terça-feira, 29 de agosto de 2023

Débora Gurgel trio no Instrumental SESC Brasil

 


Mais uma terça grande de terapia e instrumental. Saiu um sol, me animando um pouco, mas estava frio, frio ... Me arrumei bonitinha e cheirosa:

BROWN SUGAR: Dourada! De óculos novos
Nova York camelô 😎

Quando postei a foto de óculos e boina nas redes minha amiga comentou no Whatapp kkkkkkkkkkkk

                               


No caminho pra terapia reservo o ingresso pro Instrumental. 

                             

A terapia foi menos pesada que a última vez. Falamos sobre cirurgia, novas pessoas, novo ciclo! Tomara! Bora pro SESC!

Chegando lá, fui jantar

                               

Durante o jantar, como sempre na comedoria do Sesc Consolação, algo mágico aconteceu :

LEI DA ATRAÇÃO: Eu vinha postando alguns CDS de viola que eu tenho nos stories
no Instagram e o universo me deu uma linda resposta. Amei!   

Com coração quentinho, desci para o Teatro Anchieta para ver o show. Não sabia quem era Débora Gurgel, mas imaginava que ia adorar conhecê-la, como de fato aconteceu 


Até ai eu não sabia quem era Débora e nem que instrumento ela tocava, só me encantou que tinha piano no palco e ela, efetivamente, é pianista. Sobre ela e seu quarteto (não apenas um trio), o site do Instrumental explica :



Uma delicia ouvir um jazz bem tocado, fluído e maravilhoso. Tirei uma foto deles no palco, nessa hora ainda não tinha entrado a Dani Gurgel para formar o quarteto com a voz, mas valeu mesmo assim

Que linda imagem do show


Se quiserem assistir ao show, está disponível aqui :



Quando cheguei em casa comentei : 

Débora Gurgel: pense numa pianista fofa! Fez um show autoral delicioso de jazz, foi muito sucinta, não atrasou em nada, não precisei sair antes do bis e cheguei em casa antes das 22. Perfeito



Dessa vez deu tudo certo, gratidão universo!


























segunda-feira, 28 de agosto de 2023

Samba do sol edição Samba Rock 27/08/2023


Mais um Samba do Sol na Vila Madalena, depois de dias em casa.
Mas o clima estava muito desanimador, frio e chuva... mas fui de QQ jeito.Tinha pensado em me vestir de dourado, mas como o dia estava frio de verdade, escolhi me agasalhar melhor

Foi o máximo que pude me arrumar 

Depois, quando cheguei em casa,vi percebi que tinha usado a mesma roupa, igualzinha, no Samba do Sol Arraial em junho, dia que também estava muito gelado. Inconscientemente, essa é minha roupa para dias frios e desanimadores

A esquerda, de touca creme, na ed. samba rock em agosto.
A direita, de boina marrom ,na edição Arraial em junho

Mas o samba prometia muito e valeria a pena experimentar:




Assim foi. Claro que o fato de  eu ter saído de casa debaixo de chuva, vestindo capa e tudo mais foi um complicador, pois o  frio era desanimador. No  começo tinha pouca gente na maravilhosa apresentação de Reinaldo Moura e Batuque do Samba, no coreto. Eu mesma nem animei dançar, fiquei acompanhando sentada num banco alto, tipo camarote. 
Mas a tarde foi passando e depois das 17 horas entramos no palco para assistir Zé Eduardo e Trio Balanço, uma banda de Samba Rock. 
Eu adoro o som do Samba Rock, mas não danço e nem quero aprender (não tenho equilíbrio nem para meio giro que elas dão kkk), mas acho bonito.
Depois teve o DJ Hum e os clássicos dos bailes black: delícia...
Ai tive que vir embora, antes do Bloco de Carnaval Sambarock e serpentina, mas aproveitei bem.
Na volta senti, sai na garoa de novo e senti  o duro frio das ruas de São Paulo: desesperadora essa friaca. E assim foi meu último domingo de agosto de 2023.
Algumas fotos:


Vi esse cabelo lindo no ônibus, na volta e registrei 

Bloco Sambarock e serpentina

DJ Hum

DJ Hum

Água

Felicidade


Foto feliz por ouvir Jorge Ben


Chulapa no palco


 Reinaldo Moura e Batuque do Samba,


No coreto

Tive que ir embora

Desde sempre no Samba do Sol

Honra

Não cheguei a ouvir, mas registro os instrumentos

Instrumentos no samba


Um presente da vida: quando DJ HUM tocou essa música que eu amo me filmei em êxtase

E no fim:


Em resumo 

 




sexta-feira, 18 de agosto de 2023

Até breve minha amiga

 

Meu exemplo de superação.
Te amarei pra sempre, Magali 😍

Jamais gostaria de ter que escrever esse post, mas nesse sábado, 20 de agosto de 2023 minha amiga querida Magali nos deixou e partiu para outro plano. Que ela descanse em paz, na certeza de que nunca será esquecida e sempre será uma motivação para nunca, jamais desistir da vida. Obrigada e muito amor.

quinta-feira, 17 de agosto de 2023

"Luanda, Lisboa, Paraíso", de Djaimilia Pereira de Almeida : o calcanhar de Aquiles da colonização portuguesa em Angola

Um grande presente!

Em 30 de maio, durante um show do Instrumental,  eu  ganhei da amiga Katia o tão desejado  romance "Luanda, Lisboa, Paraíso" (2018), de Djaimilia Pereira de Almeida, mas só fui ler agora em agosto, com mais tempo para poder mergulhar na leitura mesmo
Foi uma surpresa tão enorme! Depois de tanto cobiçar
 e reclamar que não leria ,ganhei esse presente e
AMEI num tanto que vocês nem imaginam!


Da mesma autora eu já tinha lido, há pouco mais de um ano e comentado aqui  o maravilhoso "A visão das plantas" (2019), que li em meio a um processo de cura para um coração partido. Com o passar do tempo foi ficando um livro maior e maior, a escrita movediça e poética de Djaimilia (adoro esse nome) me emocionava muito e muito. Achei que a leitura de "Lisboa...", que é maior, ia demorar mais, talvez até o final do ano, mas não ,nesse romance a autora continua poética dando às palavras o valor que merecem, mas escreve de outro jeito.

Lisboa... é um livro premiado, ganhou o Prêmio Oceanos de 2019 e é um romance dos grandes, contando a história de pessoas em constante movimento, é um romance fragmentado como os bons contemporâneos, cheio de telefonemas, cartas, espaços vazios para contar uma história sobre o calcanhar de Aquiles da relação entre Angola e Portugal, ou melhor, entre os angolanos e a Europa, como na própria biografia da autora. Fazia tanto tempo que eu não lia um ROMANCE assim, sem pontas soltas, referências literárias mil, um gosto agridoce na boca todo o tempo. Que experiência essa leitura, meu amigos!

Contando a história da família angolana Cartola de Souza, composta pelo pai Cartola, um parteiro conhecido na cidade, a mãe Glória, e os filhos Justina e Aquiles, eles vivem a tensão familiar entre amor e ódio o tempo todo, porque caem doentes e acabam tendo que se tornar cuidadores uns dos outros. Primeiro Glória fica paralisada na cama após o parto do filho mais novo, que, por ter nascido com um calcanhar malformado 
"o pai deu-lhe o nome helênico Aquiles, tentando resolver o destino pela tradição: ' Vale mais  nascer grego em terra de troianos do que nascer gazela em terra de leões" (p.9)

Mas para tentar resolver o problema no calcanhar de Aquiles, ele deveria passar por cirurgias na Europa até seus 15 anos e assim foram ele e o pai tentar a vida em Lisboa, a "cidade do progresso", onde viveram toda sorte de inadaptação e preconceito possíveis e imagináveis. O livro é sobre essa viagem e como a família foi se comunicando (ou tentando se comunicar). Justina, a justiça,  a filha mais velha, apesar de ser mãe solteira da pequena Neuza, abdicou da vida para cuidar da mãe Glória em meio a miséria e a Guerra Civil angolana pós-independência de Portugal.

No começo Cartola e Aquiles viveram em uma pensão barata, enquanto o dinheiro deu, depois tiveram que se mudar para um local periférico, a tal Quinta do Paraíso, onde conhecem novos personagens e criam nova "família": o quitandeiro Pepe, seu filho Amândio, seu cachorro Tristão e também Iuri, um garoto loiro que era a criança da "família".  

a capa original portuguesa e a bela autora

UMA AUTORA PORTUGUESA QUE NASCEU EM ANGOLA Lembrando quem é a autora Djaimilia, essa linda mulher na casa dos quarenta anos, percebo como esse livro trata de questões dela, importantes para ela. No seu primeiro livro que li, o das Plantas, ela é apresentada apenas como uma autora que nasceu em Angola. Nesse livro ela aparece como autora portuguesa. É tudo verdade, ela nasceu em Angola, é angolana, mas estudou em Lisboa e escreve como uma portuguesa. Sabe aquele português de palavras cheias e bonitas de um Eça de Queiroz? Gostoso como se tivesse nos contando oralmente? Essa é a escrita de Djaimilia. No entanto seus temas são, quase sempre, os das narrativas pós-coloniais - um dos desafios do século XXI para a escrita da História -, das quais nos falavam autores como Homi K. Bhabha e ela, por si só, é um fruto desse processo. 

Como no livro as referências mitológicas pipocam (calcanhar de Aquiles, o cavalheiro Tristão, etc), cabe sublinhar que em seu  Dicionário de Mitos Literários (1997), Pierre Brunel, a autora do vebete "mitos africanos" Nicole Goisbeault comenta que os modernos escritores da África negra no século XX, ao se referirem a tradição mítica africana, não raramente criam histórias iniciáticas (míticas), sobre viagens ao ocidente. Citando Goisbeault, entre 1953 e 1968 numerosos "romances de formação" têm como problemática a transformação da África posta em contato com os valores tradicionais (vide, entre outros, o romance "Hibisco Roxo", de Chimamanda Ngozi Afichie, que comento aqui),  pelo expediente de uma viagem à Europa ou de uma mudança da aldeia para a cidade. A busca do herói é a do saber penetrar nos segredos do Ocidente indo até lá em busca da prosperidade ou do modernismo, motivado pela curiosidade, ambição e sobretudo pelo fascínio do "mito" de um Europa sábia, rica e feliz, onde tudo parece fácil (sobre isso veja " Pele negra, máscaras brancas", de  Frantz Fanon) . As viagens através dos continentes  descritas retomam o tema do encontro de iniciadores ou mediadores, mas as provas vividas revelam-se frequentemente intransponíveis e a  experiência é mais de desilusão ou fracasso doloroso do que de êxito. Em um mundo estranho, o itinerário  se assemelha a uma iniciação fracassada. O choque de culturas dá lugar à expressão de um sentimento trágico. Esse é o cenário deste  romance!

IDENTIFICAÇÃO COM AS MULHERES 

De alguma forma eu me identifiquei um pouco com as duas mulheres do romance, tanto Glória, sempre corajosa  e esperançosa,a rainha que, em meio à guerra, permanece presa em seu quarto/torre, que recebe promessas de presentes e alegrias de seu "varão" no tão distante universo ocidental.

No romance temos transcrições de telefonemas como esse,onde Glória mostra a Cartola que, apesar da guerra, apesar de tudo, nunca perdeu as esperanças de terminarem juntos novamente 

(P. 157)

Eu já conheci africanos casados em África que, no Brasil, ainda se esforçavam para tentar mandar o melhor à familia tão sonhada e idealizada na África. Talvez sem tantas perspectivas de que fossem se reencontrar novamente, como Cartola.

Nesse momento da minha vida pós pandemia, quando tudo parece ter desmoronado, sobramos eu e minha mãe, essa é minha vida, só que eu, ao contrário de Justina, não amei o cuidado a ponto de encontrar nele um significado para minha vida abortada e o  abandono dos meus sonhos. É tudo sempre tão difícil! Como foi difícil ler esse trechinho:



Bom, acho que escrevi demais... agora termino com algumas postagens de leitura:












Já faz tempo que terminei de ler.
Desde então o livro está sempre comigo
Na cabeceira, na bolsa, na lembrança.
Essa foto, espero, é o última registro dessa primeira leitura. Obrigada Djaimilia.


terça-feira, 15 de agosto de 2023

O jazz delicioso de Vanderlei Pereira no Sesc instrumental

 

Vanderlei Pinheiro : do Rio de Janeiro e Nova York  

Mais uma terça feira gorda de terapia  Instrumental. 

Era um dia ensolarado de inverno, fui toda de Jeans e rosa, com cachecol feito pela minha amiga Telma

                                      

Novamente fiquei na fila o caminho todo, de casa até a terapia no metrô Praça da Árvore, para conseguir o ingresso para o show do Vanderlei Pereira. Deu tudo certo. 

No caminho vim pesquisando sobre o músico de hoje e postei


A terapia não foi das mais leves, nem das mais pesadas, eu diria que eu estava muito resignada, falando de morte, finais, falta de esperança...

Amo o Sesc Consolação.
Dessa exposição sempre vinha uma música ao longe 


Sopinha com gengibre e hortelã
A salada com manga e amendoim 

E o show? Como sempre, foi uma maravilha.

Começando pelo cartaz: 

                                     

Depois o palco quando entrei no Teatro




Se quiser pode conferir o show aqui



Durante tudo, fui gostando mais que demais. Quando ele comentou sobre quando perdeu a visão e achou que seria o FIM DE TUDO, mas na verdade foi só um rearranjo de rota e um novo começo, achei que foi um recadinho dos orixás para mim. Ao meu lado uma moça com foto de capa do celular com as ferramentas dos orixás, reparei logo na de pai Oxóssi, caçador e comprovei que nunca estou sozinha
Okê Arô Oxóssi

 
 Também no entorno do show reparei em algo :
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Compartilhado com Amigos, exceto: Conhecidos, Alcione Araújo, Adriano Di, Aline Carvalho Barbosa, Claudinei Ferreira Neidavila e outras 22 pessoas
Amigos, exceto...
JORGE BEN NO COALA FESTIVAL ❤️: Ontem no instrumental ouvia a conversa de dois homens sentados atrás de mim,as vozes eram jovens,mas não me virei para ver se eram mesmo. Chamou minha atenção que um disse que comprou ingresso para o show no Coala. O outro disse que não conhecia, aí ganhou a explicação: "é um festival no Memorial da América Latina. Eu vou só para assistir ao show do Jorge Ben Jor". Você pode dizer que sou maluco porque vou ter que pegar avião para vir e para voltar, mas Jorge Ben vale a pena".
E não vale? Nunca vou criticar ❤️#OmelhordoBrasiléJorgeBen

Em casa comentei :



Foi mais uma terça musical e especial, só tenho a agradecer!