terça-feira, 29 de abril de 2025

"Madureira Armorial" : volta ao instrumental

 


Depois de algumas semanas de ausência voltei ao instrumental e foi justo no dia do show da Madureira Armorial, um grupo maravilhoso.

Eu estava vestida para combinar com o figurino deles 

Outra alegria foi ver que os shows voltaram a ser gravados e transmitidos pelo YouTube, como você pode conferir aqui 


Meu comentário na volta :

INSTRUMENTAL HOJE: Com muita emoção vi que os shows voltaram a ser gravados pela Sesc TV, mas com outra equipe e sem Patrícia Palumbo 😞 Dai eu, toda confusa, errei o nome do artista. Não era o Quinteto Armorial, mas MADEIRA ARMORIAL, outro grupo delicioso de música armorial. Música boa por demais! O vocalista explicou que a ideia de Ariano Suassuna ao criar a música armorial era propor uma música instrumental de concerto que abragesse os sons e instrumentos dos  festejos populares. Sempre deu bom! Maravilhoso voltar a assistir ao Instrumental."


 Nesse  vídeo temos algumas homenagens ao Ariano Suassuna. No show tocarameu a peça "DEVORADOR DE LIVROS", comentando a história de que, para não se perder na leitura, Suassuna comia as bordas da página ! 😱🤣😘

Algumas fotos 

Muito bons 

Vídeo fofo 



segunda-feira, 28 de abril de 2025

"Amores expressos": volta ao Cinesesc

 

Cinesesc abril 2025

Não ia ao Cinesesc desde antes da pandemia. Aquele que era um dos meus lugares favoritos de São Paulo, tinha se tornado uma lembrança.

Os tempos são outros,já pude comprar meu ingresso antecipado  pela internet via Pix,mas foi muito significativo ter saído de casa, mais não na vez ,para assistir o filme que estava passando naquela tarde na rua Augusta. Fosse ele qual fosse. 

Sai toda arrumadinha, de marrom, pro cineminha, né sentindo bem, me sentindo viva

"É madeira, é pau, madeira é lenha"

No caso foi o filme chinês "Chungking Express" (1994) ,traduzido como "Amores expressos", do diretor Wong Kar-Wai 1994.


Eu gostei do filme! Achei que tem muito assunto pra comentar. Vejamos um trailer


No dia seguinte,  em casa,  escrevi impressões iniciais:

AMORES EXPRESSOS (1994): Assisti a esse um filme chinês no Cinesesc ontem. É sobre duas histórias afetivas de policiais em Hong Kong, mas sobretudo sobre os nossos sonhos e inevitáveis desencontros amorosos. O filme é uma delicinha, apesar de toda dor e solidão envolvidas. Ainda que traga cores poderosas (no meio do preto e vermelho, muito azul -blue- e amarelo agridoce do abacaxi enlatado) e também imagens bonitas, metafóricas e interessantes (perseguições no metrô, a corrida da solidão num ginásio, o avião de brinquedo a percorrer o corpo da aeromoça, a carta a se desfazer na chuva, a tachinha no quadro de cortiça que dilacerou o coração do policial, o tempo paralisado do solitário em meio à loucura da metrópole ao fundo, etc...) ,claro que o que mais  me chamou a atenção foi a trilha sonora. Acompanhando a denuncia do filme, de uma Hong Kong americanizada, cheia de McDonald's e Coca Cola, a trilha, disponível no Spotify, é mesmo uma delicinha, também aposta em músicas que os EUA fez todo mundo conhecer. Mas são muito boas, falam mais sobre sonhos : "Califórnia Dreams" com The Mamas & The Papas; "Dreams", com Cranberries, e  devo ouvi-la por toda a semana. Destaco a versão de "Dreams" em mandarim : nada mais a cara desse filme ♥️💕"

O filme completo não, mas achei  um vídeo com cenas onde toca a versão da trilha em mandarim, cantada pela atriz do filme Faye Wong e é uma gracinha


Alguns dias depois, gostaria de fazer um comentário mais detalhado do filme. Contando duas histórias de encontros e desencontros vivenciados por policiais chineses na Hong Kong dos anos 1990.

A SENHA É ETERNO AMOR 

Criminosa e policial: se acolhem

Nesta parte sabemos da história do jovem policial de 25 anos 2263, que terminou uma relação há um mês, mas tem dificuldade em aceitar que é verdade, já que foi no dia da mentira, 1 de abril. Ele então cria várias histórias para se convencer de que não é verdade, uma delas foi ter comprado 30 latas de abacaxi (comida favorita dela) que venceriam em 1 de maio, dali um mês, quando ela  voltaria, pois é seu aniversário, o que não acontece. Sua solidão é gritante, passa horas procurando ex-namoradas no telefone,  comendo o abacaxi vencido e se perguntando se amor também tem data de validade? Nosso policial tem um pager (bem coisa de época) e a senha de sua caixa postal é "Eterno Amor", coisa inexistente. No dia 1 de maio ele percebe que aquele amor acabou, então tromba com uma loira misteriosa e compartilha com ela uma noite de cia mútua, primeiro em um bar, depois em um hotel, onde ela dorme enquanto ele come. Essa mulher, outra solitária,  é a comandante de traficantes indianos na China. Foi traída , teve que matar e fugir. Não se conhecem o suficiente para se apaixonarem ou para saberem que esse amor é impossível, já que ela é uma criminosa e ele um policial, mas dividem um afeto de alguma forma. Tanto que é dela a única mensagem  de feliz aniversário que recebe no seu pager!


CALIFORNIA DREAM

Após Califórnia, para onde quer ir?

A segunda história do filme é a minha favorita, conta a história do policial 663, que é muito bonitinho, e começa o filme também tentando se recuperar de do fim de uma relação amorosa. A ex namorada dele é uma aeromoça que o abandonou sem dar satisfação. Quando ele vai tentar afogar suas mágoas numa lanchonete, é atendido por uma jovem que está começando agora o trabalho ali. Ela só trabalha com o rádio muito alto, no filme é ao som de California Dreams, que depois saberemos que é também o destino de seus sonhos. Secretamente ela se apaixona pelo policial, mas mantém segredo. Um dia a aeromoça, sabendo que ele sempre passava por ali, deixa uma carta de despedida com as chaves do apartamento.  A atendente tenta entregar ao remetente, que sempre deixa para depois, mas um dia ela, sabendo que ele está no trabalho,  vai a casa dele, mexe, remexe em tudo, arruma a bagunça do homem solteiro, cuida dos peixes, limpa as lembranças da ex, reaviva a casa. Ele, que ainda está cego pela dor da separação, percebe alguma mudança, mas não sabe se são reais ou ilusões.Um dia ele a pega no flagra e ela foge dele, só então ele percebe o trabalho de formiguinha, para sua reabilitação, que ela tem feito. Então ele a convida para um encontro, mas ela não vai. Só deixa uma carta que ele abre só depois de molhada pela  chuva, mas sabe que ela viajou e quer reencontrá-lo dali um ano. Nesse reencontro ela conta que virou aeromoça, viajou para a Califórnia como no seu sonho, mas ainda não sabe que se já é a hora deles viverem esse amor. Termina em aberto, mas eu queria muito que fosse! Coisa mais linda essa história.

ESSE FOI O FILME! Que venham outros e eu retome o hábito de ir ao cinesesc!


sexta-feira, 25 de abril de 2025

Leituras em processo: "O corpo encantado das ruas", Luiz Antônio Simas e "Insustentável leveza do ser", Milan Kundera"

 


Abril 2025 foi um mês cheio de atividades, pelo menos consegui ler o livro Verme, depois comecei a leitura de dois simultaneamente, "O corpo encantado das ruas ", de A. Simas e "A insustentável leveza do ser", de Kundera. E deixei pra concluir em se. Maio... 


terça-feira, 22 de abril de 2025

"Lugar Público": Exposição Antoni Montadas

 

Cartaz educativo 

Em 21 de abril fui ao Sesc Pompéia trocar livros na biblioteca e me deparei com essa exposição linda!

"Espaço público" é uma exposição do arquiteto Antoni Montadas(Barcelona, Espanha, 1942) que propõe conversas sobre a percepção da cidade com trabalhos que propõem intervenção no espaço público para discutir questões sociopolíticas da contemporaneidade.

Algumas imagens 









domingo, 20 de abril de 2025

Terreiro de Crioulo: nove anos em São Paulo


 Antes do Cacique, estarei no MZ em Abr porque tem mais um Terreiro de Crioulo ❤️

Eu estava toda SALGUEIRENSE 

Cachinhos 😍

Foi um Terreiro diferente... Cheguei logo comentando 



Depois soube que Abel está em um
Festival na França,por isso faltou








Como sempre muito bom um samba do Rio de janeiro 

sábado, 19 de abril de 2025

12 Encontro das Rodas de Samba

 


Eu estava bem bonitinha, de vestido longo laranja e detalhes azul marinho

Adoro me vestir bem pra ir 
Pra Zona Leste, lugar que ❤️

Nesse samba gosto + de mim mesma

Eu adiei a viagem que depois fiz só para poder ir nesse samba, que faz tão bem para mim. É que tive problemas técnicos e fiquei sem internet por muitos dias, depois viajei e só agora estou podendo escrever sobre esse encontro tão amado. Não gosto de fazer isso, porque perco o calor do acontecido, mas pelo menos tenho fotos lindas
Com amigas 

Nos stories 









Amigas Tatiane e Elisangela 



Essa roda só toca pedrada 💔


Muralha 





QUE FOTO :Samba não é música 😍 




Muito bom 💕

sexta-feira, 18 de abril de 2025

Sobre "Verme", Geraldo Pedro



"Todo dia você me fornece 
 material pro sonho" 
Geraldo Pedro



Em abril de 2025 eu tive a oportunidade de ler o livro digital "Verme", de Geraldo Pedro, meu primeiro livro de abril de 2025. Resultado de uma experiência de escrita coletiva via Facebook do mórbido ano de 2016,  no qual os  brasileiros sentiram verdadeiramente todas as frágeis estruturas democráticas realmente estremecidas pela primeira vez no século XXI:
Talvez o  dia em que me senti mais sozinha no
mundo, devido a um acontecimento 
da história pública do Brasil . 


Impeachment da presidenta Dilma, forjado meses antes em uma das manobras mais canalhas e machistas que acompanhei na vida foi um baque para mim, senti mesmo 'vontade de deixar de ser'  nesse país. Depois de derrubarem presidenta "coração valente", a instauração  da dominação masculina, do  conservadorismo, o retrocesso! Que aninho difícil, amigos.  Com vocês a minha trilha sonora de 2016


Na época eu não conhecia Geraldo Pedro -uma pena, pois poderíamos ter trocado um abraço de condolências pelo projeto de país democrático que, momentaneamente, ali se acabava-, mas lendo seus pequenos textos, suas vozes de reação , eu consegui voltar um pouco àquele clima pesado.
E como Pedro responde a esse contexto fétido nesse livro?  Em textos muito confessionais, como se fossem uma espécie de terapia, muito necessária para todos os momentos do Brasil, aquele em especial. Em geral, nos textos encontramos muita arte, literatura, cinema, música ... respiros culturais de um Brasil que aquela  cena política murídea não poderiam jamais sequer arranhar.

VERME
Sobre o livro, como a leitura foi muito fluída e despertou em mim as mais diversas reações mentais e emocionais , pois eu também senti a navalha de 2016 romper a minha pele, não pretendo comentar texto por texto. Na verdade, não pretendo comentar nenhum texto individualmente, mas selecionei cerca de quinze deles que me chamaram a atenção e dividi em quatro grupos temáticos de assuntos do meu interesse e que acredito terem força para sustentar a resistência a 2016, proposta pelo livro : Literatura; afetos; música; humor e crítica; 

LITERATURA

Assunto que permeia os textos desde a epígrafe de Fernando Sabino e as três certezas: “estamos começando”, precisamos continuar e podemos ser interrompidos. Façamos delas traços para novos desenhos, criemos uma nova realidade, diferente daquele tão asfixiante 2016, um ano de perdas.

No prefácio, texto mais confessional de um livro tão confessional, vemos mais claramente a cara e a alma do autor Geraldo Pedro, que se autodefine como autor marginal estreante, admirador de Machado de Assis, Umberto Eco, Drummond, Hendrix, Bergman, Lygia Fagundes Telles, Leminski, Caio Fernando Abreu, Otto Lara Resende e Veríssimo, figuras “presentes em tudo o que escrevo”. De fato, essas referências, literárias em sua maioria, pipocam na obra de um jeito interessante, às vezes doce, às vezes cortante, como é a vida e a literatura.

Outra referência literária importante é a poesia marginal. Ela aparece não apenas como citações à Ana Cristina César, por exemplo , mas sobre a evocação de um contexto marginal e sobretudo pela tentativa de emulação da forma curta e ágil de escrita e a própria ideia do livro : marginal, com autorização prévia para ser reproduzido. Aqui Pedro esboça a si mesmo como escritor ao desenhar sua linhagem: um vândalo herói, esquisitão, um verme – que primeiro roeu s frias carnes do cadáver de Brás Cubas?

Depois fala especialmente de Lygia, também minha favorita, e a coloca como nossa coringa! Como não amar um autor fã de Lygia?

E Drummond? De quem Pedro roubou a água e tomou sopro poético! Imagens !

AFETOS

É o tema mais abordado desse livro, que é meio que sessão de terapia pública e crítica. Só na seleção que fiz, destaquei mais de 5 textos afetuosos! As formas de tratar o afeto são diversas. No primeiro texto, sobre as mães mortas e suas possíveis ou impossíveis substitutas já me trouxe certa compreensão a respeito desse tema tão delicado para mim. E para tantos. Depois tratou dos solitários, mas não sozinhos, ali em uma legião deles, que se apoiam em uma frase muito cara a Gilberto Pedro, meio desesperada, meio consoladora , como se o interlocutor implorasse que alguém também lhe dissesse “Você não está sozinho”. Agora talvez não mais, talvez não tanto, mas em 2016, naquela quarta feira terrível, todos estávamos!

Em “Não se mate”, outra frase roubada de Drummond e que é muito a cara de Geraldo Pedro. No texto, triste , mas bonito, ele fala da morte do poeta. Da impossibilidade de viver após certa dor. Não há quem não entenda, de alguma forma!

Agora um momento ternurinha, um belo texto sobre Jimi Hendrix, um sujeito de bom coração. E Pedro determina

o bom coração é a base de sustentação do grande amor no universo” (p.69)

Em “Equilibro” Pedro trata das dificuldades da vida e conclui com um autodiagnóstico que pode servir para tantos, especialmente essa que voz fala: “Eu sou uma criança desajeitada à guisa de me tornar um adulto equilibrado. Quem sabe um dia?... “ (p.78)

Depois em "Dia dos pais", onde se ganha sonhos , melhor presente! Pedro, nosso autor, é mesmo alguém muito versado em sonhos.

Há também um texto muito bom chamado “O Amor está no inferno”, onde a saga comercial e sobretudo romântico/amorosa que envolve o Dia dos Namorados é plenamente desconstruída, para, sim, ser refeita no final, onde se ouve a voz de Pedro? Nossa própria voz, clamando que ninguém é condenado ao inferno por ter ou não ter namorado no dia dos namorados, afinal estamos na vida, cheia de possibilidades. Ou não.

E a cicatriz que enfim enfeita a cara do homem viril marginal que sempre quis ser, mas que luta só com seu bom coração ...é que nem sempre apenas um bom coração pode fazer de você um herói. Isso faz doer o bom coração.

MÚSICA

Desse tema já citei um pouco, quando falei de Hendrix, mas aparece melhor em “Não isso. Mas aquilo”, quando nosso autor elenca um tanto de seu gosto, dessa vez o destaque é musical e é interessante perceber sua sensibilidade e olhar crítico, aquilo que viria a ser o gosto musical brasileiro atual, ali ainda em fase embrionária. Artistas olham o mundo de um jeito diferente e algumas vezes conseguem antecipar acontecimentos com sua sensibilidade.

HUMOR CRÍTICO

O verme do título é um personagem que se mistura e interage com o autor o tempo todo no livro e, por ser um verme, traz também um tom humorístico a qualquer ação que participe. Um recurso muito bem empregado, que deu liga a tantos fragmentos de texto.

Outro momento onde o humor se destaca é “Porco Trump” e que hoje, em 2025, é tão intragável que quase nem conseguimos rir das piadas de Pedro. Trump, Bolsonaro, a fascismo, o golpismo continuam ditando cartas, como se, de certa forma, 2016 nem tivesse acabado. Ou como no poema de Drummond, “De tudo resta um pouco. Não muito”. No caso, acho que restou demais!

Na série de textos “Dê a bunda”, o tom debochado e muitas vezes amargo de quem sabe que está vivendo um momento de ruptura e o futuro é uma possibilidade fugaz. O tom me lembra um pouco o do Pasquim. Na verdade eu lembrei mesmo da antiga revista Bundas ,essa sim , reedição de uma publicação ao modo Pasquim, mas nem lembro de quando. No caso do livro Verme, esses textos são os mais humorísticos, engraçados e amargos pois também apresentam grandes reflexões e citações sobre temas.

Esse livro é um grande depoimento sobre desastre que foi o ano de 2016 e só quem viveu se lembra, e foi muito bom ter tido a honra de conhecer a obra por intermédio de seu autor, alguém que passei a conhecer um pouco mais desde então! Adorei!



Niterói abril 2025: viagem onírica ♥️



Se puder, veja esse POST ouvindo essa música 


Entre 14 e 17 de abril de 2025, por motivos que ainda não quero explicar aqui, viajei para Niterói no Rio de Janeiro. Foi uma viagem rápida, mas toda linda, cheia de fotos (que guardei nos alguns no Facebook) e histórias...
Mas para não deixar passar esse registro aqui no Pequenidades, posto algumas fotos lindas.

Solar do Jambeiro 

As "sancas" enfeitadas com representações 
Das estacas do ano!



Cardápio pra carnívora 

Tão feliz ❤️ 

Na viagem de ida: cansativo 

No museu de arte popular

No museu de arte Popular 

No Museu de arte popular

No Museu de arte popular


No Museu de Arte Popular 

Orixás de pano

Orixás de pano



A Ponte Rio Niterói

Lugar incrível 
Onde a gente vê coisas flutuando 


Imagens de Niterói 

Imagens de Niterói 

Experiência fotográfica 


 Só tenho a agradecer ♥️