quarta-feira, 18 de março de 2015

Sorôco, sua mãe, sua filha, versão para TV (1975)

Nem sabia que havia essa adaptação do grande conto de Rosa para mim . como um dos comentadores diz, foi preciso inserir elementos a história, acho que é porque  o conto é mais tópico, mais simbólico (a separação da família continha matéria suficiente para aquela pequena jóia), mas  para uma adaptação audiovisual foi necessário alongar a narrativa e não ficou das mais ruins. A adaptação tem várias citações diretas do Grande Sertão...  a estação de trem é muito igual a que tinha na cidade de Rosa, Cordisburgo ... tem Laura Cardoso, tem uma encenação da vida do Sorôco antes da cena simbólica, tem Laura Caroso, fazendo uma mãe amargurada pela vida  ... aparece a mulher de Sorôco, que morre doente e ele sofre muito com essa morte ... uma avó atormentada e  uma filha que acha que a avó só serve para atrapalhar ...e tem um Sorôco não tão só, como aparece no conto.E tem o prefeito, se aproveitando da situação ...
Quando eles chegam na estação, me arrepiei toda, como me arrepio sempre que leio:  "em mentira, pareia um enterro", e a filha, Bete Goulart aos 15 anos,  canta "no céu, no céu, com minha mãe estarei" (como no filme do Bial) ...mas elas não saem cantando "aquela cantiga", como está no conto, mas o Sorôco segue cantando, com todos ... e a gente, com ele ia, atá aonde ia aquela cantiga... terminei em lágrimas, claro! Ai, ai, ai!

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