terça-feira, 16 de março de 2021

"Um lugar sob o Sol", Marrocos, 2019, dir. Karim Aitouna


Segundo a divulgação do filme, a sinopse disponibilizada no site d Mostra de cinemas Africanos é:

“O filme mostra a movimentação de vendedores ambulantes após receberem a notícia que proíbe a comercialização de mercadoria contrabandeada na Rua Algéria em Tetouan.  Alguns esperam o pior, enquanto outros formam uma associação e organizam protestos. A narrativa traz à tona a dureza da vida na rua e o impacto do progresso em grandes cidades sobre esta parcela da população. O documentário joga luz sobre os vendedores ambulantes no Marrocos, apresentando de forma sutil e sugestiva suas existências complexas e suas relações familiares. Os personagens são muito ricos e fáceis de ganhar o espectador, o que os ajuda a perceber os pequenos ativismos do cotidiano neste país do Magrebe.”

E o filme mostra mesmo tudo isso, ou quase tudo. Só senti que é um documentário mais tradicional, não senti tanta complexidade nas personagens, embora algumas sejam bem interessantes. Senti falta de mais criatividade no audiovisual mesmo, não tem trilha sonora, nem performance, nem nada de diferente, como costuma ser no documentário contemporâneo. Para mim, como expectadora, ficou chato de assistir.

No entanto eu gostei de ver um Marrocos mais citadino, como eu não tinha visto antes. Nesse país diferente vi tantas coisas iguais ao Brasil, como as entranhas da cidade, as dificuldades das pessoas pobres, que trabalham na rua todo dia para comer mesmo, aguentam “humilhação, chuva e frio”, como uma sina mesmo e tem dias que não vendem nada.

No filme eles estão passando por uma transformação no trabalho, como nos explica a sinopse disponível no site do Spcine:


"A Rua Algéria em Tetouan é o coração vibrante da cidade, onde vendedores ambulantes vendem todos os tipos de mercadoria contrabandeada. De repente surge uma notícia: não será mais permitido aos mercadores venderem suas mercadorias nas calçadas. Tem um novo mercado fechado em construção – mas nem todos terão acesso a um quiosque para conduzir seus negócios. Para Mohamed, Abdel Slam e muitos outros que cresceram na Rua Algéria é como se o tempo, de repente, entrasse em suspensão. Alguns esperam o pior, outros formam uma associação e organizam protestos."

Novamente é verdade e talvez esse resumo aponte para o tema que eu achei que é principalmente abordado, o sentimento de desamparo, susto, medo e indignação por “perderem” seu lugar de trabalho. Também gostei que alguns deles vão se unir, protestar e vão atrás do seu corre. Mas no fundo é tão triste e não tem nenhum respiro áudio visual que eu perceba ser bom o suficiente. 

Mas eu gostei de ver Marrocos de dia, sempre com alguma  referêcia rosada, tornando o cenário um pouco mais delicado. As imagens, cenários em tons pastéis

Cores nas mercadorias

Rosa no carrinho

Cores ao fundo

As mochilas: rosadas

Manifestação: corzinhas 

Roupas em tom pastel

Coberto rosa

Roupas dão o tom da imagem













 

 


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