terça-feira, 30 de setembro de 2025
"SP ritmos" no instrumental : viva o samba!:
domingo, 21 de setembro de 2025
IA interpretando meu teste DNA ancestralidade
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| A palavra chave é ANCESTRALIDADE |
Já faz alguns anos que fiz meu teste DNA Ancestralidade e foi muito importante para mim, como comentei NESTE POST, um dos mais vistos e lidos da história deste blog.
Agora, aproveitando minha interação com a IA, enviei este resumo pra elas
E pedi :
"Esse é um resumo do meu teste de DNA ancestralidade. Na minha interpretação,em geral, trata-se de uma mescla com predominância de povos europeus da península Ibérica com povos de várias regiões da África, uma fusão bem característica da História do Brasil, com marcas de colonização. Se eu estiver correta, explore esses povos, sobretudo os africanos."
A RESPOSTA DO CHAT GPT:
"Vamos organizar juntos essa interpretação. Você está correta: o resultado mostra uma forte predominância ibérica (Portugal e Espanha), em combinação com contribuições africanas de várias regiões, compondo exatamente a história que formou o Brasil colonial: o encontro entre colonizadores ibéricos, povos africanos trazidos pelo tráfico atlântico e, em menor escala, aportes de outras regiões (Américas, Ásia, Oriente Médio/Magrebe).
📌 Europa – 53%
Ibéria (Portugal e Espanha, 25%) → Núcleo da colonização do Brasil. Foram os portugueses que chegaram primeiro, e os espanhóis também tiveram influência na América do Sul.
Europa Ocidental (França, Inglaterra, Alemanha, Suíça, Bélgica, 13%) → Pode refletir migrações mais tardias ou misturas anteriores já presentes em Portugal e Espanha.
Itália (8%) → Lembra a imigração italiana que foi marcante no Brasil a partir do séc. XIX, mas também pode estar diluída na história mediterrânea ibérica.
Basco (3%) → Região singular da Península Ibérica, com identidade cultural própria.
Volga-Ural e Leste Europeu (<3%) → Provavelmente marcas genéticas mais antigas, herdadas de migrações na Europa.
📌 África – 33%
Aqui está o coração da fusão com a história do Brasil. O DNA mostra presença de todas as grandes regiões africanas envolvidas no tráfico atlântico:
Oeste da África (Angola, Camarões, Gabão, Congo, Guiné Equatorial, 12%)
→ Angola e Congo foram as principais origens de africanos escravizados no Brasil, sobretudo no séc. XVII–XIX. Povos bantos, que trouxeram línguas, religiosidades (como os fundamentos do candomblé angola e quimbanda) e ritmos musicais.
Costa da Mina (Nigéria, Gana, Togo, Benim, 11%)
→ Região fortemente ligada ao tráfico atlântico, sobretudo no séc. XVIII. Aqui estavam povos iorubás (cultura nagô), jejes (do Daomé/Benim) e hauçás (muitos deles islamizados). Esses grupos influenciaram profundamente a cultura afro-brasileira, do candomblé nagô às festas, comidas e até à língua (palavras do iorubá no português do Brasil).
Leste da África (Tanzânia, Quênia, Moçambique, Malawi, Zimbábue, Zâmbia, parte da África do Sul, 7%)
→ Os “africanos de Moçambique” também chegaram ao Brasil, em menor escala, principalmente nos portos do Rio de Janeiro no séc. XIX. Povos de línguas bantas, próximos culturalmente aos da África centro-ocidental.
Chifre da África (Eritreia, Etiópia, Somália, 3%)
→ Região com forte tradição cristã ortodoxa e islâmica. Não foi foco do tráfico, mas pode aparecer no DNA por migrações internas antigas dentro da África.
África do Sul (ligada ao componente do Leste e Bantos do sul)
→ Marca genética dos grandes movimentos bantos que se espalharam pelo continente.
📌 Américas – 8%
Amazônia (4%) e Andes (3%) → Podem refletir mistura indígena sul-americana, algo também comum na formação brasileira.
Patagônia (<2%) → Pode ser resquício genético pan-americano, ligado às migrações indígenas.
📌 Ásia – 3%
Japão e Coreia (3%) → Pode ser ruído estatístico, mas também pode refletir antigas migrações e trocas genéticas através da Eurásia.
📌 Oriente Médio e Magrebe – 3%
Magrebe (Argélia, Líbia, Marrocos, Tunísia, Mauritânia)
→ Lembra a longa presença árabe-muçulmana na Península Ibérica (séc. VIII–XV), que deixou marcas no DNA ibérico.
🌍 Síntese
Sua interpretação está correta: trata-se de uma mescla típica da história do Brasil — ibéricos colonizadores + africanos de diversas regiões (sobretudo Angola, Congo e Costa da Mina) + indígenas sul-americanos, com toques de influências mais distantes (Itália, Europa Ocidental, Magrebe).
A parte africana é especialmente rica:
Bantos (Angola, Congo, Moçambique, Zâmbia) → fundamentais para a base cultural afro-brasileira.
Iorubás, Jejes e Hauçás (Costa da Mina) → fortemente presentes nas religiões afro-brasileiras, na música e na culinária.
Outros aportes menores (Chifre da África, Leste e Sul da África) → lembram que o tráfico foi amplo e variado."
No fim pedi uma imagem sintética, com símbolos dos povos mencionados no resultado e a resposta :
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| Símbolos da minha ancestralidade Para o CHATGPT |
A RESPOSTA DO GEMINI:
"Com base na imagem que você forneceu, sua interpretação dos resultados de sua ancestralidade está correta. Os resultados mostram uma mistura de povos com predominância de ancestralidade europeia da Península Ibérica, seguida por povos africanos de várias regiões. Este padrão é de fato característico da história do Brasil, refletindo o passado colonial do país e a mistura de populações.
Vamos aprofundar nos povos e regiões que aparecem em seus resultados, principalmente os africanos.
Ancestralidade Africana
Seus resultados mostram uma ancestralidade significativa de três grandes regiões da África: Oeste da África, Costa da Mina e Leste da África. Essas regiões desempenharam um papel crucial no comércio transatlântico de escravos, que trouxe uma gama diversificada de povos para as Américas, incluindo o Brasil.
- Oeste da África (12%): Este é o seu maior grupo ancestral africano, abrangendo países como Angola, Camarões, Gabão, Congo e Guiné Equatorial. Esta região foi uma grande fonte de pessoas escravizadas transportadas para o Brasil. Os povos dessas áreas frequentemente pertenciam a uma variedade de grupos étnicos, incluindo os povos bantos, que eram habilidosos na agricultura e na metalurgia do ferro. Suas culturas, línguas e tradições tiveram uma profunda influência na cultura brasileira, especialmente na música, culinária e religião.
- Costa da Mina (11%): Esta região, que inclui Nigéria, Gana, Togo e Benin, também foi um centro fundamental para o comércio de escravos. Era lar de poderosos reinos e impérios. Muitas pessoas escravizadas desta região eram iorubás, ewes e fons. Suas práticas religiosas e culturais, como o Candomblé no Brasil, ainda estão muito vivas e são uma parte fundamental da herança cultural do país.
- Leste da África (7%): Esta região inclui países como Tanzânia, Quênia, Malawi, Moçambique, Zimbábue e Zâmbia. Embora não tão dominante no comércio de escravos para o Brasil quanto o Oeste e o Centro da África, pessoas desta região também foram trazidas para o Brasil, especialmente de Moçambique. Esta ancestralidade reflete a amplitude das rotas comerciais e as diversas origens da população escravizada.
- Chifre da África (3%): Esta região inclui Eritreia, Etiópia e Somália. Embora seja uma porcentagem menor, esta ancestralidade também faz parte da complexa história das populações da diáspora africana.
Ancestralidade Europeia
- Península Ibérica (25%): Este é o seu grupo ancestral mais significativo. A Península Ibérica, que inclui Portugal e Espanha, foi a principal potência colonial no Brasil. Colonizadores, colonos e comerciantes portugueses moldaram a língua, a religião e as estruturas sociais do país. Esta ancestralidade é um reflexo direto da história colonial do Brasil e do papel fundamental dos portugueses na formação de sua identidade nacional.
Um Padrão Ancestral Típico do Brasil
Seus resultados ilustram de forma bela a formação do povo brasileiro. A alta porcentagem de ancestralidade ibérica, combinada com uma mistura significativa de várias regiões africanas, é uma representação clássica da mistura luso-africana que define grande parte da população brasileira. Essa mistura não é apenas genética; é uma fusão cultural que moldou a música, a culinária, a arte e as tradições do Brasil por séculos.
É fascinante ver como um simples teste genético pode contar uma história histórica tão detalhada. Seus resultados são um testemunho das origens diversas e complexas do povo brasileiro."
Gostei muito, achei poética a resposta. A imagem sintética é realmente LINDA:
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Gostei muito da resposta, bem mais ampla do que eu conseguiria fazer sozinha.
domingo, 14 de setembro de 2025
"Alphaville", de Godard: uma recomendação de Murakami
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| Alphaville: um luxinho do Cinesesc |
Ainda durante a visita de Geraldo a São Paulo, conseguimos ingressos para assistir a exibição do filme Alphaville (1965),de Godard, indicação do livro "Após o anoitecer", de Murakami, que nós dois lemos e não tínhamos encontrado o filme em nenhum streaming .
Pedi ao chat GPT para comentar a relação entre o livro e o filme e a resposta foi parecida com o que tínhamos conversado:
"ANÁLISE PONTUAL
Em Depois do Anoitecer (After Dark, 2004), de Haruki Murakami, o nome do hotel onde Mari Asai é chamada para ajudar uma prostituta chinesa agredida é Alphaville. Essa escolha não é aleatória; Murakami faz uma referência direta ao filme Alphaville (1965), de Jean-Luc Godard, um clássico do cinema noir e da ficção científica.
O filme de Godard apresenta uma cidade futurista controlada por uma inteligência artificial chamada Alpha 60, que elimina emoções humanas e promove uma sociedade fria e mecanizada. Essa ambientação distópica e desumana ressoa com os temas de Depois do Anoitecer, que explora a alienação urbana, a desconexão emocional e a busca por significado na vida moderna.
Ao nomear o hotel de "Alphaville", Murakami estabelece uma conexão simbólica entre o espaço físico da história e o universo cinematográfico de Godard. Isso sugere que o hotel, um local de encontros fugazes e transações humanas, pode ser visto como uma metáfora para a cidade de Alphaville no filme — um lugar onde as emoções são suprimidas e as relações humanas são superficiais.
Além disso, a escolha do nome pode ser interpretada como uma crítica à sociedade contemporânea, marcada pela mecanização das relações e pela perda de autenticidade emocional. Assim como no filme de Godard, onde a cidade é governada por uma lógica fria e racional, em Depois do Anoitecer, os personagens navegam por uma Tóquio noturna que, apesar de viva e pulsante, parece desprovida de calor humano genuíno.
Portanto, a referência a Alphaville no romance de Murakami serve para aprofundar os temas centrais da obra e estabelecer um diálogo intertextual com uma das mais importantes críticas cinematográficas à desumanização na sociedade moderna."
Eis uma experiência completa!
Esse tipo de experiência é um luxinho que só o Cinesesc nos proporciona.
sábado, 13 de setembro de 2025
"Picasso : Um rebelde em Paris"
sexta-feira, 12 de setembro de 2025
Eu li "A mais recôndita memória dos homens", de M.M. Sarr
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| Com o livro, na biblioteca |
Terminei essa leitura que achei que seria incrível, que tinha tudo pra ser o livro da minha vida, que tem tudo a ver comigo ...mas sei lá,termino um pouco decepcionada.
Com ele? Comigo?
Me repensei muito como leitora, tive altas conversas com o CHATGPT sobre o livro e no fim sai aliviada de ter concluído a leitura. Quem sabe ainda venha a assimilar a leitura. Mas por hora: grande livro!
LEITURAS
18 de agosto de 2025
RECÔNDITA- Estou lendo "A mais recôndita memória dos homens", do senegalês Mohamed Mbougar Sarr. Além de ser uma aquisição recente do acervo da Biblioteca do SESC Pompéia, o exemplar está novinho 🤩: primeira edição brasileira, publicada pela Editora Fósforo em 2023, na tradução do francês por Diogo Cardoso. Trata-se de mais um retrato da colonização — tema que me interessa na literatura mundial contemporânea — escrito por um autor senegalês radicado na França. Pelo que soube, Sarr não se apresenta como francês e inclusive recusa a cidadania europeia.
Espero que seja um grande livro (altas expectativas), mas, por enquanto, só posso afirmar que é um livro grande: quase 400 páginas, divididas em três partes de cerca de 100 páginas cada, com letras miúdas e discussões densas.
Pelo que li em sinopses — e pelo pouco que entendi até agora — o narrador, Diégane Latyr Faye, é um jovem escritor senegalês do século XXI que entra em contato (ainda não sei se diretamente ou apenas por ouvir falar) com o livro "O labirinto do inumano", de T.C. Elimane. Esse livro, fictício, seria uma obra prima das “literaturas negras" do entreguerras, mas acabou gradualmente esquecida, assim como seu autor, após uma polêmica acusação de plágio.
A partir desse autor e dessa obra inventados, Mohamed Sarr constrói metáforas potentes para discutir a literatura pós-colonial. Se for isso mesmo (ainda estou muito no começo para confirmar), o enredo é bom, mas a escrita surpreende quem busca apenas uma narrativa envolvente: trata-se de um romance carregado de reflexões teóricas sobre livros, história da literatura, autores e colonização. Provavelmente vou demorar uma vida para concluir — mas não tenho pressa!
Aos poucos, vou compartilhando minhas impressões com vocês por aqui.😝
1 de setembro de 2025
RECÔNDITA: Continuo a leitura, "daquele jeito" tartaruga, e estou na metade. Já me entediei, já me surpreendi, já me emocionei e sobretudo,já me confundi toda com os nomes das personagens africanas! Agora continuo achando que é um livro ótimo, possivelmente a mais bem desenvolvida reflexão sobre os sentidos da literatura expressa na ficção do século XXI até agora (por isso estou lendo e não quero parar), mas até agora, eu preciso dizer, não é lá um livro dos mais envolventes. Como leitora, o comparo ao instigante "se eu viajante numa noite de inverno" do Italo Calvino, que, embora não seja referência pra ninguém que lê esse livro, pra mim é, pois o italiano também se propõe a discutir os sentidos da literatura, mas numa trama de onde você NUNCA MAIS VAI SAIR. Claro que o "recôndita" pode, e vai, me surpreender , desde que eu aguente firme e não abandone a leitura, o que seria uma covardia. Que setembro me traga a conclusão dessa LEITURA!
4 de setembro
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5 de setembro de 2025
LENDO COM A IA: Não é ruim conversar sobre leituras com a IA, não. Com mil questionamentos a partir da leitura de "A mais recôndita memória dos homens", pedi ao CHATGPT um balanço da recepção crítica do romance. Claro que ela mostrou as mais positivas e elogiosas. Aí comentei que minha experiência de leitura está indo pelo caminho contrário: embora ache os temas importantes, o livro não me prende, tenho vontade de abandonar a leitura sempre. Só aí que ela disse que muitos leitores relatam algo parecido e que talvez esse livro conquiste mais pela ideia de tê-lo lido do que pelo prazer de ler" . Tipo: é isso! Kkkk
Aí ela perguntou se vou insistir na leitura ou se quero dicas de livros mais envolventes, inclusive com o mesmo tema. Respondi que agora que passei da metade, vou até o final, na esperança do prazer posterior de ter lido 😜 Freud explica!
9 de setembro de 2025
RECÔNDITA: Voltei a ler ... Não está tão devagar a narrativa,mas confesso que já não me importo nem um pouco com o destino de Elimane, especialmente depois de ler a carta de 1940 atribuída a ele, nem com o "Labirinto inumano"... Estou no último capitulo, está indo por osmose,vai ter que ter uma reviravolta forte pra eu me empolgar nessa leitura. Sigamos...
12 de setembro de 2025
RECÔNDITA (FINAL): Acabei de terminar a leitura. Tenho que admitir que o fim do livro é muito bonito; imaginei tudo como se fosse um filme africano e fiquei feliz. Mas, quando comecei a ler o epílogo, pensei: "Pra que toda essa história tão longa? Por que esse labirinto?" 🤔
O fato é que, do meio para o final, o livro foi perdendo a graça. Fui pegando certo ranço dele, do seu personagem principal, o autor Elimane, e do seu único livro, o proibido "O Labirinto do Inumano". Daí que, no tão aguardado final, não me emocionei nem me surpreendi (não dessa vez). Só estou exausta, como se tivesse corrido uma maratona.
Claro que vou precisar de um tempo para assimilar melhor, mas termino na certeza de que é um livro para escritores. Para mim, não foi empolgante; foi mais cansativo do que proveitoso. No entanto, apesar do cansaço e de certa decepção, acho o livro excelente (notem tantos post-its!). Recomendo a leitura para quem gosta de literatura, para quem é escritor e, sobretudo, para quem não tem medo do labirinto.
RESENHA PRA GRUPOS DE LEITURA E SITE BIBLIOTECA
A MAIS RECÔNDITA MEMÓRIA DOS HOMENS- Terminei a leitura deste livro, sobre o qual tinha muitas expectativas, já que autores que admiro -como Socorro Acioli - o recomendaram vivamente. Trata-se de uma narrativa pós-colonial, escrita por um senegalês radicado em Paris, que acompanha a trajetória de autores africanos, com seu repertório natal, tentando escrever na Europa, lidando com a língua e as referências do colonizador — e, nesse processo, levantando muitos questionamentos.
Nesse campo, conheço e admiro os livros da angolana radicada em Lisboa, Djamila Pereira de Almeida, que cria ficções envolventes sem perder a densidade crítica. Já o texto de Sarr é mais erudito, dialoga de forma direta e transversal com autores teóricos que conheço apenas de passagem — como Jorge Luis Borges e Roberto Bolaño —, o que torna esse romance menos envolvente para mim.
A forma não linear e labiríntica, que recorre a diferentes linguagens (diários, cartas, depoimentos etc.), não é exatamente inédita; parece mais uma marca da literatura contemporânea. Neste caso, porém, soma-se o fato de ser um livro extenso — quase quatrocentas páginas, tornando a leitura cansativa. Apesar disso, admito que o final seja muito bonito: imaginei tudo como um filme africano e senti um certo respiro. Mas, ao começar a ler o “Epílogo”, já na página 393, não resisti a pensar: “Pra que tanta história? Por que esse labirinto todo?” 🤔
O fato é que, da metade para o final, o romance foi perdendo a força. Fui criando certo “ranço” tanto do livro quanto do personagem principal, Elimane, autor do renegado "Labirinto do Inumano". No tão aguardado desfecho, já não me emocionei nem me surpreendi como no início — apenas fiquei exausta, como se tivesse corrido uma maratona. O que talvez seja uma reação esperada a partir de um texto tão mental.
Claro que essa leitura ainda vai se sedimentar em mim com o tempo. Mas termino com a sensação de que é um livro escrito para escritores. Para mim, como simples leitora, foi menos empolgante e mais desgastante do que proveitoso. Ainda assim, apesar do cansaço e da decepção causada pela expectativa prévia, reconheço que é um grande livro (vide a quantidade de post-its na foto). Recomendo a leitura a quem ama literatura, a quem escreve e, sobretudo, a quem não tem medo de se perder no labirinto.
segunda-feira, 8 de setembro de 2025
"Os três obás de Xangô", um filme de Sérgio Marchado
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| "Os três obás de Xangô", Sérgio Machado |
Ontem no fim da tarde de domingo e feriado de setembro de setembro, fui ao CineSesc assistir um documentário delicioso e bem brasileiro.
No caminho, vem vendo bolsonari*tas de verde amarelo no metrô, deviam estar indo ou vindo de manifestação na Paulista (lugar que, por essas e por outras, evito aos domingos!) , uma tristeza ...
Ainda no caminho comecei a ver belezas: parece que já é primavera em São Paulo e os tapetes de ipê amarelo tomam a cidade, inclusive a rua Augusta
Fui ficando mais doce, depois do azedume
bolsonari*ta metrô, entrei no Cinesesc borifada de amarelo 💛
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| Um dos meus lugares favoritos de São Paulo |
Entrando lá, fui logo tirar selfie com o filme que fui assistir, que vi o cartaz no cinema em Niterói e agora tinha a chance de assistir em São Paulo por 10 reais!
O filme é uma ode a amizade entre Jorge Amado,Dorival Caymmi e Carybé , que receberam o cargo de Obá de Xangô (defensores do Candomblé e intermediadores entre terreiro e sociedade) e assim foram troçando um desenho do que seria a baianidade.
Com fotos e vídeos de época riquíssimos, leitura de alguns trechos de cartas entre os três,o documentário enchendo olhos de beleza na telona, faz a gente sonhar como deve ter sido bom ter vivido e convivido com essa tríade à época da formação daquilo que até hoje reconhecemos como um ser baiano.
Assistir a um filme no cinema, ainda mais um tão especial como o Cinesesc,tem todo um significado especial, que é sentir a reação do público. No caso foi muito calorosa a recepção, o filme foi aplaudindo e alguém até gritou no final VIVA O POVO DE TERREIRO ❤️😍
VIVAS!
Mais uns vez o Cinesesc fazendo a diferença 😍
Comentário posterior
AMIZADES : Disse Sérgio Machado que seu filme"3 OBÁS DE XANGÔ" emociona não porque é triste, mas talvez porque nos relembra uma época em que os relacionamentos eram mais sólidos e era possível e até inevitável que figuras como Jorge Amado, Carybé e Dorival Caymmi firmassem amizade tão frutífera !
🤔
quarta-feira, 3 de setembro de 2025
Choro vive na flauta de Leandro Tigrão
Podia ser mais uma terça-feira gorda, de terapia e instrumental,mas foi o primeiro show de setembro, muito especial.
A terapia foi boa , falamos um pouco sobre psicologia, sobre expectativas e, claro, sobre o filme "Como água para chocolate"(1912) , que assisti no fim de semana e ainda vai ganhar um post aqui no Pequenidades.
No Sesc reencontrei amigos e amigas e assistimos a belezinha do show do flautistas Leandro Tigrão e duas composições de choro. Uma beleza que você pode conferir aqui
Algumas fotos do show
Um pouco desatenta, ou preocupada com questões da vida prática, acabou que nem escrevi o comentário da volta, mas só hoje postei :
CHORO DE LEANDRO TIGRÃO No instrumental de ontem encheu minha vida de doçura e beleza. Show quase todo de composições próprias, mostra que o choro ainda nasce nessa terra. Acabou que não consegui escrever um comentário na volta, mas agora posso dizer como a música brasileira é linda de se ouvir. Como disse uma amiga ao meu lado "Que lindo, que bom que a gente veio!" ❤️
Valeu mais essa, instrumental!





































