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Uma musicista doce |
Eu tinha terapia, primeira sessão do ano, fui muito leve, de azul e branco,naquele calor
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Eu pensei em Iemanjá, mas não imaginava O quanto o mar seria importante nesse show |
O show do dia 24 de janeiro no Instrumental SESC Brasil foi da flautista carioca Aline Gonçalves e seu quinteto. Eu não sabia de nada, mas quando entrei no Teatro Anchieta vi muitos instrumentos, como eu gosto e fiquei feliz. Como boa carioca, Aline é simpática e agradável. A doçura, somada ao som angelical da flauta , só foi confirmação de tudo isso de bom.
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Muitos instruentos, mais do que identifiquei |
Antes de começar eu reparei a presença de muita gente do Rio e pensei: acho que vai ser uma carioca. E foi mesmo. Foi linda forma como ela se apresentou: agradeceu a todos que vieram, porque era bom demais "aquele quentinho". 💕
No site do Instrumental a apresentam assim:
O show foi quase todo a partir de seu álbum Pacífico, que Aline explica ser inspirado na contradição do Oceano Pacífico, que como sabemos, não é tão pacífico assim, e isso nos explica que devemos saber a não ser pacíficos quando não devemos ser.
Deu para reparar que estávamos num ambiente muito poético de música, som instrumental dos melhores, uma viagem à outras praias, físicas ou imaginadas. Um refresco nessa vida maluca.
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Todos juntos 😍 |
Sobre o quinteto, também gostei muito, musicistas excepcionais. Destaco o violino de Renata Neves, que explora sonoridades brasileiras no violino. Chegou a tocar um baião, afrouxando as fronteiras entre erudito e popular, como a gente gosta. Só lamentei que a menininha que gosta de violino e frequenta o Instrumentalmental com o pai, não estava.
Outro músico do quinteto, o Pedro Pereira, no violão e guitarra, também tem junto com Aline o projeto Brevidades, todo composto em terceiras (três elementos), como um Hai Kai .❤️ Fiquei curiosa para ouvir mais.
Louise, a pianista convidada, tocou aquela beleza de composição que é Pisando na areia branca, do Hermeto Pascoal. Que sorte temos de poder desfrutar essas lindezas.
Aline também está envolvida no projeto que deu origem ao Songbook EMMBRA, que reúne partituras de compositoras brasileiras. Coisa mais linda!
O show foi maravilhoso, como podemos conferir AQUI.
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Ondjaki, poeta angolano |
Mas uma surpresa linda mesmo foi que ela leu um poema do poeta angolano Ondjaki , que eu não conhecia, mas tem tudo a ver com a temática dos oceanos.
"Quando for a minha vez de ir ao mar devolvam-me da infância as andorinhas as conchas e as marés os búzios, as canas de pesca, as tardes e a nudez. Tragam a leveza que inaugurava a praia e a manhã a mão que escondia o sol e acenava ao pássaro branco, a secreta ânsia de espreitar a tarde a expressão de repouso no olhar." Ondjaki "Dentro de mim faz sul"
Como sempre, o instrumental faz a vida melhor e mais bonita !