quinta-feira, 26 de novembro de 2020

"O Preço do amor”, Etiópia, 2015, direção Hermon Hailay

Cartaz 


16 DE NOVEMBRO DE 2020 -  O primeiro filme etíope que assisti na vida, fiquei apaixonada por toda aquela gente dourada e linda. Um país de Zahabes! Demorei um tempão para conseguir escrever sobre ele, a minha imersão foi imensa, só que eu tenho que encerrar essa essa primeira visita ao país da beleza plena.

O enredo é simples e direto : O jovem taxista Toddy (Eskindir Tameru) atua  na capital Adis Abeba e se empenha em proteger a belíssima  prostituta Fere (Fereweni Gebregers), com quem acaba se envolvendo.

Mas a graça do filme é mesmo conhecer a Etiópia através do seu cinema, ver a paisagem local,ouvir as músicas e sons.

Vou fazer uma leitura diferente dele, através de imagens.

Primeiro a imagem da belíssima prostituta Fere, que mesmo chorando, é deslumbrante 

A linda Fere

Prostituta trabalhando

Até chorando ela é deslumbrante: "Não olhe para mim"

Na cena em que ela chora no táxi, depois de ser resgatada do trabalho por Toddy, ela canta uma canção etíope que não consegui encontrar, mas é algo parecido com esse tipo de cantiga.

Encontrou o apoio de Toddy



Nesse filme a gente vê a cidade (Adis Abeba?)  Muito através da janela do carro de Toddy, que é nosso motorista.

A cidade pela janela do táxi

Pessoas etíopes são bonitas, têm um brilho luminoso, especialmente as mulheres. Pena que levem uma vida nada  fácil, são escravizadas, prostituídas, discriminadas  e sonham sair dali sem sequer imaginar o que pode lhes acontecer fora.
Belas moças levada ao exterior,sonhando em melhorar de vida
Outra imagens da cidade que embora sejam imagens urbanas, de algum modo parecem irreais. Outro mundo, mas ao mesmo tempo tão parecido, como costuma ser em África para olhos brasileiros. 
Não podia ser o centro de São Paulo em um raro momento mais vazio?

Como tentei pescar da paisagem mostrada na janela do táxi de Toddy imagens do cotidiano da cidade na Etiópia,  é claro que  uma cidade grande tem edifícios enormes no centro


E como é um filme, também tem poesia visual urbana na cidade 
Rotatória simbólica

E cores citadinas


Por fim, a cidade transborda, também na Etiópia
Uma cidade grande, mas no meio da Etiópia
E a cidade  acolhe as personagens em diversos momentos do filme
Toddy acolhe Fere escorado numa pedra significativa

Nos bares e restaurantes 

E  um amor através do espelho do táxi, em momentos sublimes
A imagem inesquecível do grande amor


Fere e Toddy abraçam a cidade

Conversa com a diretora do filme



A entrevista com Hermon Hailay, a diretora do filme etíope "Preço do amor" na plataforma do Cinesesc. Ela falou mais sobre a industria do cinema na Etiópia, um pouco sobre as tradições nacionais, a música do filme que envolve apresentações e intrumentos tradicionais, o motivo de seu interesse em contar histórias de prostitutas em seus filmes ela e sua irmã tiveram uma loja de cosméticos em Adis Abeba e era justamente na área em que ficavam as melhores clientes, as prostitutas, e com elas conversou, soube das suas vidas e de toda a problemática que as envolve naquele país tradicional. Comentou que muitas delas acaba se envolvendo com taxistas, então o enredo não foi à toa. 
Termino com um comentário nada surpreendente em se tratando de uma mulher etíope : que mulher linda que é Hermon Hailay.