segunda-feira, 16 de julho de 2018
Negritude, música e ancestralidade em Milton Nascimento
Mais um texto de Camila Rodrigues para a coluna "História Cultural" no Site da Loja Axé. Leia aqui e divulgue!
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quinta-feira, 12 de julho de 2018
Um livro sobre o disco "Clube da Esquina", de Milton Nascimento e Lô Borges, 1972
Capa do livro do disco Clube da Esquina |
EM MAIO À
LEITURA- Acabei de adquirir, mas já estou
na metade da leitura do pequeno volume sobre o disco Clube da Esquina (2018), escrito
pelo jornalista e antropólogo Paulo Thiago de Mello para a coleção “Livro do Disco”, da editora Cobogó e
gostaria de escrever uma primeira impressão de leitura aqui, que pode mudar ao
final, mas que fique registrada aqui . Como admiradora da história canção, também sou desta coleção e os dois
outros volume que li, achei sensacionais: o primeiro que li foi o sobre “Estudando
o Samba”, de Tom Zé, escrito pelo professor de filosofa Bernardo Oliveira e
depois do volume sobre “ A tábua de esmeralda”, de Jorge Ben, escrito pelo
crítico musical Paulo da Costa e Silva.
Duas coisas que me encantaram na coleção é que os autores usam o disco em
questão para tratar de toda a produção do musical do compositor, o que sempre
me revelou novidades, até mesmo sobre o caso do Tom Zé (de quem sou fã há décadas);
outra coisa sedutora na coleção é que os escritores parecem ter se apaixonado
pelo compositor em questão a partir das descobertas geniais que identificaram,
resultando sempre em uma narrativa apaixonada e deliciosa, o que observei
demais no texto sobre Jorge Ben.
Por enquanto,
em se tratando do livro sobre o Clube, ainda não observei nenhuma dessas duas características.
Claro que ainda tem meio livro pela frente, e minha consideração final pode
mudar. Claro que sou uma pesquisadora do clube há anos, até curso sobre eu
assisti, sabia que seria difícil o livro me surpreender, mas nesses primeiros
capítulos Thiago fala mais sobre o contexto da canção brasileira na década de
1970, do que propriamente do disco, o que é importante para o leitor comum, mas
para mim é meio sacal, confesso. E espero que nas próximas páginas o livro
volte a me emocionar, como quando o abri e li a epígrafe “não se esqueça amigo,
eu vou voltar”, ou quando achei, na página 19 uma das melhores definições sobre o Clube:
"Mais do que um disco, mais que um movimento, uma aventura amorosa fundada na amizade"
sábado, 7 de julho de 2018
A Copa do Mundo e a História da Cultura do Divertimento
Como sabem eu sou uma pesquisadora na área de História Cultural e minha mais recente pesquisa está vinculada a uma modalidade recente da historiografia, a História Cultural do Humor, mais especificamente as anedotas de crianças. Nesses dias de Copa do mundo eu recebi um parecer sobre um artigo que submeti que destacava minha perspectiva como original pois eu utilizo "fontes que poderiam ser consideradas efêmeras ou menores, voltadas à CULTURA DO DIVERTIMENTO, e considero índices privilegiados para se ESCUTAR AS VOZES DOS ATORES DO PASSADO"
Para quem conhece a historiografia não é novidade o interesse extremo por objetos relacionados a cultura do divertimento, como história dos bares e botecos, da boemia,das revistas e livros pornográficos, dos líbelos e panfletos, do esporte, da canção, etc, tudo isso diz coisas sobre a sensibilidade do passado que a História oficial nunca alcaçaria, porque divertimento é humano e se está no tempo, também é história. Tanto é história que esta cultura também está submetida a outras engrenagens sociais (no caso do futebol, os altos valores que fazem circular ou a corrupção de entidades como a FIFA, por exemplo)... mas no fim é tudo em torno de algo tão demasiadamente humano, o divertimento!
Preguiça desse povo que só bate na tecla do "pão e circo"
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