Na última sexta feira eu voltei a ouvir o violão clássico de Paulo Martelli, aquele todo ritualítico que comento AQUI. Sempre quis ouvir Martelli de novo, mas achava que se eu tivesse essa oportunidade novamente seria sozinha , como foi da primeira vez, porque as pessoas não estão em sintonia com o mágico, o transcendente atualmente...Mas eu estava enganada, pois foi um rapaz quem me convidou para ouvir Martelli tocar Bach!
Eu sabendo o que significa alguém te convidar para ouvir Martelli tocar Bach, e sabendo que o menino em questão sabia muito bem o que estava fazendo ao fazer o convite
Entendi que estávamos no processo do Poema e Martelli, com a ajuda de Bach, só viria ratificar isso.
Paulo Martelli continuava a elegância em pessoa!
Mas desta vez ele estava incrivelmente mais acessível, querendo conversar com as pessoas sobre violão clássico, responder perguntas, contou coisas lindas sobre o cuidado em experimentar novas maneiras de melhor tocar um compositor barroco,que envolviam a forma do violão; o aumento do número de cordas de 6 para 11 e a substituição das cordas tradicionais por uma certa linha de pesca japonesa, que adensavam o som e, acreditem, no interesse em aprender as danças barrocas para as quais as suítes eram feitas, o que o colocava em contato direito com o ritmo possível, ele está experimentando esse violão:
E o mais bonito : ele disse ser filho de mãe analfabeta, ouvinte de música caipira, tendo irmãos que enveredaram para o rock, etc... ele amava o clássico e achava importante existirem, aqui no Brasil, pessoas que tocavam Bach bem, porque essa idéia de acreditarmos que isso não era para nós não era verdadeira! EU CONCORDO!Me identifiquei imensamente quando ele falou algo assim:que quando tocava Bach sempre pensava "Nossa, que lindo isso e eu posso entrar em contato com essa manifestação musical das maiores da humanidade e isso não tinha preço". Sinto mais ou menos isso com o Rosa, não que eu tenha lido todos os autores, nem que eu ache que Rosa seja algo mundial como Bach, mas no contexto do Brasil, não conheço nada próximo, estou em contato com a ARTE PURA, coisas para poucos... que lindo Martelli!Bom, o concerto eu já sabia que seria maravilhoso, mas não imaginava o prazer de ouvi-lo como se eu estivesse sendo introduzida como um elemento constitutivo do universo divino de Bach.Um sonho meu, que guardava escondido aqui dentro de mim, desde que eu ouvi Martelli tocar a primeira vez, foi realizado! Quanta gente não vive a vida toda sem realizar nunca um desejo? Estou super feliz!
Entendi que estávamos no processo do Poema e Martelli, com a ajuda de Bach, só viria ratificar isso.
Paulo Martelli continuava a elegância em pessoa!
Mas desta vez ele estava incrivelmente mais acessível, querendo conversar com as pessoas sobre violão clássico, responder perguntas, contou coisas lindas sobre o cuidado em experimentar novas maneiras de melhor tocar um compositor barroco,que envolviam a forma do violão; o aumento do número de cordas de 6 para 11 e a substituição das cordas tradicionais por uma certa linha de pesca japonesa, que adensavam o som e, acreditem, no interesse em aprender as danças barrocas para as quais as suítes eram feitas, o que o colocava em contato direito com o ritmo possível, ele está experimentando esse violão:
E o mais bonito : ele disse ser filho de mãe analfabeta, ouvinte de música caipira, tendo irmãos que enveredaram para o rock, etc... ele amava o clássico e achava importante existirem, aqui no Brasil, pessoas que tocavam Bach bem, porque essa idéia de acreditarmos que isso não era para nós não era verdadeira! EU CONCORDO!Me identifiquei imensamente quando ele falou algo assim:que quando tocava Bach sempre pensava "Nossa, que lindo isso e eu posso entrar em contato com essa manifestação musical das maiores da humanidade e isso não tinha preço". Sinto mais ou menos isso com o Rosa, não que eu tenha lido todos os autores, nem que eu ache que Rosa seja algo mundial como Bach, mas no contexto do Brasil, não conheço nada próximo, estou em contato com a ARTE PURA, coisas para poucos... que lindo Martelli!Bom, o concerto eu já sabia que seria maravilhoso, mas não imaginava o prazer de ouvi-lo como se eu estivesse sendo introduzida como um elemento constitutivo do universo divino de Bach.Um sonho meu, que guardava escondido aqui dentro de mim, desde que eu ouvi Martelli tocar a primeira vez, foi realizado! Quanta gente não vive a vida toda sem realizar nunca um desejo? Estou super feliz!