verdade. Conclui que Martinho, que tanto fez pela negritude, tinha essa face oculta, desconhecida pela maioria, que o considerava um simples sambista qualquer (como se fosse pouco), mas nesse sentido,  sua  biografia, por si só, é uma apologia a cultura negra do Brasil. 



Sobre o Lima Barreto, também foi uma paixão recente, que as biografias fizeram aumentar muito. Embora a primeira, escrita por Barbosa, seja mais gostosa de ler, a mais recente, pela Lilia, é um estudo mais detalhado,  quase uma enciclopédia e Lima muito mereceu.

Sobre a da Elza, falo dela quando terminar a leitura ... mas já adianto que é muito bom ler essas biografias porque elas, sim, contam histórias que, sem elas, estariam fadadas ao esquecimento, e esses livros são um capítulo importante da história dos negros no Brasil