sábado, 30 de janeiro de 2016

Falar sem cuspir é escrever!


Circula essa piadinha na internet, acho engraçada, mas devo alertar que quem  fala vai sempre cuspir, o problema é que tem gente que exagera. A minha personagem menina de Rosa favorita, a Brejeirinha, era a própria narradora oral, contava as mil histórias que inventava e, segundo o próprio texto do Rosa, quando um dos personagens ficticios que ela inventou - o ‘Aldaz’’ Navegante”, partiu no mar imaginário, todos deixaram a ele uma mensagem de recordação , ai tem esse trecho fantástico:
"...cada um foi destinando a sua mensagem: “Zito põe uma moeda. Ciganinha, um grampo. Pele, um chicle. Brejeirinha - um cuspinho; é o "seu estilo".(Primeiras Estórias, p. 107).
Dai eu perguntava na tese :"Ora, este estilo cuspido de Brejeirinha – sendo uma forma de denominar sua linguagem oral – não pode ser as próprias narrativas das estórias inventadas sobre o “'Aldaz' navegante”? " (RODRIGUES, Camila. "Escrevendo a lápis de cor: Infância e História na Escritura de Guimarães Rosa", p, 225)