Sinopse da "Mostra" : "Descobrindo Sally conta a história de uma mulher de 23
anos vinda da
classe alta etíope que se tornou uma rebelde comunista com o Partido
Revolucionário do Povo Etíope. Idealista e apaixonada, Sally foi pega pelo
fervor revolucionário de seu país e acabou na lista dos mais procurados do
governo militar. Ela foi para a clandestinidade e sua família nunca mais a viu.
Quatro décadas após o desaparecimento de Sally, Tamara Dawit reúne as peças da
vida misteriosa de sua tia Sally. Ela revisita a Revolução Etíope e o massacre
pavoroso que aconteceu em seguida, que resultou em praticamente toda família
etíope perdendo um ente querido. Sua busca a leva a questionar noções de pertencimento,
convicções pessoais e ideais políticos em uma época em que, de novo, a Etiópia
está passando por mudanças políticas importantes."
Gente, que filme! Foi um dos mais impactantes que assisti esse ano. É totalmente histórico e não trata de qualquer história, mas a da Etiópia. Como sempre sobre este país, demorei muito para terminar de assistir, queria pegar cada detalhe, especialmente este , que é meio que um resumo da História contemporânea etíope, através da história dessa família, dessas mulheres lindas, fortes, sofridas! Fiquei muito emocionada! Aquele lindo povo etíope sofre muito, de guerra em guerra, sempre reprimido por todo lado, fome, massacres, militarismo, discriminação.
Ouvindo a história da Sally, uma tia desconhecida da diretora Tamara, é impossível não lembrar de tantas pessoas que foram perseguidas pelas ditaduras brasileiras, especialmente a militar de 1964, que faz parte do mesmo contexto (Levantes autoritários inseridos no contexto da Guerra Fria nas décadas de 1960/1970) em que Sally foi perseguida. Porém, infelizmente, acho que as coisas na Etiópia me parecem ter sido bem piores do que aqui, porque ao que parece, a violência ali não foi ocultada em nenhum momento, os massacres eram assumidos, os corpos expostos na rua, se dó nem piedade, um horror! O período em que Sally lutou, viveu na clandestinidade e faleceu, ficou conhecido como o “Terror vermelho” e a violência era tamanha que, segundo Dawit, traumatizou a população a ponto de os calar por décadas. O medo era maior.
Achei muito bonito quando Tamara diz que descobrir a história de Sally foi o caminho que ela encontrou para não apenas se reconhecer etíope, como também entender a Etiópia, ontem e hoje. Foi um mergulho na descoberta de sua identidade. Coisa muito, muito linda. Estou emocionada.
Printei várias cenas, por isso demorei umas das horas para assistir, mas valeu a pena,demais! A imagens:
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Pais de Sally, um embaixador e sua esposa |
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Tselote e Sally, na juventude |
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Primeiro Ministro 2018: Será o fim das guerras? |
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Tia Brutawit (irmã de Sally) |
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Tamara Dawit se casa com um etíope |
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Povo da aldeia onde Sally se abrigou na clandestinidade |
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Sally jovem e os pais em eventos da embaixada |
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Coquetéis da embaixada |
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Cova de Sally e de seu marido Tselote |
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Tamara Dawit: Em busca das origens etíopes |
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Duas ancestrais que guardam as histórias do doloroso passado |
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Revolta estudantil frente à fome na era do Imperador Haile Selassie |
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Primeira imagem da Etiópia no filme |
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O pai de Tamara Dawit entre as irmãs |
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Primeira vez que Tamara percebe a foto de Sally |
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Mas as fotos dela existiam, como essa ao lado da de seu pai , mas ela que nunca tinha reparado |
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Depois de se formar socióloga do Canadá, volta a Etiópia e se alia ao Partido Revolucionário do Povo Etíope PRPE |
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Cena linda, etíope lendo jornal |
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Tia Kibre |
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Tia Menbie |
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Etiópia rural |
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Luta das mulheres etiópes |
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Esposa de diplomata |
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Sally, anos 70 |
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Primeira grande fome na Etiória, anos 70 |
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Revolta pela grande fome |
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Esse edifício lindo em Addis Abeba eu conhecia de "Preço do Amor" |
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Quando o Imperador foi deposto |
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Mãe de Sally, anos depois de tudo |
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Linda mulher |
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Tia Tsion , a mais jovem |
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Sally na época da faculdade de sociologia |
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