quinta-feira, 29 de novembro de 2018

NOVO ARTIGO MEU: : As novas realidades das “fictâncias” de Guimarães Rosa, na revista Topói



OS MENINOS DE ROSA - Quatro anos depois da minha defesa, foi publicado na conceituada revista Topói mais um artigo sobre a representação da infância nas estórias de Guimarães Rosa, nele eu trato de um tema que não apareceu na tese, é sobre os MENINOS, esse tipo de personagem que é o mais fofo que meu autor criou! Gosto muito deste artigo porque ele apresenta a minha metodologia de interpretação de Rosa usada no doc, falo sobre ficção , manuscritos e História! Aos interessados na abordagem histórica da literatura que experimentei com a obra rosiana, desfrutem neste link!

terça-feira, 20 de novembro de 2018

Feriado da Consciência Negra IMAGENS

Ok, ok, somos todos iguais e o que importa é a consciência humana... mas ainda existem humanos mais humanos que outros. Porque ainda existem os humanos que sofrem de racismo, são vítimas de genocídios, são os primeiros a levar a culpa (até quando nem houve crime, isso já aconteceu comigo!), ainda são os primeiros descartados nos processos seletivos de emprego por exemplo, são os silenciados, os que são facilmente presos, repreendidos, vetados, etc, que AINDA É PRECISO UM DIA PARA REFLETIRMOS SOBRE COMO É A VIDA DO NEGRO NO BRASIL, SIM! 
#ConsciênciaNegra✊🏿













5 TEXTOS SOBRE INFLUÊNCIA AFRO NA CANÇÃO POPULAR BRASILEIRA


1."O simbolismo afro-brasileiro no cancioneiro de Jorge Ben" - 14 de maio d 2018
[https://blog.loja-axe.com/…/o-simbolismo-afro-brasileiro-no…]
2."Tecnomacumba: 15 anos de um canto de resistência contra a intolerância religiosa" - 19 de junho de 2018
[https://blog.loja-axe.com/…/tecnomacumba-15-anos-de-um-cant…]
3."Negritude, música e ancestralidade em Milton Nascimento" - 16 julho de 2018
[https://blog.loja-axe.com/…/negritude-musica-e-ancestralida…]
4."Um samba mais negro : Os Afro Sambas de Baden Powell e Vinicius de Moraes (1966)"- 5 de outubro de 2018
https://blog.loja-axe.com/…/um-samba-mais-negro-os-afro-sam…]
5."'Afro é todo o Brasil e está dentro da gente' : Os Afro Sambas de Baden Powell (1990)" - 16 de outubro de 2018
[https://blog.loja-axe.com/…/afro-e-todo-o-brasil-e-esta-den…]

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Palavras Bolha de Sabão de Guimarães Rosa : é como "a gente" fala em Minas


ESTUDAR GUIMARÃES ROSA É UM SENTIDO PARA A VIDA. Depois de cerca de 10 anos estudando Rosa, me surge uma leitura totalmente nova:
"DIADORIM: Não é nem feminino, nem masculino, é neutro, é como mais um palavra bolha de sabão de Guimarães Rosa, que não se concretizam porque o gênero, de fato, da maneira como a gente fala em Minas é o que menos importa, a gente reduz e tira o gênero porque a gente tirou o final q não sabe se é O ou se é A e isso muito curioso porque muitas vezes, nesse contato com essas pessoas, muitas vezes elas tratam esssa questão com uma simplicidade , elas não complexifica até o final para chegar no gênero , elas quebram antes, então às vezes as pessoas quebram o esteriótipo de gênero e vivem a vida delas sem pensar que estão fazendo isso, elas nem sabem o que é esteriótipo nem sabem o que é gênero, nem querem saber, elas estão vivendo, estão sendo ali" ( Fred Botrell)
Acho que ssa leitura é maravilhosa, super valoriza a oralidade, os modos da fala como agentes na realidade em Guimarães Rosa, Me arrepio toda!
(Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=cykjdyHRf6s)

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Sobre Oxóssi e os caçadores

Oxóssi

Dentre todos os Odés (caçadores) o que sobreviveu e ganhou alto significado no Brasil como sinônimo de caçador foi Oxósi, assim como Xangô, em alguns lugares seu nome tem o mesmo significado que "religiões afro brasileiras". A ele se saúda Okê Arô !, saudação que significa
"Okê é monte e Arou é um título honroso dado aos caçadores. Assim a saudação Okê Arô significa “Salve o Grande Caçador!” Okê é monte e Arou é um título honroso dado aos caçadores. "
 Sou D'Oxum e amo Oxóssi!  Segundo as lendas, é o rei Xangô o amor para a vida toda de Oxum, o rei que a fez rainha (por isso ela tem os  olhos cobertos em algumas representações). 

Oxum e Oxóssi  
Mas antes dele ela amou outro poderoso, teve com ele o filho mais belo "o rei de Ketu, caboclo da mata odé,odé "... para mim, na vida e nas lendas, o casal mais bonito é mesmo Oxóssi e Oxum

terça-feira, 13 de novembro de 2018

ITAN ( LENDA ) DE OXUM

Disponível no Grupo Filhas de Oxum, no Facebook
ITAN ( LENDA ) DE OXUM
Em época que Oxum, Oyá e Obá viviam no reino de Xangô, houve uma grande guerra. É Xangô convocou as 3 Yabás para irem com ele guerrear. Oyá e Obá disseram à Xangô que Oxum não sabia guerrear. Então Xangô disse: 
"- Oxum, tu deverás aprender a guerrear para se proteger, caso o palácio seja invadido pelos inimigos!". 
Oxum então disse: 
"- Podem ir! Eu cuidarei do palácio, Xangô!"
Então, Obá enfurecida respondeu:
"- Como tu, Oxum, cuidarás do reino, sendo que apenas sabes te embelezar?"
Oyá disse:
"- Iremos! Os escravos tomarão conta dela!"
Partindo para a guerra, deixaram Oxum sozinha com as escravas. Certa noite, correu uma escrava ao encontro de Oxum e disse:
"- Oxum, minha rainha, o palácio está sendo invadido!"
Oxum, calma no seu trono, não se temeu e disse à escrava:
"- Mandem-nos entrar, e sirvam a melhor comida e bebida para eles, pois os receberei!"
Então, as escravas fizeram conforme Oxum havia mandado. Entrando os inimigos de Xangô, estranharam Oxum calmamente sentada em seu trono. Ela então falou:
"- Podem assentar-se. Xangô fugiu junto com suas 2 esposas, me abandonando para trás. Então, fiquei sozinha! Vamos, sirvam-se, pois ordenei que preparassem este banquete para vós!"
Assim, todos começaram a comer. 
No dia seguinte, Xangô, Obá e Oyá haviam recebido a notícia de que Oxum estava em perigo, e voltaram às pressas. Chegando ao palácio, estranharam. Estava tudo em silêncio. Perceberam que todos os soldados dormiam. Oxum disse:
"- Está vendo Xangô? Não precisei levantar a espada e nem usar da fúria. Mandei servir a melhor comida aos inimigos, e todos comeram. Mas antes, mandei colocar esta porção na comida e matei a todos, sem levantar a mão. AOS INIMIGOS NÃO SE ESPANTA, MAS SIM OS AGRADA. E COM A PRÓPRIA RAIVA DELES, CAEM SOZINHOS!"

Por isso que afirmamos que Oxum é calma por fora, mas é uma tempestade por dentro, feiticeira dona das poções.
Ela é Oxum..
AXÉ a #todos 😍😘😘😘😘🕊🦋🌻💐🌸🌼🍀

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

A força da história (por Sidney Chalhoub)

Sidney Chalhoub/Professor of History, Harvard University/Professor Titular Colaborador, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

Uma resposta de um historiador sobre os ataques à história que sofremos no Brasil de 2018, publicado aqui, que colo abaixo:


A força da história (por Sidney Chalhoub)            Seria melhor escrever crônica, mas hoje não é possível. Faz dias que abro jornais e revistas e aparece uma saraivada de notícias e artigos de opinião a respeito do que o governo eleito do país pretende fazer na área de Educação. Tramita um projeto de lei no parlamento para instituir a censura em sala de aula, fala-se em fundir o ministério da Educação com outro, em cobrar mensalidades nas universidades públicas, em vouchers etc. Bastante cacofonia, mas não seria razoável descartar de início todos os pontos que aparecem para discussão. Todavia, há alguns esclarecimentos a fazer no que tange à produção do conhecimento histórico e a difusão dele nas instituições de ensino, nos livros, em revistas especializadas, em meios diversos de divulgação. Apesar das aparências (a julgar pelo que se lê e escuta), a produção de conhecimento histórico e o ensino dele não são a casa da mãe Joana. De modo que vou explicar duas ou três cousas básicas, para colocar a conversa em lugar devido.Ao que parece, professores e professoras de história são alvos principais de iniciativas para combater uma suposta doutrinação nas escolas. Todo dia há alguma notícia sobre docente de história denunciado, perseguido, demitido, ameaçado, agredido verbalmente, ou pior. É possível que tenha havido um excesso ou outro, em especial devido à alta temperatura política dos últimos meses. Mas a exceção não faz a regra, nem o ataque em curso contra docentes de história precisa de episódios isolados para se justificar. Quais os motivos para tanto foco nos historiadores? Por que eles passaram a incomodar tanto a certos setores da sociedade brasileira e da classe política?A resposta é complexa. Seria necessário situá-la no quadro mais amplo de explicações dos motivos pelos quais a extrema direita chegou ao poder no Brasil, neste preciso momento. Conheço meus pares. Nós, historiadores, e colegas cientistas sociais de diversas disciplinas, no Brasil e no mundo, nos debruçaremos sobre o tema nas próximas décadas e vamos dissecar o assunto até que a nuvem espessa da incompreensão se dissipe um pouco, ou bastante. O processo é lento, já começou e não tem hora para acabar. O tempo nervoso da política não tem nada a ver com a longa duração requerida na investigação, no diálogo acadêmico e na sistematização de resultados de pesquisa.Por aí se chega a uma primeira resposta quanto aos ataques aos historiadores. Os historiadores brasileiros estão na berlinda porque o conhecimento que produzem hoje é autônomo, crítico, baseado em pesquisas empíricas lentas e sólidas, informado por debates conceituais densos. Além disso, em várias áreas da pesquisa histórica, têm o reconhecimento da comunidade acadêmica internacional. Desde o início da década de 1980, a formação de historiadores se profissionalizou no país de maneira admirável. Há hoje dezenas de cursos de mestrado e doutorado em história espalhados por todas as regiões. São programas de pós-graduação constantemente e rigorosamente avaliados pelos pares, em processos de acompanhamento institucionalizados pelo governo federal que nada deixam a dever (de fato, superam em muitos aspectos) a procedimentos similares existentes em outros países. Vários desses programas são de excelência, muitos deles de ótima qualidade. Via de regra, os professores e professoras de história das universidades brasileiras passaram por um processo de formação exigente, demorado, a demandar doses absurdas de vocação e determinação –quatro anos de graduação, dois ou três anos de mestrado, quatro a seis anos de doutorado. Dez a treze anos de formação, quando dá tudo certo, sem intempéries. Essa qualidade concentrada nas universidades, nas públicas em especial, mas não só nelas, se espraia pelo sistema inteiro, instaura a reflexão crítica sobre a história em toda parte. Isso incomoda demais.É fácil entender o desconforto de tanta gente. As historiadoras e historiadores brasileiros passaram as últimas décadas a escarafunchar arquivos e rever inteiramente o que antes se sabia sobre a história da escravidão e do racismo no país. A violência da escravidão, a expansão da cafeicultura baseada na invasão de terras e no tráfico africano ilegal, o estudo das formas de resistência e de enfrentamento cotidiano por mulheres e homens escravizados –tudo isso se pesquisa e aprende, chega às salas de aula e até ajudou na justificativa para a adoção de políticas públicas de ação afirmativa. A historiografia brasileira participou intensamente de um movimento internacional de investigação das relações de gênero e seu impacto na reprodução de desigualdades em sociedades diversas, em qualquer tempo. Aprendemos a respeito dos modos de as mulheres lidarem com as violências e as formas diversas de subordinação, sabemos melhor aquilo que têm feito ao longo da história contra aqueles que pregam a violação delas, a amputação de suas potencialidades, a interdição de seus sonhos. Houve uma gama enorme de estudos sobre a ditadura brasileira de 1964-1985, baseados em fontes primárias que se tornaram disponíveis, produzidos em diálogo com a historiografia internacional a respeito das ditaduras latino-americanas no período da guerra fria. Os historiadores brasileiros sequer inventaram de chamar “ditadura” o que ocorreu no país naquele período, pois historiadores de outras partes do mundo já haviam adotado a bossa de chamar a cousa pelo nome que a cousa tem.Nada disso, e muito mais, agrada a quem tem agora as rédeas do poder. Paciência. Outras eleições virão. Mas algo precisa ficar claro. Nenhum político, nenhum general, nenhum juiz, irá determinar como historiadores de ofício chamarão isso ou aquilo, ou como exercerão o seu ofício. Podemos ser calados, mas não vencidos. E estamos à disposição para ensinar, como sempre estivemos, a quem quiser aprender. As portas das universidades brasileiras estão abertas a quem se qualificar para ingressar nelas –há enem, vestibulares, concursos de ingresso para programas de pós-graduação. Depois muitos anos de formação, exames diante de bancas de mestrado, doutorado, tudo com os salamaleques da tradição acadêmica. Há centenas e centenas de livros e artigos científicos sobre os temas citados no parágrafo anterior, e sobre muitos mais. É longo, duro, mas fascinante. Podem crer.

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Dona Olímpia , de Ouro Preto


Sobre esta bela música do disco Clube da Esquina 2 , eu não sabia de quem se tratava, até ver essa foto dos anos 1950,  sua legenda

LEGENDA:Foto de Eugênio Silva. Dona Olimpia e a miss Maria Dorotéia. Ouro Preto, 1957.
Vou compartilhar com vocês uma foto que eu não conhecia encontrada na Internet. Esta é Dona Olímpia, de Ouro Preto, num encontro com a jovem Maria Dorotéia, recém-eleita Miss Minas Gerais. Dona Olímpia (1889-1976) era dona de uma beleza extravagante, que endoidecia jovens oficiais, políticos e nobres. Figura folclórica, ela perambulava pelas ladeiras de Ouro Preto entre os anos 50 e 70, vestida com chapéus enfeitados com flores e sempre fumando um cigarro. Foi considerada a primeira hippie brasileira.