segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

RELEMBRANDO 2018 2: Os 10 Melhores de 2018


Porque 2018 quase só deu ruim, vou tentar tirar leite de pedra e fazer um concurso das 10 melhores coisas  do ano. Tirei muitas coisa e fiquei só com o que quero guardar : 

1 Rolê : Samba do Sol na União Fraterna, uma roda de samba de verdade, nunca me diverti tanto num rolê, voltei cambaleante e sem voz para casa!
A chamada já indicava que a Grande Roda de Samba ia esquentar. Esquentou.

2 Música : "Gostava tanto de você", do Tim Maia, tema do meu ano do desapego de histórias mornas que só me intoxicavam... vida que segue!
Após o exercício do desapego!

3 Livro : Segredos guardados: orixás na alma brasileira, de Reginaldo Prandi, livro libertador e que vale pela melhor citação de 2018, ano em que eu mergulhei fundo na busca da ancestralidade e dos meus submundos de negra brasileira (mestiça) :  
“Mesmo  quando o negro se expressa para afirmar a negritude, a condição africana, não resta a ele fazê-lo senão como um brasileiro. Ainda que o passado ancestral perdido seja a África pluriétnica, multicultural, o passado recuperável  é aquele que o Brasil logrou incorporar  na construção de uma nova civilização, passado que só pode ser reinventado, memória  recriada. Entre o Brasil contemporâneo e a velha África, bem como  entre a antiga Europa e as perdidas civilizações indígenas, situa-se a nossa própria história, que nos impede ou auxilia no reencontro do nosso ponto de partida, nos meandros da civilização que ela mesma engendrou. " p. 172-3 

4 Filme : Pantera Negra, claro! Como toda aquela beleza, toda a ebulição da questão da representatividade, eu também me senti representada, me senti heroína negra descendente de Wakanda como Nakia(personagem de Lupita Nyong'o). Foi lindo ver sempre algum pretinho ou pretinha vestido ao modo do filme! Ele foi indicado ao Oscar de melhor filme, mas aqui já ganhou o prêmio, sem concorrentes! O melhor personagem é o vilão, Erik Killmonger, que disse as melhores frases do filme, como esta: 

Arrepia quando Michael B. Jordan a diz no filme

5 Foto: A solidão fria da estação de trem no Grajaú : muitos caminhos, nenhuma pessoa, só o cinza e o frio, assim como o ano de 2018.
Seetembro de 2018: retrato da solidão


6 Bebida: 51 Ice Limão ou Kiwi, para deixar em 2017 a Catuaba (que não é coisa de Deus) de lado, sem apelar para o Red Label, do MC sapão!

2018 foi ano do ICE!

7 Show
: Tom Zé, Grande Liquidação, novamente grandioso esse espetáculo, onde pude rever Tom, no auge dos seus 82 anos e ouvir de novo o show encerrar com Xique Xique. Depois da decepção com o Zeca Pagodinho, que nem tocou Caviar, voltei ao meu bom e velho ídolo,"bom rapaz, direitinho, desse jeito não tem mais"!



Capa de A Grande Liquidação 1968

8 Roupas e acessórios: A roupa do ano foi esse vestido jeans, bem justinho, que usei com vários lenços e brincos que me deixaram elegante ou divertida com o penteado lateral ou com a juba solta mesmo! Dos acessórios, foi o brinco da "Nó da Nega", "Menina mulher, da pele preta", de Ben, que me serviu como uma Wakanda forever! Até que fiquei bem na foto em 2018.


Brinco de Jorge Ben

Vestido Jeans

9 Conquista: Publiquei numa revista A1 (Topoi UFRJ) ,um artigo que tinha sido recusado por tantas revistas menores, essa era uma das minhas metas para 2018! Depois ele foi citado na Scielo. Sucesso!
Quando achei que nunca...

10 Preto do ano: A lista de concorrentes era enorme, mesmo tirando os que eu não conheço pessoalmente porque, glória a Deux que conheci muito preto esse ano, e meu critério para a escolha era "o que eu senti perto dele", mesmo assim tinha dado empate entre o pizzaiolo de coroa africana das Caldeiras e o "mestre sala" do Samba do Sol, pois os dois me fizeram sentir uma rainha, beijaram minha mão e derreteram meu coração. Escolhi o mestre sala, porque ele não fez isso só comigo, sua presença animou a mulherada da União Fraterna aquela noite. Precisamos de mais pretos assim em 2019!   
Sujeito sabe tratar uma mulher!

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