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Meninas negras leitoras . In: Google imagens |
Como sabem, desde pelo menos minha tese, eu amo falar sobre as meninas (crianças do sexo feminino),tenho artigos sobre isso , como este sobre as personagens meninas nas estórias, ou este sobre a correpondência desenhada entre o Vovô Joãozinhho e sua netinha Ooó .
Em fevereiro desse ano eu falei no SESC CPF, por breves trinta minutos, sobre a representação da menina negra na literatura infantil brasileira em três momentos que julguei importantes no que tange o tema da representatividade da criança negra nesse recorte de cerca de cem anos: a Princesa Flor Encarnada (1921), texto adaptado por Arnaldo de Oliveira Barreto, ilustração de F. Richter ; A Menina Bonita do Laço de Fita (1986), texto de Ana Maria Machado, ilustrações de Walter Ono e Claudius Ceccon e Menina Pretinha (2016), de MC Soffia. Na comparação, interessou-me observar e problematizar quem eram essas meninas, como e porque foram representadas como foram, nos textos e nas figuras a elas relacionadas, etc.
A discussão é cada vez mais pertinente, pois se hoje ainda é difícil representar adequadamente as pessoas negras (as dificuldades vão desde a falta de vontade ou a inabilidade, ou proibição mesmo como no caso do comercial do BB vetado pelo governo federal, até a falta de materiais próprios como paleta de cores, pro exemplo), imagina como era isso no passado. Mesmo que não tivemos tempo para discutir esses temas na ocasião, alguns pontos chegaram a ser levantados para reflexões futuras, e lembro que escrevi um texto que deve ser publicado em breve.
Como hoje eu já comecei a pesquisar outro tema relacionado aos meus estudos sobre História Cultural da infância, por ora me despeço desse assunto mostrando algumas figuras (diferentes das que eu analisei na palestra e no texto) dessas meninas, como aperitivo.
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Flôr Encarnada (1921), por F. Richter |
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Menina Bonita do Laço de Fita (1986),
por Walter Ono |
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Menina Bonita do Laço de Fita (1999)
por Claudius Ciccon
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Menina Pretinha (2016), Mc Soffia |
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