JANEIRO - No primeiro mês do
ano eu estava no melhor dos mundos com a visita de um dos meus grandes amigos
da vida, o Rafael. Nós nos encontramos algumas vezes, fomos ao cinema assistir Macbeth e planejamos nos rever durante o
ano MG, o que realmente acabou acontecendo e foi ótimo. Fiz óculos novos.
Vi o último do Tarantino, Os oito odiados, sozinha e foi legal me
sentir pertencendo a uma geração. Estava firme me preparando para escrever um
artigo sobre o disco Minas e a resenha do livro de Benjamin. A resenha eu
escrevi e está em avaliação, mas o artigo ainda não, ou seja, cumpri 50% do
planejamento de janeiro para o ano de 2016. Ainda bem que fiz mais coisas, né?
FEVEREIRO – Teve carnaval e desta vez, depois
de anos, eu me permiti pular e foi demais. Teme homenagem ao Bituca na Escola
de Samba Tom Maior. Tivemos os
deliciosos blocos de rua, me diverti como nunca antes nas ruas da minha cidade,
especialmente no Tarado ni você, do
Caetano; e fui ao baile do Sesc Pompéia, com a Orquestra Contemporânea de Olinda em um dia em que eu estava me
sentindo linda, de verdade. Nessa vibe assisti a um jogo de futebol no estádio
pela primeira vez e fiquei encantada com a beleza da torcida do Palmeiras.No
final do mês me matriculei no curso de extensão sobre Januz Korczak, com muitas
expectativas que acabaram não se realizando, como tantas das coisas que tentei
em 2016, ano em que eu só consegui mesmo foi ganhar alguns quilinhos a mais,
agora sou uma gordinha sexy.
MARÇO – Em
março a vida pública começou a desmoronar sobre a pessoal, que até então era uma forte possibilidade de
golpe, se instaurou, amargando muito minha boca e para sobreviver, tentei
escapar mergulhando no meu trabalho de pós doutorado. Meu artigo "A respeito dos cadernos de
Guimarães Rosa e o questionamento da História" que foi publicado no livro "Compêndio de Crítica Genética na
América Latina" (2015) .
ABRIL - Vi e me deliciei com
o espetáculo Crianceiras – música
inspirada na poesia de Manoel de Barros.
Ganhei o excelente livro Arco de virar réu, de Antonio Cestaro como cortesia literária e adorei. Assisti ao meu primeiro show do ano no Instrumental SESC Brasil, que foi com a viola do Gabriel Satter. Dias depois fui com minhas amigas a um evento sobre literatura infantil no instituto Goethe e foi muito rico. Vi com uma amiga a exposição Histórias da Infância no MASP, que foi maravilhosa.
Ganhei o excelente livro Arco de virar réu, de Antonio Cestaro como cortesia literária e adorei. Assisti ao meu primeiro show do ano no Instrumental SESC Brasil, que foi com a viola do Gabriel Satter. Dias depois fui com minhas amigas a um evento sobre literatura infantil no instituto Goethe e foi muito rico. Vi com uma amiga a exposição Histórias da Infância no MASP, que foi maravilhosa.
JUNHO – Em junho eu ministrei uma palestra sobre as quatro
personagens meninas das estórias de Guimarães Rosa, na UNIBES cultural e em seguida segui para Belo Horizonte, onde
ministrei um minicurso sobre a História nos Cadernos manuscritos e Guimarães,
além de ter vivido dias no melhor dos mundos na capital mineira, ao lado dos
meus amados grandes amigos da vida, Rafael e Lucas... foi memorável.
JULHO – Foi o mês do luto pelo primeiro ano da morte do meu pai. Eu
relembrei a data, de todo coração, assistindo a um curso inteirinho sobre viola
caipira no SESC, com Jair Marcatti e a participação do violeiro Sidnei de
Oliveira, que me emocionou demais. Como dói a saudade de um ente querido! Em
julho, meio que metaforicamente, eu cai de boca no chão e meu joelho esquerdo
nunca mais foi o mesmo desde então, e também me parece que a vida toda caiu,
ladeira abaixo...essa foto eu tirei no dia que eu cai, mas um pouco antes ...
AGOSTO – Eu fiz uma espécie de balanço de trabalho do meu primeiro
ano de pós-doc, no qual me aprofundei no estudo dos livros – dicionários e anedotários infantis- e fui me aprofundar neles, pensei em escrever
um artigo sobre a presença de Portinari neles, que ainda vou escrever, e e também
escrevi um capítulo de livro ser editado no ano que vem sobre o humor naqueles
anedotários. Dei-me conta de que não iria conseguir mais abordar a coluna de
Bloch nas revistas, não do jeito que eu me propus inicialmente, que precisarei
fazer um grande recorte nas fontes para que elas sejam citadas. Recebi um
enorme parecer positivo a respeito do meu artigo 'Dicionários infantis de Pedro Bloch', que me sugeria abordar, também, os
autores de literatura infantil brasileira na década de 1970 e isso me levou a
ricas reflexões sobre o trabalho de Bloch com as crianças, foi um ânimo imenso
tê-lo recebido. Em agosto eu fui a dois shows sensacionais no SESC, um do Duofel, Carlos Malta e Robetinho Silva e
outro do violeiro Ivan Vilela e as irmãs Ana e Marlui Miranda, que foi muito emocionante.
Também vi Tom Zé e como sempre foi um
deleite!
NOVEMBRO – No começo desse mês eu segui para Araraquara para participar do XVII Congresso da Sociedade Internacional de Estudo de Humor Luso-Hispânicos, que foi muito bom
falar de Pedro Bloch entre especialistas de humor infantil, como Sírio Possenti
e Alessandra Del Ré. Quando voltei, assisti concertos no Instrumental SESC Brasil,o mineiro Rafael
Pansica.
DEZEMBRO – Eu e amigos visitamos o Festival Toyo Matsuri , no bairro da Liberdade. Comecei o mês no Instrumental SESC Brasil,só com a Nelson Ayres Big Band (que som maravilhoso!), depois ainda fui ao show Baile do Almeidinha, do Hamilton de
Holanda, com participação da Paula Lima e tudo mais e para fechar com chave de
ouro o ano do Instrumental SESC Brasil,
acompanhei a superlativa apresentação do Projeto
Coisa Fina, que na verdade é coisa finíssima.
Assim foi meu 2016, foi pesado como foi para todo mundo, mas também teve coisas boas e bonitas. Que venha 2017,
animado e mais leve que esse para todos nós.