quarta-feira, 4 de março de 2015

A HORA DAS CRIANÇAS - narrativas radiofônicas


Apareceu no meu Facebook e eu não acreditei que não conhecia esse livro!

"Entre os anos de 1927 e 1932, Walter Benjamin apresentou programas de variados gêneros em emissoras de rádio de Berlim e Frankfurt, que consistiam, em sua maioria, em palestras radiofônicas sobre livros e questões culturais. Entre elas, as chamadas “peças radiofônicas” (Hörspiele), encontram-se conferências, leituras literárias,resenhas de livros e histórias infantis. Ao todo, somam-se cerca de 86 programas com periodicidade variada, 60 dos quais ele mesmo se encarregou da leitura de apresentação.Propor uma programação que tivesse por interlocutores as crianças, no contexto do surgimento de uma nova tecnologia – o rádio, presente apenas há três anos no contexto alemão – dá-nos a dimensão do lugar ativo que Benjamin reserva às crianças na cultura, e da importância que a temática da infância ocupa em sua obra. Os textos aqui reunidos – que serviram de base para os programas radiofônicos – apresentam, de forma “miniaturizada” os grandes temas que atravessam a obra do autor: arte, técnica, política, cultura,história, memória e experiência. Trata-se de um esforço do filósofo em colocar em debate com as crianças temas que ele julga serem fundamentais à vida social. Nesse esforço, Benjamin reafirma sua tese de que, se por um lado, as crianças reivindicam o reconhecimento de suas especificidades, por outro, elas não constituem uma comunidade apartada da dinâmica social e de suas contradições. As crianças criam para si um mundo próprio, inserido num mundo maior, e o desafio para a construção de uma história em que as diferentes gerações possam se reconhecer em suas narrativas está justamente na busca de sentidos compartilhados à experiência da vida".(Nau Editora)

As bibliotecas da USP desconhecem esse volume e e ele  está um pouco difícil adquiri-lo, mas não posso desistir... o fato dele ser desconhecido mostra que, no Brasil, ´Benjamin não é levado muito  à sério, pois afora as fracas e numericamente pequenas  traduções da Brasiliense, quase não se conhece nada dele ...

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