quinta-feira, 6 de abril de 2023

Batiputá: uma história sobre pai Oxósssi

 


BATIPUTÁ : Nesse livro INCRÍVEL ,organizado por Marcelo Moutinho, temos 18 contos inspirados nos arquétipos dos orixás. Estava louca pra ler, emprestei da biblioteca do Sesc Pompéia e fui ler o primeiro. Não sei bem o motivo (mentira, óbvio que eu sei, meu pai é caçador de uma flecha só, ele lança e eu só sigo rs), ou talvez porque hoje é quinta feira, fui direto na história sobre meu pai Oxósssi, Batiputá, escrita pela minha querida autora Socorro Acioli. Muito bom ...
Antes do conto, se explica um pouco do arquétipo do orixá
Capa e ilustrações: Antônio Gonzaga

 O conto é cheio de detalhes referentes aos mitos de Oxósssi: o silêncio, as abelhas, a flecha salvadora e única,  fala da encantaria (comentei sobre isso aqui esses dias), das mensagens dos orixás através de sonho (sempre acontece comigo, inclusive com Oxósssi), fala sobre caminhar sozinho na mata (me remete a uma rica lembrança de infância, que só depois de adulta, vislumbrei ter sido meu primeiro contato acalentador com meu pai Oxóssi e minha mãe Oxum). Me lembrei que um aspecto do arquétipo de Oxóssi não citado nesse livro, mas que eu conheço: ele é o orixá do conhecimento. Refletia Martin Heidegger, em seu "Caminhos de floresta", sobre problemas e soluções que encontramos numa caminhada difícil, algo que podemos ler como metáfora da própria pesquisa (busca do conhecimento). Esse conto é maravilhoso, super indico. Vou ler o livro com calma, se outro conto me interessar, volto a comentar.
Ainda sobre o conto escrito por Socorro Acioli, temos esse trecho

No conto, uma jornalista acompanha um grupo de pesquisadores que vão colher na mata o Batiputá, que é o líquido sagrado dos índios, que cura tudo, e vem  de presente dos encantados. Nesse trecho da página 53 do livro, depois de tomar o mocororó (vinho dos índios) ela se descola do grupo, entra na mata sozinha, e é salva pela flecha única de um índio bonito, que depois fica sabendo ser Oxósssi 💙💚🏹
Acho linda a manifestação de Oxossi na mata...

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