sexta-feira, 3 de abril de 2009

CORREIO SENTIMENTAL

Como está no romance “O ano da Morte de Ricardo Reis”, o tempo para que a gente digira a morte é igual a mais ou menos nove meses... pois então, ao terminar o nono mês de luto pela morte do meu último amor ( o primeiro da minha nova vida) eu respiro ares de desejo de achar um outro amor, porque continuo viva e aquele já foi, foi o que tinha de ser...

Mas como seria esse novo amor? Eis o problema! Agora estou mais exigente, não é qualquer um que se encaixará, primeiro não precisa ter dinheiro, nem precisa ser bonito (talvez apenas perfumado, mas isso não é exigência), tem que ser alguém que tenha paciência com meu excesso de palavras, delicadeza com minha super sensibilidade, que tenha facilidade em conversar sobre meus assuntos, que me ensine e aprenda comigo, que não tenha pudores com gestos públicos de carinho como oferecer rosas eventualmente, que me ligue algumas noites para dar boa noite (quando não estiver comigo, claro) que queria me oferecer as mãos e comigo caminhar, pois estou vivendo minha segunda adolescência não a massacre por favor (por isso veto de antemão os muito mais velhos... quarentões não) ... eu acho mesmo que depois de tantas mudanças que eu operei em mim mesma para melhor, depois de uma grande desilusão amorosa na minha nova vida, já estou mais que pronta para viver um novo amor .. e ouço essa música de Ópera do Malandro:

Tomara que eu tenha boa sorte!