"Ritas", de Oswaldo Santana Karin

 

   

Termino mais um mês com uma visita ao Cinesesc, lugar que amo. Dessa vez fui ver uma estréia, cinebiografia de Rita Lee, novamente uma emocionante contribuição.

CINECESC: aconchegante 

Eu confesso que estava com um pouco de medo de ir ao CINECESC, da última vez, voltei com uma notícia amarga, que se estendeu pelo feriado de 1 de maio, mas que depois virou uma bala de goma colorida.

E sobre mim? Estou assim, passada.

Escolhi o filme pra me aproximar mais da Rita, agora tenho motivos, e foi uma baita experiência. Está frio em São Paulo, eu quis me arrumar (terça eu nem me arrumei pro Instrmental, não pode) e, estando lá, fiquei olhando como as mulheres estão se vestido nesse inverno em Sampa.

É sempre tão bom sair, ver gente na rua. Amo.

Sobre o filme, amei, claro... Escrevi o comentário imediato no ônibus e até perdi o ponto de descer: 

"RITAS : "...sexo frágil,

Não foge à luta

NEM SÓ DE CAMA VIVE A MULHER"

Termino maio 2025 com o filme RITAS, a segunda cinebiografia emocionante de personalidades musicais brasileiras. Ambas com a participação do biografado ainda vivos e que foram aplaudidas ao final. No caso desse, o som, o visual, a atitude e as personalidades de  Rita  pareceram  mais incríveis e necessárias do que nunca. Chorei em diversos momentos e como ela termina agradecendo pela vida maravilhosa que teve, eu também sai do cinema grata por vivido, mesmo que por um curto tempo, na mesma época que essa MULHER! Viva Santa Rita de Sampa 😍"

Tô amando curtir um cineminha de vez em quando...

A harpa de Arícia Ferrigato no instrumental Sesc Brasil

 

Inexplicavelmente,nesta terça gorda,não me vesti  bem para passear em Higienópolis, não me maquiei e nem  nem tirei fotos de mim mesma . Fui à terapia e ao instrumental como se fosse um dia qualquer, sem necessidade de registros. Isso vai mudar, espero, afinal sou de Oxum, preciso me adornar, me amar em frente ao espelho!

No Sesc Consolação eu ainda registrei algumas imagens "de sempre"

As flores do Teatro Anchieta 

A sopinha com acompanhamentos

Não é incomum que o Instrmental me ofereça a oportunidade de ouvir o som de instrumentos inusitados, como foi desta vez com a harpa de Arícia Ferrigato. 

Eu não sabia que tipo de música ela ia tocar com sua harpa, mas logo descobri que é uma jazzista, acompanhada por uma banda de músicos excelentes, foi uma experiência incrível, que dá pra conferir:

Um rápido comentário conclusivo 

INSTRUMENTAL HOJE: Harpa de Arricia Ferrigato em um belíssimo show de jazz,com aquele som tão antigo, tão moderno, um convite a sonhar 💕

Algumas fotos do show

Arícia e sua harpa 

A banda

Teatro agora tem cortina,
 não dá pra ver o palco antes 

Quem sabe não dá para incluir um vídeo?

Que venham outros instrumentais!

Mães paralelas , Almodóvar

 

Na minha semana de passeio em Niterói,numa tarde livre no sábado, tive a oportunidade de assistir,pela TV, ao filme de Almodóvar que ainda não tinha visto , o "Mães paralelas"(2022), o que veio depois da pandemia e depois do belo e melancólico "Amor e glória".

Nesse filme Almodóvar parte de uma questão que muito me interessa, que é o resgate dos restos mortais de desaparecidos durante a Guera Civil espanhola e que são antepassados procurados pela  da protagonista Janis, papel bem interpretado dela bela e talentosa Penélope Cruz.

Em meio à busca do local onde estavam os restos mortais de guerrilheiros da família, Janis conhece um arqueólogo e engravida dele. No parto, conhece a jovem Ana, adolescente que está muito infeliz por estar se tornando mãe tão jovem, sem apoio da família ou do pai da criança.

Janes e Ana se acolhem e vivem juntas os primeiros momentos da vida de seus filhos, até que um deles morre e o roteiro as coloca juntas e  em confronto de forma surpreendente.

Não é um dos melhores filmes de Almodóvar, mas vale assistir, especialmente porque não retoma o fundo melancólico de fim da vida de "Dor e glória", apostando mais em um resgate da História, com citação do E.Galeano e tudo mais.

Outro ponto de destaque é que neste filme Almodóvar volta a um de seus temas centrais, as questões da mãe, figura forte, amantissima e falha. Não se compara ao maravilhoso "Tudo sobre mi madre", mas são narrativas e tocam muito a toda gente.

Bom mesmo foi reencontrar aquele ambiente belo dos filmes de Almodóvar, aquelas cores fortes,  como sentia falta delas. No entanto, nesse filme,uma cor mais clara, quase pastel eu diria, mancha as cenas : um verdinho de cura, apaziguador.

Sou muito grata pela oportunidade de ter assistido a esse filme, mesmo que tardiamente.

HOMEM COM H

 

Com cartaz

Em 20 de maio de 2025, em meio a uma viagem a Niterói, a assisti  ao filme "Homem com h", direção de Esmir Filho,a cinebiografia de Ney Matogrosso e foi mesmo muito bom .

Na sala de cinema 

Um filme muito bonito, vivo , emocionante,com roteiro todo encaixado e a excepcional atuação de Jesuíta Barbosa no papel de Ney.

Que maravilha contar com obras desse calibre. Ao fim fiz um comentário conclusivo :

"HOMEM COM H - Um filme sobre um artista incrível; um ator visceral; um cinema num prédio de Niemayer; a coragem de ser quem se é de Ney Matogrosso : uma noite no cinema

em Niterói ⭐🎥🎞️"

Cacique de Ramos : maior samba

 

Mais uma vez o Maria Zélia recebe em São Paulo o Cacique de Ramos. Novamente acabo concluindo que se trata da melhor roda de samba carioca. Na verdade, são rodas, é praticamente um festival.

Dessa vez eu fui vestida a caráter 

Não deu tempo de  montar esse post nos dias posteriores ao evento, mas ficam alguns  registros.

"Já falei que amo Jorge Aragão? Sambas de amor e negritude! CRIA CACIQUE DE RAMOS ♥️

Hoje estão arrasando no repertório ARAGÃO 😍"

Como sempre, muito bom, agora é esperar o próximo 

A clarineta de Laura Santos no Instrumental

 

Mais uma terça gorda, estava um friozinho de outono e eu inventei de usar aquele vestido cinza chumbo vem esportivo,mas  não deu pra usar meia preta e acabei ficando muito estilo velha beata ... Até aliviei com o moletom cinza claro, mas muito sóbrio pro meu próprio gosto .

Pareço a Perpétua de preto?

Hoje tive uma sessão leve na terapia,talvez até muito amorzinho e depois me permiti tomar sopinha no Sesc Consolação, já que estava friozinho. Admirei as flores do teatro,cores melhores que as da minha roupa, amo muito!

Sopa de lentilha e brigadeiro branco 

Depois o show foi muito bom,como sempre.

O instrumental o definiu 

Super vale conferir 

Na volta estava resolvendo outras coisas no celular e não tive tempo de escrever as primeiras impressões no ônibus ,mas escrevi hoje de manhã :

"LAURA SANTOS  NO INSTRUMENTAL : Show delicioso, com uma banda robusta ( além da percussão com Duda Carvalho , destaco o cavaco de Júnior Alves e a flauta de Gabriel Coelho) a clarinetista e compositora nos presenteou com uma viagem musical bela. A surpresa mais que boa foi quando trouxe faixas de seu álbum "Corrente do samba" (tô ouvindo no Spotify), com composições de Altay Veloso e ouvimos  novas versões  instrumentais sofisticadas de canções do pagode 1990, arrepiei várias vezes!"

Destaco a composição da banda

Na flauta é Gabriel, não Gabriela Coelho 

Laura comentou sobre  seus outros trabalhos, como a participação na "Orquestra mundana refúgi", orquestra com refugiados  e um álbum anterior sobre Altay Veloso , que ela tocou de leve no show e  estou ouvindo no Spotify 

Adoro quando o show do Instrumental me traz outros temas pra pesquisar 

Dia das mães 2025

 

Domingo eu tive o privilégio de passar o dia das mães rindo com a minha,aos 82 anos! Gratidão ao universo!

Foi no almoço na casa da minha irmã,com a nossa mãe e a sogra dela, as duas com mais de 80 e foi muito bom .

Algumas fotos 

De cima pra baixo,da esquerda pra direita: Com a Mary, minha irmã,as mamães, cafezinho, de dourado com a Tedi

Muitos doces

Só tenho a agradecer ao universo essa oportunidade!

13. Encontro das rodas de Samba

 Excepcionalmente em um sábado, porque amanhã é Dia das Mães,o tradicional  encontro das rodas de samba na Zona Leste. 

A proposta é trazer os grupos SA.SAMBA, ABADENGO e AMIGOS DO MORRO.

Tudo muito diferente, estava frio e chovia muito. Me atrasei paray sair,não gostei da roupa, não me achei gostosa o suficiente (depois me arrependi, esqueci como lá todas somos gostosas) e achei que estava frio, e no fim fui de camisa dos partideiros . Eu que costumo sair às 13 horas, fui sair só bem depois das 14 horas e debaixo de chuva, fui até de capa!  Meus improvisada, mas gatinha (acho q fico linda nesse tom de azul)

Mas estava feio o tempo e o samba vazio, uma tristeza ... Não parava de chover. Tirei poucas fotos, mas tirei

Eu no samba,estava tão frio... Nem tive vontade de tirar selfies 

Teve uma anedota interessante 

Que no próximo seja no domingo e sem chuva 

"A Senhora dos afogados", Nelson Rodrigues , por cia Teatro oficina

 

           

No dia 4 de maio eu fui ao Teatro do Sesc Pompéia viver duas experiências ímpares simultaneamente: assistir a minha primeira peça de Nelson Rodrigues no teatro e também uma peça do lendário Teatro Oficina.

Como estava bem friozinho, fui de botinhas cano curto,um vestido preto leve e casaco de lã verde : bem casual. O destaque estava nos brincos de pedras brilhantes verdes. Achei muito chique. Eu sabia que ia ser uma noite especial e montei o  look pensando nisso 🤩

Teatro adulto, fazia tempo
Os brincos 😍

Quando cheguei no Sesc, tudo indicava que ia ser o melhor momento possível 

Muita emoção 

A peça foi "Senhora dos afogados".

A opinião de Zé Celso sobre Nelson Rodrigues, talvez nosso maior dramaturgo 

E a proposta do SESCSP ao apresentar esse espetáculo 

Peça expõe fissuras morais e desejos reprimidos em cenários familiares

Todas informações estão no maravilhoso programa do espetáculo:

Durante o espetáculo eu desliguei o celular, mas antes, no intervalo e depois, tirei algumas fotos 

No início , intervalo e final 

Início 

No intervalo: surge uma praia

No fim: espetáculo 👏🏾 

A peça se desenvolve em dois atos , o primeiro de cerca de uma hora e meia,onde conhecemos a família Drummond, seus vizinhos,seus dramas . O segundo ato,de cerca de 45 minutos, se desenvolve em uma praia, onde a trama se fecha.

Gostei muito da simbologia da peça. Moema odeia a mãe, mas tem as mãos iguais as dela. Depois da tragédia, de conseguir que cortassem as mãos da mãe adultera, para que ela nunca mais acariciasse ninguém, sua punição mais forte é que nunca mais vera sua própria imagem... só a da mãe, que passou a morar nos espelhos. 

Nesta peça  os atores ocupam todo o espaço disponível pra contar a história,no caso o enorme  Teatro do Sesc Pompéia foi totalmente tomado por atores,além do palco, as escadas, os "camarotes",de todos os lugares vinham atores atuando, numa experiência de imersão teatral da história que eu nunca tinha sentido! Espetacular!

Ainda assim, é preciso ressaltar, há a fundamental figura de um cinegrafista gravando em close toda interpretação, o que aparece no telão no palco. É que a ideia inicial de Zé Celso seria a fazer um filme sobre a peça... O que vi foram as duas coisas...

Como informa o programa são vinte e seis atores em cena, todos maravilhosos e tantos conhecidos e consagrados como Regina Braga, Leona Cavalli, Cristina Mutarelli, Giulia Gam, etc :

Nas palavras no próximo dramaturgo, essa peça 

O homem normal é o anti teatro

A foto da família, no primeiro ato:

Acima, à esquerda pra direita,a mãe Eduarda, as filhas Clarinha e Moema.o pai Misael ao centro. À direita avó Marianinha, filho Paulo e a filha Dora.

Marcelo Drummond, ator que representado pai na peça, explica a proposta do Teatro Oficina com esta peça :

E para fechar com o programa, alguns detalhes preciosos:

Elaborei um comentário geral  sobre toda a peça a partir dessa música que toca no espetáculo 

" SENHORA DOS AFOGADOS : Na tragédia da "nova Electra" rodriguiana, Moema vivia enlutada, precisou matar as irmãs e enfim a mãe  para , enfim, se vestir de  branco para o pai ! Quando entra em cena de vestido branco é ao som dessa música, numa animada festa mórbida..."

Só tenho a agradecer a todos os envolvidos nessa grande experiência!