sexta-feira, 1 de outubro de 2021

“Juju Stories”, Nigéria | 2021, Direção: Surreal16 Collective - Abba T. Makama, Michael Omonua e CJ “Fiery” Obasi


Sinopse : Uma mulher tentando forçar um homem a ficar com ela através de um feitiço, um ladrão mesquinho que se transforma em um inhame depois de pegar um dinheiro que não lhe pertence e uma mulher que suspeita que sua melhor amiga obsessiva seja uma bruxa. Essas três histórias estão enraizadas no folclore nigeriano e nas lendas urbanas em torno do juju, ou no sistema de crença espiritual usado em algumas práticas religiosas na África Ocidental, nas quais objetos como amuletos e feitiços podem ter propriedades mágicas.

No filme que inaugura a Mostra 2021 somos introduzidos por um vídeo onde C. J. Obasi nos fala da emoção que é saber que um filme do Surreal16 Collective abriu um festival tão importante para o cinema africano e a gente PIRA!

 

 C. J. Obasi

Depois o filme começa, desembarcamos em Lagos, vemos muitas imagens da cidade, gente (muito) rica e também bem pobres ...aquelas pessoas lindas, aquelas cores que só na África, que saudades. Sei que até vi e comentei uma maravilhosa seleção de documentários em março,  mas sinto falto da ficção africana, é tão diferente, vocês sabem.

                              

Como acabei de ler um  romance de Jorge Amado (vou escrever sobre em breve, por hora deixa eu falar dos filmes africanos porque estou atrasada, estou exausta, mas não posso perder tempo, a mostra vai só até dia 10 e temos mais dezenas de filmes para ver), que trata muito de coisas específicas da Bahia, especialmente de uma religiosidade que muitos não conhecem, mas já odeiam, então  está muito fresco na minha mente que para aproveitar o melhor de tudo,  nós, como leitores de Jorge ou expectadores de cinema africanos,  temos que estar abertos para tudo, entender outras realidades, vidas de pessoas que fazem coisas de um jeito diferente do que nós fazemos...e os cinemas africanos SEMPRE me ensinam sobre isso.

No caso do filme em questão, como aponta a sinopse, a obra  fala de Juju, uma crença comum na Nigéria, assunto que aparece em outros filmes, especialmente no fantástico curta metragem “Hello, Rain” (2018), também dirigido por C. J. Obasi, como comentei aqui , mostrando que a bruxarira pode, sim, interferir na a vida das pessoas ... Temos três capítulos ,  cada um contando uma história permeada por Juju e sempre de uma maneira um pouco aterrorizadora. Me dá vontade de conhecer um pouco mais sobre isso, talvez entendesse melhor os filme, ou talvez não (fosse preciso uma vivência maior do fenômeno na Nigéria, como é o caso do Candomblé de Jorge Amado na Bahia). Não acho tão estranho, talvez um pouco adolescente de mais para meu gosto, mas achei um ótimo retorno aos cinemas africanos.

Como estava com saudade daquela gente preta e tão linda (adoro pensar que um pedaço do meu DNA veio de lá!), tirei algumas fotos legais :


Leonard sonha que ela joga

Mercy descobre que talvez Leonard
nem gostasse de livros

Morte de Ikena




Surto provocado por Juju

ofereço meu obro amigo

O Feitiço 

3 mulheres : magias 



No sonho tudo dá mais certo

Amigos

A primeira noiva

Senhora

Futuro juntos

Transe

Olhar de Joy

Casal negado

Casais ricos, lidos, chiques a gente encontra na Nigéria

No sonho de Leonard, ela cozinha  

No sonho de Mercy, tudo era lindo, mas..

Sem defeitos esse homem!



Ela queria falar sobre os livros

A história do Inhame

Um negro de rosa, apaixonado 😍

Protetores?

Joy, ao pé do ouvido

Chinwe

Ikena, o "bonitão" do seu prédio

Pois é!



Que final! Parece ilustração infantil

Amizade macabra

Mercy fez feitiço para ficar com esse homem.
Vou criticá-la? kkk






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