VORAGEM: Interessada em saber mais sobre a literatura de japonesa, por causa da minha boa experência com Yasunari Kawabata, alguém me recomendou a leitura desse livro, mas logo que comecei a ler, apesar de gostar das tramas de Tanizaki, não achei nada comparável à escrita preciosa de Kawabata. Sobre “Voragem”: Estamos em Osaka,Japão,na década de 1930 e na atividade da escola de artes, a moça Sonoko precisa pintar uma representação da "divindade" Yoryu-Kannon que estava representada pela modelo viva Y. Mas ela não reproduziu o rosto da modelo, porque no seu inconsciente, a entidade tinha outras feições. Tempos depois, Sonoko, viria conhecer a jovem que tinha aquele rosto que ela pintara. Era o de outra aluna, a senhorita Mitsuko: Aquela era a imagem da deusa, com quem Sonoko, uma mulher casada, vai desenvolver um intenso e quase doentio envolvimento homosexual. Assim começa a história da obsessão contada oralmente por Sonoko a um “sensei”, que é também escritor e deve um dia escrevê-la. Apesar de defeitinhhos narrativos que poderiam ter-me feito abandonar a leitura, não posso negar que é um livro inexplicavelmente envolvente. Se durante a leitura eu não tinha palavras para descrever a VORAGEM daquela experiência narrativa cheia de reviravoltas, o fim sugeriu que as personagens não agiam de forma verosimilhante, mas sim com a reação apaixonada daqueles que seguem uma seita, representada pela beleza de Mitsuko, que ativa todos os acontecimentos doentios e muitas vezes quase adolescente do livro! É um livro tóxico (não é uma crítica negativa, me pareceu mais uma reação esperada dos leitores) e mesmo não sendo um dos melhores da vida, ruim não achei. Só não recomendo para todos.
Alguns registros de leitura
No dia 18 de março, me despedindo de Voragem, uma foto e um vídeo
Sobre o vídeo |
A última foto |