quarta-feira, 31 de agosto de 2022

João Maria Matilde: a busca do pai

Tentei meu segundo livro de Marcela Dantés esse ano e foi muito bom!


Foi minha leitura de agosto e fui fazendo comentários ao longo da leitura:  

Foi ficando mais denso :


Dantés escreve muito bem, não acham? Eu adoro !


Que delicia que é literatura

 

Foi uma ótima ideia ter escolhido ler esse livro



E finalmente a conclusão:




domingo, 28 de agosto de 2022

Conhecendo a Casa Híbrida


 


Porque estava há dois domingos sem samba, por conta do dia dos pais e do frio, quis conhecer a piscina da Casa Híbrida, até porque  o Samba do Sol seria na Cervejaria Tarantino e é muito contramão para mim e não sei o que estaria acontecendo no Maria Zélia, já que os pardieiros estariam em outro bar. 

Logo imaginei que a Casa Híbrida pudesse ser algo tipo a Fatiado Discos , lugar decepcionante onde fui a uma festa Calefação Tropicaos antes da pandemia, e  as pessoas (geralmente playboys do sumaré) vão mais para conversar e beber cerveja e fumar (lugar bem fedido) num quintal, não se preocupando prioritariamente com música e dança e eu fui para dançar, mas não teve dança!. E a Casa é um pouco assim, afinal o público é o mesmo, mas a Casa é muito  mais charmosa, tem natureza, tem mesas grandes para comemorações, tem um clima de festa, luzes, piscina, pessoas muito legais trabalhando, exigem comprovante de vacinação. Uma moça que estava fazendo a segurança, inclusive, me disse que em domingos de sol e calor, recebem famílias, crianças podem nadar, TIPO DE AMBIENTE QUE EU CURTO MUITO.

Animada porque de manhã estava muito calor, sai de casa debaixo do maior solão, para curtir o Pagode da Dessa, que conheci recentemente e adorei e também porque depois ia ter o DJ Tahira, que estaria antes no Samba do Sol e com quem eu tinha me comunicado antes no Instagram: 



E assim fui, animada pelo sol e por estar indo a um casarão ,num ambiente com piscina, vesti  um shortinho e blusa nova (ficou linda  na foto, né?). No portão, uma rajada de vento me fez voltar e vestir a meia fina de sempre. O que eu não sabia era que o tempo ia virar de verdade, aquele vento só se intensificou, o sol foi embora e quando eu cheguei na casa, o tempo era outro de como estava de manhã. Tive que ir embora, nem ouvi o pagode, nem o Tahira, mas no tempo que eu passei lá ouvi "Balanço", essa pérola dançante do Tim Maia! 

Gostei da Casa , mas pretendo voltar num dia  mais quente! 

Saboneteiras e as  pernocas dela kkkk




Algumas fotos da Casa e registros meus de comentários meus:







Eis que vim embora, cheguei em casa não eramos nem 20:00, nem jantei, cai na cama e dormi até o dia seguinte!


Ainda de máscara, saindo do busão

Ambiente mais legal é impossível

A piscina! Ontem não foi usada em virtude do tempo

Decoração da Casa

Decoração da Casa

detalhe : Decoração da Casa

Decoração da Casa

Samambaias: Decoração da Casa



Luzes 

No banheiro feminino

No banheiro feminino

No banheiro feminino:
Vem comigo, goze comigo

No banheiro feminino:
Há mar pra todes

No banheiro feminino: marinheiro só



No banheiro feminino: Chapeleiro louco

No banheiro feminino: É voe!, me fode/me ama/ me fode

No banheiro feminino: Me fode

No banheiro feminino: quem é lembrado 

No banheiro feminino: deve ser a lua em Sagitário

No banheiro feminino: ou o sol em peixes

No banheiro feminino: mulheres negras decidem






terça-feira, 23 de agosto de 2022

História da feitiçaria e literatura

 


No começo da minha vida de pesquisadora, fiz um inusitado (para a época)  trabalho sobre o Portugal do século XVIII retratado no esplêndido romance "Memorial do Convento", de José Saramago, com a presença das racionalidades, dentre elas a mão forte da inquisição moderna ameaçando a todos, especialmente mulheres simples como a personagem Blimunda, que tinha poderes ocultos e teve mãe condenada pelo Tribunal do Santo Ofício logo no início da trama. 

Para entender um pouco melhor a racionalidades  da Europa moderna, os excepcionais trabalhos de Carlo Ginzburg sobre a feitiçaria, como esse "História noturna: decifrando o sabá" foram de muita importância. Na época esses livros não tinham sido traduzidos no Brasil, então lembro que li as edições portuguesas, presentes na maravilhosa Biblioteca da FFLCH. Leio a sinopse na capa da edição de bolso da Cia das Letras (2012) 


Esses temas também respingaram na História do Brasil colonial, pois muitas mulheres condenadas foram degradadas para o Brasil, trazendo aquelas crenças e racionalidades. Isso foi muito explorado nas pesquisas da minha primeira orientadora, professora Laura de Mello e Souza, que escreveu aquele trecho sobre Maria Padilha, que transcrevi aqui.

Certamente é um assunto muito interessante. Quem sabe não acho um gancho para estudar isso de novo? 










 

sábado, 13 de agosto de 2022

Uma Lenda de Oxum e Xangô

 


COMO SURGIU O AGBÊ (XEQUERÊ)

Um recém-chegado tocador de tambor encantara a bela Oxum
Ela não sabia muito sobre o jovem
Apenas que seu nome era Xangô,
Que ele gostava muito de tocar, de dançar
E gostava bastante das mulheres e elas dele.
Oxum era conhecida por toda a aldeia por ser a mais sedutora, bela e graciosa entre todas as mulheres.
E ela sabia disso
Mesmo sabendo que Xangô gostava de música, dança e das mulheres,
Oxum passava dias e dias imaginando como ter o amor daquele tão disputado homem só pra si.
Precisava mostrar seus dotes para o jovem.

Certo dia ela teve uma ideia...
Faria um instrumento, assim como ela, sedutor e gracioso, para atrair a atenção e o amor do belo rapaz.
Pegou uma cabaça, sementes de ave-maria e fios de palha da costa que haviam por ali
E com a paciência e amor que só Oxum tem,
Foi tecendo em volta da cabaça uma rede com os fios de palha da costa e prendendo aos fios, as sementes de ave-maria.
Depois de dias dando nós e prendendo as sementes com os fios de palha da costa, finalmente estava pronto o instrumento feito para seduzir Xangô.
Estava pronto o agbê, ou xequerê.

Certa tarde Xangô foi ao rio matar sua sede.
De longe ouviu um som que nunca tinha ouvido e isso chamou a sua atenção
Olhou em sua volta a fim de descobrir de onde vinha aquele som tão envolvente
Deu de cara com uma jovem de pés descalços, com os cabelos soltos e apenas com algumas fitas amarelas cobrindo seu corpo.
Era Oxum.
Oxum tocava docemente
Oxum dançava com o vento
Oxum era definitivamente a mais bela da aldeia, pensava Xangô.
Xangô ficou Irremediavelmente enfeitiçado com tanta beleza.
Xangô caiu de amores por Oxum
E ficou com ela por muito tempo.
Mas Xangô não era homem de uma mulher só
E Oxum sabia disso.
#filhasdeoxumofc #candomble


sexta-feira, 12 de agosto de 2022

"Nonada": cortes difíceis

 


Quando a gente é leal ao.que sente, respeita os outros,  só trabalha na sinceridade e acaba desistindo de trilhar em caminhos para os quais sabe que ainda não está pronta. A ferida ainda está aberta, ainda que eu mesma ache que não seria pra tanto. Mas é. Está sendo.

 Disse minha terapeuta na terça feira: "espero que agora a ferida não demore tanto a cicatrizar como na última vez".  

Eu também espero, só que pra isso preciso falar sobre.  É que, incrivelmente ,  lembro de poucas vezes ter sido ferida tão intensamente, como se tivesse sido desligada de uma ligação maior, energética, de uma pertença que é minha, não podem me negar. 

Me lembra da história que minha mãe conta, que quando eu era criança uma psicóloga disse para ela me contar que eu tinha uma outra mamãe. Eu não aceitava, chorava, esperneava.  E foi tão traumático que apaguei da minha memória, da minha narrativa. 

Como Riobaldo fez com a morte de Diadorim:

"Não escrevo, não falo, para assim não ser. Não foi, não é, não fica sendo..." (GUIMARÃES ROSA. GS:V)

Até breve...




Maria Padilha: invoca para conquistas amorosas desde o século XVII

 Adoro essa História ❤️🥰



"Na segunda metade do século XVII,mais precisamente nas décadas de 60 e 70, algumas mulheres foram acusadas de bruxaria pela Inquisição, entre suas culpas constando o conjuro de Maria Padilha. Portuguesas , viram-se degradadas para o Brasil,onde possivelmente continuaram as atividades mágicas. (...)
 As orações em que figurava Maria Padilha tinham todos objetivos amoroso, visavam 'obrigar vontades para si ou para outrem', ou propiciar 'ilicita amizade' entre homens e mulheres. Ao lado de demônios como Barrabás, Caifás, Satanás ou Lúcifer, ou ainda de personagens obscuras como Marta, a perdida (...) Maria Padilha era invocada como intercessora capaz de sensibilizar o ser amado e viabilizar a conquista,mediando a relação entre o apaixonado e o objeto da paixão:

"Dona Maria Padilha com toda a sua quadrilha, me trazeis fulano pelos ares e pelos ventos; Marta a perdida que por amor de um homem fostes ao inferno, assim voz peço que do vosso amor repartais com fulano, que não possa dormir, nem sossegar, até comigo vir estar." 

(Laura de Mello e Souza. "Prefácio de 'Maria Padilha e toda a sua quadrilha:de amante de um rei de Castela a Pombagira de Umbanda', de Marlyse Meyer)

Suponho eu que, remetendo à "toda sua quadrilha" nos longínquos 1600, na umbanda Maria  ficou sendo eu uma entidade comandante de falanges. Hoje se pode pegar ouvir a palavra "da sua Padilha" (da entidade da falange de Maria Padilha que te ajuda). Bem interessante.


terça-feira, 9 de agosto de 2022

Qualidades da Oxum

 


AS QUALIDADES MAIS CONHECIDAS SÃO:


☆OXUM ABALÔ - É uma velha Oxum, de culto antigo, considerada Iyá Ominibú. Tem ligação com Oyá, Ogum e Oxossi, veste-se de cores claras, usa abebé e alfange.


☆OXUM IJIMÚ - É outro tipo de Oxum velha. Veste-se de dourado, amarelo e lilás. Leva abèbé e alfange, tem ligação com as Yámi, é responsável por todos os otás dos rios.


☆OXUM ABOTÔ OU OXOGBO - Também uma velha Oxum de culto antigo, ligada as Yámi, feiticeira, carrega Abebê e alfange. Tem ligação com Nanã e Oyá de culto Igbalé. É a Oxum que ajuda as mulheres a terem os seus filhos durante o parto. É a ela que devem se dirigir todas as mulheres que queiram dar à luz ou que procuram saúde para toda a gestação.


☆OXUM OPARÁ OU APARÁ - Seria a mais jovem das Oxuns, é um tipo guerreiro que acompanha Ogum, vivendo com ele pelas estrada.

Leva uma espada na mão. Usa um abebé e um alfange (adaga) ou espada. Caminha com Oyá Onira, com quem muitas vezes é confundida. 


☆OXUM AJAGURÁ - Tem um enredo com Aganju, uma qualidade de Xangô mais carregado e ligado ao fogo. Outra Oxum guerreira que leva espada, é jovem, tem ligação com Yemanjá.


☆OXUM OKÊ - Oxum jovem guerreira, muito ligada a Oxossi, carrega ofá e erukere.


☆OXUM IPONDÁ - É também uma Oxum guerreira ligada a Ibualamo. Yeyê Ipondá é rainha da cidade que leva seu nome Ipondá, leva uma espada e veste-se de amarelo ouro 

e branco quando acompanha Oxaguiã.


☆OXUM OGA - É uma Oxum velha e muito guerreira, carrega abebé e alfange.


☆OXUM KARÉ - É uma Oxum jovem e guerreira, ligada a Odé Karé e Logun Edé. Veste azul e dourado, cor do ouro. Usa um abebé e um ofá dourados.


☆OXUM IPETU - É uma Oxum de culto muito antigo, no interior da floresta, na nascente dos rios, ligada a Ossayn.


☆OXUM AYALÁ - É a avó, que foi mulher de Oxalá, veste branco.  Tem uma forte ligação com Olum Alabedé, o “ferreiro do céu”. Também pode ser chamada de Oxum Alá.


☆OXUM OTIN - Oxum com estreita ligação com Ínlè, ligada a caça e usa ofá e abebé.


☆OXUM MERIM OU IBERIN - Oxun nova, concentra a vaidade e toda beleza e elegância de uma Oxum.


☆OXUM POPOLOKUN- Oxum de culto raro, ligado aos lagos e lagoas.


☆OXUM OLOKÓ- Oxum guerreira , vive na floresta nos grandes poços de água, padroeira do poço.


☆OXUM OMINIBU - É uma Oxum mais nova. É a que vive na nascente do rio.


Salve todas as belas qualidades de Oxum 💛


Oore yèyé oò Oxum  💛👑🌻🐝🍯🐠💛


Créditos: Filhas de Oxum Ofc

#filhasdeoxumofc #candomble

segunda-feira, 8 de agosto de 2022

Quintal dos prettos agosto: gente é pra sambar


 Seguindo a tradição, primeiro domingo do mês começamos com o delicioso Quintal dos Prettos.

 Em agosto estava um dia nublado, garoa, eu me recuperando de um resfriado, lavei.os cabelos (ciente de que ele ia acabar cheio de frizz depois), coloquei os acessórios babados da Shopsan e parti para ser feliz no Maria Zélia de novo. 



Que foi muito bom eu nem preciso falar, dessa vez estava muito cheio, animação total, teve participação da querida Natália Nagê (pena que eu estava longe e na hora estava garoando,e o vídeo ficou ruim). 

O tema que escolhi para a edição foi Condor, do grupo Revelação: cantei tanto, do fundo do coração: "Eu quero voar bem mais alto que um. Condor"

O mais importante, como sempre, foram as amizades MARAVILHOSAS! A gente sambou, riu, celebrou: viva os Prettos🥰

Alguns  registros:





Quintal

Adriana, Patrícia e eu


Eu e Ingrid


Adriana, Beth, Fernando, eu e Patrícia

Adoro as camisetas


Não sei os nomes 


Eu, Dafne e Ingrid


Lu

Lu e Ingrid

Lu Resende e eu 











E também vídeos