SUSPIROS: 2023, para mim, está sendo um ano marcado por pai Oxósssi. Lembrando uns itans (mitos orais) que ouvi na vida, é comum que Oxum e Oxóssi sintam atração um pelo outro, mas nenhum dos dois sustenta isso por muito tempo: Odé se ocupa nas matas e Oxum não aguenta a solidão da espera e segue outro caminho. Na vida "real" ficam as marcas : umas frases, fotos, canções e, citando "Memorial do Convento" a obra prima de Saramago, algum SUSPIRO "como de quem nasce ou de quem morre", em um movimento de morte e renascimento sem fim. Quem sabe um dia pai Oxósssi e mãe Oxum se reencontrem nos meus sonhos. Quem sabe...
quinta-feira, 29 de junho de 2023
quarta-feira, 28 de junho de 2023
Fabio Caramuru no Instrumental SESC Brasil
Novamente show do Instrumental |
Outra terça de terapia, Sesc e Instrumental. A terapia não foi tão pesada, a palavra chave foi a Esperança, a única coisa que eu tenho na vida! Eu me sentia péssima e não conseguia não aparentar na imagem, com olheiras e espinhas, embora a camiseta com Manoel de Barros seja linda
À esquerda com camiseta do espetáculo Crianceiras, que assisti no Teatro Ancheita há anos: "Tudo o que não invento é falso" Manuel de Barros. À direita, a foto em casa antes das 22 horas . |
No sesc uma exposição em montagem, coberta por uma cortina
Dessa vez teve sopinha, como nas melhores terças:
De tomar rezando,como dizem |
Um moço com um girassol 🌻. Para me lembrar que sou a Rainha de paus, a que carreta um girassol |
"Fabio Caramuru: muitos sons de passarinhos. Lembrei muito de Guimarães Rosa, que registrou a sintonia da natureza na sua escrita, assim como Caramuru parte deles para as composições que ele próprio recomenda sejam levadas em consideração no processo de inicialização musical de crianças. Caramuru também comentou muito sobre Tom Jobim e a natureza do Brasil... Sai de lá cantando CORRENTEZA :" E choveu uma semana e eu não vi o meu amorO barro ficou marcado aonde a boiada passou ..."Tá floda!
TOM JOBIM ECOLOGISTA: No instrumental ontem, Fábio Caramuru, que compõe pequenas jóias musicais inspiradas em sons da natureza, falou bastante do meu amado Tom Jobim, que é um dos compositores mais lembrados no Instrumental SESC Brasil,, desde 2016, quando comecei frequentar. Mas Fábio falou do meu Tom favorito, aquele que, segundo ele, talvez tenha sido nosso primeiro compositor ecologista, o que podemos ouvir nos álbuns da década de 1970/1980, meus queridinhos "Passarim"(1987), "Urubu"(1976), "Matita Pere" (1973)- este dedicado ao Guimarães Rosa, inclusive, etc. Para mim foi um deleite ouvir. Mas não pude deixar de lembrar da minha decepção ao assistir ,no cinema, a um filme chamado "A música segundo Tom Jobim" (2012) , de Nelson Pereira dos Santos, e só ver como o Tom da Bossa Nova foi aclamado mundialmente na década de 1960. A parte do som refinado ao mais alto requinte, quase uma sinfonia natural, é apenas citada no finalzinho, como se a música segundo Tom Jobim fosse apenas aquela tietagem repetida à exaustão no documentário de 2012... Fabio Caramuru fez mais justiça ao imenso legado de Tom Jobim ontem. Gratidão
domingo, 25 de junho de 2023
"Os da minha rua", de Ondjaki: o livro de junho 2023
Tinha acabado de chegar, estava ainda no plástico 😍 |
Terminei de ler mais essa belezinha que a vida me apresentou. Vamos ver as postagens que fui fazendo sobre ele durante o mês.
QUANDO COMPREI 26 maio 2023
Bela capa |
"SOBRE LIVROS : Terminei "Contos da Nova cartilha"do Tolstói , livro de maio, sobre registros de crianças russas no século XIX, depois escrevo mais sobre no Pequenidades. Agora eu queria muito comprar O LIVRO DE JUNHO, queria que fosse "Salvar o fogo", do Itamar Vieira Junior- um autor que eu gosto-, ou "Luanda, Lisboa, Paraíso", da Djaimilia Pereira de Almeida, que é uma baita autora e serviria muito para adensar a questão das narrativas pós coloniais, mas ainda quase não temos muitos livros usados nos sebos virtuais e , como sempre, estou sem grana. Mas dando um passeio na Amazon,peguei uma promoção de menos de R$20 do livro "Os da minha rua" do escritor Ondjaki ( essas promoções surgem "do nada" e são sempre livros importantes para pesquisa que quero fazer. Gratidão Deus, mentores e Orixás). Esse autor angolano que eu conheci através de uma bela citação no show de "Aline Gonçalves quinteto" Sesc Instumental , em janeiro (comento aqui https://pequenidades.blogspot.com/2023/01/aline-goncalves-quinteto-docura-e-poesia.html ). Sobre "os da minha rua", diz a sinopse:"O livro é uma coletânea de 22 contos que resgatam a infância do autor, vivida entre as década de 1970 e 1990, em Luanda, capital de Angola. Amigos, parentes, lugares e até mesmo cheiros aparecem nos pequenos textos, que podem ser lidos em separado ou como capítulos de um romance. É uma obra que exalta essa época da inocência e dos pequenos grandes descobrimentos de uma criança. Todos os contos são escritos em primeira pessoa e alguns revelam a influência da cultura brasileira no Sul da África oitentista, com citações ao cantor Roberto Carlos, ao escritor Gracilianos Ramos e às novelas “O Bem Amado” e “Roque Santeiro”.Pois bem, não vou ler novamente Djaimilia, mas na primeira semana de junho deve chegar um livro angolano sobre infância: narrativas pós coloniais me cercam. Adoro!
QUANDO COMECEI A LER 04 de junho 2023:
"OS DA MINHA RUA: Comecei a ler ontem. Já sabia que o texto de Ondjaki, membro da União dos Escritores Angolanos, é belo e poético. Neste livro ele conta que nasceu em Luanda, em 1977 e define -se " Prosador. Às vezes poeta." Sabemos que vamos tratar de pequenas histórias da vida de crianças numa rua de Luanda. No primeiro conto "O voo de Jika" já entramos no tom do volume: ali a infância contada oralmente é muito bonita e está contida num "guarda-chuva de voar azul". O mini conto começa todo marcado pelas horas, pois na casa de Ndalu "o almoço era perto do meio dia" e o pequeno Jika tocava a campainha 12:15 perguntando se o amigo "não queria convidá-lo para almoçar na tua casa". Era preciso perguntar à mãe, que quase sempre dizia sim, quando não tinha "maka de pouca comida", ou muita gente pra almoçar. Mas o clímax da história acontece mesmo no momento do abandono do tempo: quando os meninos se lançam no ar para voar e caem juntos na relva, rindo muito! Percorrendo os diálogos,ouvimos delícias como "Deixinda ir perguntar à minha mãe" (não deixe-me perguntar à minha mãe), ou "Jika deu uma esquindiva" (não um drible). E, sobretudo, cheia de momentos iluminados de meninice, onde Jika aprende que se quiser tomar uma gasosa sozinho, vai ser na sua própria casa, pois na de Ndalu tem que dividir com ele e suas duas irmãs. 😍
Já estou amando a leitura!"
ME EMPOLGUEI E POSTEI UM VÍDEO 02/06/2023:
"Como eu esperava, acabou de chegar meu livro de Junho: "Os da minha rua", de Ondjaki. Porque eu sabia que ele chegaria, ainda não comecei ler o da Djamilia Pereira de Almeida, que ganhei na terça feira . Pelo que experimentei da autora, devo permanecer muito tempo entre "Luanda, Lisboa e Paraíso", então vou ler esse africano delicinha antes. Amei a capa amarela, o comentário da professora Ana Paula Tavares (que estudou as crianças rosisna como eu) e as expectativas pra junho começam altas 😍"
NA LEITURA, 06/06/2023
"OS DA MUNHA RUA : Como uma criança vê um adulto banhar um cachorro?
"Um dia era de tarde e vi o Joaquim dar banho ao Kazukuta. Um banho de demorar. Fiquei espantado: o tio Joaquim que ficava até tarde a ler na sala, o tio Joaquim que nos puxava as orelhas, o tio Joaquim silencioso,como é que ele podia ficar meia hora a dar banho ao Kazukuta? Lembro o Kazukuta a adorar o banho,deve ser porque era um banho sincero, deve ser porque o tio punha devagarinho frases ao Kazukuta, e ele depois ia adormecer. Kazukuta: lembro bem aos teus olhos doces a brilhar tipo um mar de sonho só porque o tio Joaquim - o tio Joaquim silencioso -veio dar banho de mangueira e te falou palavras tranquilas num KIMBUNDU ASSIM COM CHEIROS DA INFÂNCIA DELE. (...) O tio Joaquim era muito calado e sorria como se nunca soubesse nada das horas e das pressas dia outros adultos. O tio Joaquim gostava muito de dar banho ao Kazukuta." 😍
(Ps. Kimbundu é língua de Angola. Acho que a única capaz de fazer o tio e o cachorro se comunicarem com palavras, pois carregam sensações da infância ❤️)QUE LIVRO, MEUS AMIGOS 🥰"
Em 09/06: a história transpassando a ficção:
O Foguetão |
No dia dos namorado, 12/06/2023
TERMINANDO A LEITURA 21/06
AVALIAÇÕES AMAZON E ERROS
Tinha um erro, que descobri depois:
Só que aquela avaliação foi recusada e tive que reescrever!😱
Agora que já escrevi um POST sobre o MARAVILHOSO livro de junho, já posso pensar no de julho: aguardem😘
terça-feira, 20 de junho de 2023
Samba do Sol ARRAIÁ Casa das Caldeiras
Dancei muito |
quem não tem quentão toma vinho quente |
Casa das Caldeiras mora no meu coração |
Nossa, que frio eu passo nos pontos de ônibus! |
A foto mensal com a Eta: Lindas |
Eu: estilo Michael Jackson jovem |
Coco e ciranda, quando cheguei estava acabando |
Djs de brasilidades |
Cabaré das Drags |
Cabaré das Drags: Kill Bill |
Grupo de forró |
Barraca do beijo: eu não beijaria ninguém nesse rolê |
Arraial |
Em casa, bem depois das 22:00 :( |
No arraial acabou o milho, mas em casa tinha |
Eu estava muito velha reflexiva |
a boa e velha Camila: versão outono/inverno 2023 |
gatinha |
gostei dessa foto |
no fim comprei o ingresso: fiel é fiel |
quinta-feira, 15 de junho de 2023
Nova conta no Twitter
TWITTER: Só avisando : bloquearam minha conta @CamilaTuatameia, que eu usava só pra divulgar posts aqui do Pequenidades. Aí acabo de abrir outra com a mesma finalidade,sigam-me :
@CamilaZahabe
Por enquanto não tenho nenhum seguidor, então a divulgação miou,
mas tento mesmo assim. 😘
terça-feira, 13 de junho de 2023
Marlene Souza Lima no Instrumental SESC Brasil
Cheguei no Sesc Consolação e vi que ia ser show de uma mulher preta 🤩 |
Duas semanas depois daquele desbunde de Jazz, volto ao Instrumental e desta vez com ingresso reservado antes, aqui de casa mesmo, pelo app. Tudo é novidade!
Estava frio e me agasalhei bem, de preto e amarelo, nem parecia que estava toda inflamada e com coriza: uma mulher chique, como sempre gosto de estar ali no Consolação, lugar que me faz tão feliz sempre!
"Amarelo é a sua cor", me disseram essa semana 😍 |
Não só eu estava bem arrumada, também o Teatro Anchieta estava decorado :
Desta vez deu tudo certo, estava com tempo, com pastilhas para a garganta irritada, com carteira, com frio: cenário perfeito para minha querida sopa Sesc:
A sopa foi de ervilha e as pastilhas ajudaram muito |
o palco |
Vejamos o que o site do Instrumental diz sobre está guitarrista brasiliense:
Marlene é maravilhosa, toda vestida de brilhos, toda animada e linda! Seu quarteto foi sensacional e o show muito agradável, um jazz bem moderno, cheio de referências, de aconchego. Quem quiser conhecer, assusta:
Amei conhecê-la naquela noite fria e chuvosa, foi tão gostoso e relaxante que quando chamaram a Patrícia Palumbo eu disse "mas já?!" Quando isso acontece é pq show me tirou do tempo! Vou lá para isso mesmo! 😍
Como estava muito frio e eu com medo da friagem, fiquei até o final para prestigiar, mas fui ouvir o biss no banheiro ao lado do palco, muito bom... Na última canção, como bom quarteto de Jazz, eles se permitiram brincar na improvisação e eu vibrei! Obrigada por mais essa Sesc Instrumental! Até a próxima!