domingo, 30 de abril de 2017

domingo, 23 de abril de 2017

As Congadas invadem a Basílica de Aparecida para alegrar a semana de São Benedito e Nossa Senhora do Rosário

Em 22 de abril de 2017 assisti as Congadas oriundas de todo o Brasil, mas mais fortes em Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo, adentrarem a Basílica de Aparecida para festejarem a Semana de São Benedito e Nossa Senhora de Rosário. Gosto muito de ver esses corpos e rostos, pertencentes a congadas de todo o Brasil, de todas as cores e idades nesse tributo a alegria!
Eu sei que esses vídeos de celular que eu gravo ficam horríveis e depois nem sei arrumar, mas não pude deixar de gravar só um pouquinho das congadas ontem. Claro que o celular não captou nem 1/10 daquele ritmo que convidava o corpo a se mover em plena basílica.


segunda-feira, 17 de abril de 2017

O que é o amor para Pedro Bloch

Essa matéria da Revista Bula está originalmente nesse link.

sábado, 15 de abril de 2017

Resumo para congresso na UERJ

Gente, acabo de escrever o resumo da minha palestra sobre Pedro Bloch e as crianças na UERJ em agosto. É bem reduzido, mas na falara trarei de algumas anedotas infantis bem engraçadas, poque rir é muito bom. <3 span=""> O que acham?
Título: Anedotários infantis de Pedro Bloch: graciosas narrativas reveladoras da percepção da criança
Palavras-chave: Criança, Humor, Pedro Bloch
Resumo: Na segunda metade do século XX, o médico foniatra, jornalista e escritor Pedro Bloch (1914 -2004), manteve uma seção humorística contando historinhas de criança nas revistas Manchete e Pais & Filhos, que depois transformou em livros, os seus anedotários infantis.Além de conversar com seus pequenos pacientes no consultório para escrever textos, Bloch incentivava seus leitores e conhecidos adultos a ouvir a meninada, pois assim experimentariam o contato revelador como aquela peculiar percepção do mundo, que é o que ele procurava expor em suas anedotas. É sobre este projeto de inserção da criança no diálogo cultural e suas consequências para a escrita de uma nova História dessas crianças que tratarei nesta fala.

domingo, 9 de abril de 2017

Por uma História da Criança

Outro dia vi no Facebook alguém lembrando do uniforme do pré primário que todas as crianças usavam nos anos 80 ... Eu  sabia que eu tinha uma foto usando ele, mas demorei tanto para achar que perdi a postagem. De qualquer forma, eis a foto comprobatória, diretamente de 1985:
Foto caseira de Camila Rodrigues indo à aula do pré-primário uniformizada em 1985
Eu vejo essas minhas fotos de criança e me lembro daquele livro que eu (será que só eu ?) considero uma obra prima para se pensar a história da criança no século XX, que é o "Infância em Berlim, 1900", de Walter Benjamin, no qual ele fala tanto das memórias das coisas do seu cotidiano infantil, as roupas que usava, os brinquedos, os lugares ... no meu pós-doc eu estou tentando iluminar isso: é preciso, porque depois do século XX já é possível, tentar contar a história da infância a partir das vivências dela...É essa minha proposta, construída lado a lado com Benjamin, que está na resenha que escrevi para outro livo dele, disponível aqui. 

segunda-feira, 3 de abril de 2017

SÍNTESE DO MEU PERCURSO ACADÊMICO : BUSCA PELA INTERDISCIPLINARIDADE

BUSCA PELA INTERDISCIPLINARIDADE - Precisei abrir meus resultados finais de pesquisa sobre as relações entre História e Literatura (Iniciação científica - mestrado - tese) e sabe de uma coisa? Me orgulhei muito deles!
Se na IC, sobre um romance de Saramago, eu já me interessava por questões teóricas e metodológicas, também já amava Ginzburg, mas ainda não conhecia outra orientação teórica mais específica na História para realizar esta operação com o literário, só que com minhas "visitas" às aulas nas Letras "conheci" o discurso dialógico de Bakhtin e pirei (até hoje piro nesse lance do diálogo) e adaptei isso para os fluxos da historiografia portuguesa, o que Laura de Melo e Sousa (orientadora) achou que ficou original. Como resultado final eu escrevi um artigo que ficou eternamente no prelo e nunca foi publicado, infelizmente.
Ilustrações  do livro Tutaméia: terceitórias de JGR (1967)
No mestrado eu quis mudar e mergulhei no livro Tutaméia de Rosa e na sua fortuna crítica, e isso me obrigou a mudar certas perspectivas : embora não seja o ideal, o texto de Saramago me permitia não analisá-lo detalhadamente, palavra por palavra, como o Alfredo Bosi ensinava analisar um poema. Já o rendado texto de Rosa sempre exige uma leitura "ulpianística" da coisa. Nesse trabalho, além do papai Ginzburg, eu mergulhei também nas ideias de Walter Benjamin e formou-se minha divina trindade:
Ginzburg-Rosa-Benjamin
O legal desse trabalho é que, como eu queria, ele ficou bem brasileiro, e embora não o cite textualmente nenhuma vez (não sei porque não o cito nunca!), por trás de tudo ali está embutido o ideário do que considero nosso maior historiador, que é o Sérgio Buarque de Holanda (sim, eu sou uma cria da USP!).
Recortes de desenhos que Rosa fez para sua neta Vera Tess
O doutorado poderia ter sido só a celebração da minha santíssima trindade descoberta no mestrado, mas como eu quis inserir as crianças, precisei experimentar novos métodos historiográficos e trouxe à tona os manuscritos literários, o que me levou a dialogar com a Crítica Genética e tal...e é um trabalho mais lúdico, mais lambuzado de Guimarães Rosa que eu simplesmente amei fazer.

No pós-doutorado, ainda inconcluso, voltei à historiografia mais clássica e brinco com a História Cultural, só que do humor. Para analisar minhas fontes, sigo o método do meu ex orientador e atual supervisor Elias Thomé Saliba : objetividade metodológica (leia e analise o documento) e subjetividade epistemológica (considere todos os que dialogarem com seu tema), que, na verdade, é mais uma forma possível de abordar a interdisciplinaridade na pesquisa em História.
Acho que, resumidamente, este é o grosso do meu percurso acadêmico até agora.