domingo, 29 de dezembro de 2024

PRÊMIO MELHORES DO ANO 2024

 





 Sim, já passamos dos 40 minutos do segundo tempo do ano, mas não poderia virar o ano sem o prêmio melhores do ano 2024 do blog Pequenidades! 
Lá se vão os quesitos tradicionais :

L

1 Rolê: Samba do Sol pós carnaval :Samba do sol pós carnaval

Foi o melhor porque foi um Samba do Sol raiz na Casa das Caldeiras, eu FANTASIADA DE SOL,com músicos que eu amo,com todos meus amigos de Samba do Sol ... tocou "Gente", versão Xande de Pilares, teve "Mania de Você", teve "Macetando" e eu só no refrão: "joga beijinho pra quem tá filmando" ! Depois, em novembro, teve uma versão bem parecida, nos 10 anos de Samba do Sol, mas essa aqui, eu toda solar, só teve uma! FOI DEMAIS 😍❤️

                                           


Eu: o Sol 

os amigos de Samba do Sol

Com Elmo, Natalia Nage, Roseli e Eta

2 Música : Jorge Aragão! Menção honrosa para Jovelina Perola Negra e Cartola

Ganhei até um vídeo de agradecimento 
Do Zeca por ter ouvido tanto ele ❤️

Bom, pela minha lembrança, comecei o ano ouvindo muito Cartola, sem parar, todo dia o dia todo. Tenho os discos em MP3 e ia ouvindo... mas logo em seguida, entrei na loucura de ouvir Jorge Aragão, emanando a vinda de um nego véio para mim. Depois, já no meio do ano, baixei o Spotify e ele que me deu a versão sobre  o que mais ouvi no ano (leia segundo semestre)


3 Livro e autor (a) do ano:  Livro "Oração para desaparecer", Socorro Acioli 



Nesse ano de leituras, que você pode acompanhar mais detalhadamente aqui, li livros realmente incríveis, conheci autores maravilhosos. Não teria como escolher qual livro foi melhor, todos foram ótimos, me ajudaram a entender algumas coisas, me divertiram, me fizeram  mudar de atitude na vida, etc. Portanto escolhi o maravilhoso Oração para desaparecer, não por ele ser melhor que os outros, mas porque sempre vou lembrar de 2024 como o ano em que lutei pelo livro e, enfim,  li esse exemplar tudo a ver comigo,como comento aqui

4 Filme ou peça teatral "Retrato de um certo oriente", de Marcelo Gomes



Esse ano assisti a peça de teatro infantil "Um dia, um rio", que comento melhor aqui, mas no fim nem gostei tanto. No caso de filmes,  até assisti alguns, muito por causa da Mostra de Cinemas Africanos, e também na TV Brasil, de vez em quando revia alguma produção nacional. Mas tinha que escolher esse do Marcelo Gomes porque ele me fez ir até a rua Augusta para assistir e eu não me arrependi em nada. Que filme lindo!  Como eu comento melhor aqui.


5 Foto do ano : Comemorando minha saúde no samba

Fui flagrada pela fotógrafa do Samba do Tatu enquanto comemorava a volta da minha saúde  no IV Encontro de Comunidades e Rodas de Samba no Maria Zélia em 9 de junho de 2024.


 

6 Bebida ou comida do ano: Bauru 


Nos nossos passeios pelo centro de São Paulo meu crush me oferecia um bauru, e eu amava!
Na minha memória 2024 vai ficar sempre com o delicioso gosto do bauru na chapa!  

7  Show: Höröyá


Sem duvida a melhor experiência tentando unir África e Brasil a partir da ritmica que ouço há tempos. O grupo que une brasileiros e senegaleses apostam em várias sonoridades e todas são criativas, ricas e cheias de significado. No dia do show no Instrumental que você pode conferir :

Eu estava bem bad, tanto que acabei nem fazendo o post tradicional do instrumental aqui no blog, mas me arrumei toda de africana para tentar sobreviver. E sobrevivi muito nutrida por esse som !



8  Roupas ou acessórios: Vestidos 

Esse ano, exceto quando eu estava com dengue, olhando as minhas fotos, as cores que usei, percebendo minha energia, concluo que esse foi o ano em que me senti mais gostosa, como há anos não sentia.Talvez por isso eu tenha usado tantos vestidos, que sempre foi e é roupa de mulherão! Não deu para postar todos,mas uma amostrinha dá


9 Conquista do ano : Alta da minha mãe 

Um brinde a saúde e 

Este natal foi muito especial para minha mãe e para mim, pois nele nós brindamos a alta dela no tratamento no Instituto do Câncer, depois de cinco anos de tratamento. Só nós, que estivemos sempre juntas nisso,  sabemos o quanto foi difícil, mas agora ela saiu vitoriosa e minha maior conquista foi ter encerrado esse ciclo difícil da melhor forma, eu consegui cuidar e dar apoio a minha mãe no momento mais delicado para ela. Grande conquista!  

10 Personalidade negra : Conceição Evaristo 



Infelizmente nesse não lembro de ter conhecido nenhuma nova personalidade negra com ideias que me atraíram nesse ano. Nem mesmo o lançamento do meu querido Jeferson Tenório mexeu com meu pensamento como de costume e então lembrei que esse ano tinha lido dois livros quase que ilegíveis de tão fortes da Conceição Evaristo. Conceição é uma autora que eu já conhecia, de quem tinha lido o "Canção para ninar menino grande" no ano passado, e achei  um dos livros mais bonitos e bem trabalhados da literatura negra brasileira. Mas esse ano eu li "Ponciá Vicêncio", uma história triste sobre heranças da escravidão que só Conceição sabe como contar. E também li "Becos da memória",um dos livros que mais me alarmou, muitas vezes eu tinha que parar a leitura, respirar, fazer massagem do peito para suportar o desamparo. Só uma grande escritora produz esse tipo de efeito, e até por causa disso,  sua obra é  sempre um soco no estômago para mim, me fez repensar tantas coisas sobre nossa vida de negros e negras, como poucos autores conseguem. Nem sempre tenho a coragem suficiente para ler Conceição, mas não tenho dúvida de que vale muito à pena, pois ela é uma das melhores escritoras negro-brasileiras contemporâneas. Obrigada conceição!

Parabéns e obrigada aos vencedores e vencedoras! Ano que vem tem mais!

Retrospectiva 2024: O ano em que eu tive Dengue


2024, ano que ouvi Jorge Aragão , procurei um amor no tempo da madureza, ano de Cartola, das rodas de samba do RJ...foi um um ano incrível, mesmo sendo o ano em que eu tive dengue e isso o dividiu em duas partes. Foi o ano em que li três livros da minha favorita Lygia Fagundes Telles, dois do Murakami, dois da Conceição Evaristo e que Drummond me ensinou que chegaram os tempos da madureza, só o amor nesses tempos ainda não chegou, mas deixei as portas abertas:Tudo a seu tempo. Cada parte, com seu charme e seu cansaço. Vejamos, mês a mês:




 JANEIRO

Comecei o ano inspirada, ouvindo e reouvindo os discos do Cartola, enchendo meus dias daquela música e poesia, onde há sempre a disputa entre o bem e mal. Ao mesmo tempo lia “Becos da Memória” da Conceição Evaristo e achava que nessa obra, ao contrário dos sambas de Cartola, só existia o mal, não havia futuro, foi bem difícil.  Encontrei Menina sentada do Portinari no metrô. Teve Samba do Aguidá e Encontro das Rodas de Samba dos Partideiros, terminei lendo um livro de poemas da Carmen Faustino.

Com a amiga Vânia, no primeiro samba no Maria Zélia

"Becos da memória", "Menina sentada,
"Samba do Aguidá ", "Estado de Líbido "

FEVEREIRO

Em fevereiro teve carnaval e isso ocupou a parte interessante do mês! Teve Samba do Sol pós carnaval, e nos bloquinhos,  mesmo sozinha (dessa vez quase ninguém foi, só a Aninha no Bloco Pagu!) eu brinquei todos os dias, estava linda e feliz! Também assisti ao show do Octeto Feminino e li  Mil Tsurs do Kawabata e Ponciá Vicêncio da Conceição Evaristo. Depois de setembro com a primavera, o melhor mês é fevereiro, que tem carnaval.


Octeto feminino no Instrumental 


Registros do carnaval 2024

















MARÇO 

Março é ressaca do carnaval, mas foi bem intenso, eu estava me sentindo linda, fui ao teatro infantil “Um dia um rio”, ao "Samba do Aguidá” nas Caldeiras, conheci o “Terreiro de Crioulo” e li “Voragem”, livro que mudou minha vida. No fim também achei esse mês sensacional!

Teatro infantil 

Meus amigos do Aguidá e Dona Nenê no Samba do Sol

No Terreiro de Crioulo

ABRIL

Abril tinha tudo para ser maravilhoso, muito instrumental bom, samba com moços bonitos do Resenha de Buteco no Maria Zélia, dia nacional do choro (amo) e o melhor show que assisti no ano, do Höröyá! Pena que nos últimos dias do mês eu cai doente, eu só dormia, achei que estava só exausta, mas depois vim a saber que  era um pouco pior, eu estava era com dengue! Da dengue em abril não tirei fotos, só em maio, que veio a ser o mês mais pesado do ano.

 

Lendo Fanon no show do Höröya 
África/ Brasil 😍



Momentos com amigos no instrumental e no samba 
Dia nacional do choro (amo)


Realmente esse grupo me impactou
Quando os vi chegando, todos ENORMES,
queria ter visto minha cara kkkkkk

MAIO

Maio começou com o  fim da dengue, fraqueza, baixa energia e sonolência, foi tenso. Teve o show da Maddona na TV e eu ter conseguido assistir até o fim me mostro que a dengue tinha ido embora do um corpo. No RS assistimos à tragédia das chuvas, como não tínhamos visto no Brasil, eu também doei roupas para os desabrigados, não estava tão bem, mas tinha gente pior. Depois da dengue eu tinha que continuar em repouso porque ia passar por cirurgia marcada há seis meses e até os últimos dias não sabia se teria plaquetas o suficiente para encarar a operação, muita tensão. No fim deu tudo certo, na cirurgia foi tudo bem, mas depois tive uma infecção, que tratei com antibiótico, estava com muita vontade de voltar a treinar e recuperar um pouco da fraqueza. Nisso foi quase todo o mês, certamente o mais pesado do ano, que marcou um ponto de virada nele, teve o antes da dengue, muita tensão e cansaço, e o pós dengue, de muita recuperação e energia.Mês pesado, mas também passou.

De lilás no dia da cirurgia, com dengue pálida e melhor, no dia das mães e reencontrando amigos no instrumental 

Show da Maddona 


Tenso 


JUNHO

Renovada das doenças, cai logo em dois sambas tradicionais no Maria Zélia, quatro instrumentais com Arranjando o choro, Banda Mantiqueira , etc. Li e comprei “Claro enigma”, um dos melhores livros do ano, no meu tempo de madureza, ele me abriu a vontade de viver um amor . Voltei a ler Lygia Fagundes Telles, com “cerejas” e depoimentos sobre escrita, relembrei, com Cortázar,  um momento único vivido em janeiro, de atração no metrô de onde eu saia que, se tivesse em um outro momento da vida, teria encontrado um amor. Vida pós-dengue.

Leituras do mês. 
Em tons terrosos pra ouvir Banda Mantiqueira 

Lygia 

JULHO 

Friozinho e eu animada com rodas de samba do RJ no Maria Zélia, fui ao meu segundo Terreiro de Crioulo, dessa vez toda de vestido de rainha africana, tirei foto com meus ídolos, como o bandolinista Abel, que é um querido... e encontrei meu amigão Mugabe, meu couch de relacionamento. Fui no aniversário dos partideiros toda uniformizada, fã é fã! Li meu  primeiro Dostoiévski,comecei a ouvir muito Jorge Aragão e desejar um nego véio para mim...

Terreiro de Crioulo

Uniforme de partideira

Meu primeiro Dostoiévski 

AGOSTO

Em agosto veio meu crush, um homem mais velho, outro tipo de experiência e a partir de então, nos próximos meses,  passeei muito de casalzinho em São Paulo. Voltei a acompanhar a Mostra de Cinemas Africanos online, vi "Campo de Thiroye"um filme de Sembène. Vi duas rodas de samba maravilhosas do RJ em São Paulo, Samba de Cabeça Branca e Pede Tereza, só amor esses sambistas cariocas. Li "Homens sem mulheres",meu primeiro Murakami e foi marcante! 

Escorpião 

Desejo atendido

Passeio com crush

SETEMBRO

Cortei os cabelos, como nunca antes, apostei em um corte  Black Power e estou curtindo muito o  puro charme! Eu e meu crush continuamos passeando por São Paulo, uma descoberta para ambos. Fotos  na Paulista, numa linda tarde de domingo, fomos ao Museu da Língua Portuguesa, ao Memorial da América Latina, turistando na própria cidade.
Meus amigos do churros 


Cortei os cabelos 

Passeios e sorrisos


Memorial da América Latina

OUTUBRO 

Mês de eleições, do nosso aniversário (meu e do crush), de estar numa das rodas de samba mais tradicionais Moacyr Luz e o Samba do Trabalhador, assistir a um documentário de Safi Faye na Mostra de cinemas africanos, Tendal da Lapa, Conhecendo o centro, exposições  e, claro, meu presente de aniversário: Conheci o Cacique de Ramos. Momentos muito bons, especialmente para quem estava doente há alguns meses.
Moacyr Luz e Samba do trabalhador 

Cacique de Ramos

Neidinha, minha amiga que trabalha no Teatro Anchieta  e eu  encontro toda semana no instrumental

Meu aniversário: presentes e café 
com Fernando e amigos no Sesc Pompéia

NOVEMBRO

 Novembro foi um mês de muitas chuvas e tempestades, teve óculos novos, quebrei minha canela. Comemorei  dez anos de Samba do Sol nas Caldeiras e 17 anos da Comunidade do Samba do Maria Zélia. Teve o dia da Consciência Negra que passei com meu crush, na Ocupação Preta do CCBBsp com o Samba Poeira Pura. Assisti "Retrato de um certo oriente" de Marcelo Gomes  achei que ele não rasura "Relato de um certo oriente", do Milton Hatoum, o livro que o inspirou. Foi muito bom, mas no final  eu estava já indicando pouca bateria para o fim do ano!
Óculos novos

Consciência Negra, eu de bata amarela,
no samba do centro de São Paulo 

Antes de ver o filme:
ainda não sabia que ia gostar tanto

Dez anos de Samba do Sol 

DEZEMBRO

Dezembro em clima de encerramentos de ciclos e muito cansaço. Nem mesmo os sambas que eu já tinha programados eu tive muito pique pra curtir, cansada mesmo. No primeiro fim de semana teve Encontro das Rodas de Samba em Homenagem ao dia do Samba no sábado e quintal no domingo.  Como os Prettos lançaram um álbum de releituras de Cartola, fui ao Quintal toda trabalhada no Verde e Rosa e fui chamada de mangueirense na rua! Amei!
No segundo sábado estava com sinal  vermelho de exaustão ligado no Samba d'Coroa convida Nelson Rufino e Marquinhos PQD.
Uma pena eu estar tão cansada, se não teria aproveitado bem mais!
Momentos do Samba D'Coroa com
Cassiana Pérola Negra, Ste Oliveira, Geléia e Seu Quirino
                       
Tremi muito, mas juro que esse é o
Nelson Rufino 

Ste Oliveira e Geléia: Dois momentos  comigo

Natal,com mamãe ♥️

Nos Prettos de verde e rosa: Viva Cartola 

Comemorando
DIA NACIONAL DO SAMBA