Grupo Cangurussu |
No sábado, 13 de abril, eu me preparei para dar um rolê de fim de semana e fui passear lá no Butantã, perto da USP e de onde eu trabalhei, perto da Av. Eliseu de Almeida. Fazia muito tempo que eu não andava por aquelas paragens, até conheci um boy que se dispôs a me conduzir ao local (homens!), mas ele confundiu o local com o instituto Butantã e eu acabei atrasando um pouco, mas como estava muito adiantada e é pertinho, cheguei cedo mesmo assim!
A casa é maravilhosa, colorida, exala cultura por todos os lados, tirei muitas fotos de detalhes que postei nas redes sociais e mostro no fim desde post um pouquinho. Não todas, mas a maioria das imagens remetiam ao culto e a manifestações para os oriás, a entrada veio para Iemanjá, Yabá com quem mantenho forte relação e com ela "conversei" mentalmente o da todo.
Lugar lindo esse cada de Cultura Butantã |
Eu fui bem arrumadinha, de verde militar, que é uma das cores do outono/inverno 2024, que eu acho muito chique e gosto muito, mas não acho que me valorizou tanto... tem pouca luz, mas fiquei uma milica simpática
Tinha visto vitrines na semana, só verde militar,creme e preto para outono/inverno... Tentei me adequar, mas para mim a cor 2024 é vermelho, em seus tons |
Mas meu rolê tinha um objetivo: prestigiar meu amigo Adriano Bezerra tocando trombone no Cangurussu, grupo de samba reggae. Eu tentei registrar o quanto pude, gravei, fiz transmissão ao vivo, mas as imagens não ficaram muito boas, porque garoou o tempo todo e isso atrapalhou a tela do celular, uma pena!
Claro que como todo um grupo centrado em manifestações de origem africana que sustentam a cultura brasileira, como o samba reggae. O Cangurussu apresenta rapidamente a história do samba reggae, nascido na Bahia na década de 1980, a partir do Olodum . Mas não só isso, o grupo também faz misturas e apresenta resultado de uma vasta pesquisa sobre ritmos afro, que se ouviria na Bahia. Emocionante foi reconhecer, reconhecer e cantar junto algumas antigas memórias de sonoridades ouvidas há décadas em visitas a terreiro de candomblé, que agora já fazem parte do meu inconsciente !
Sobre o som, destaco de início que tinha uma cantora de voz potente, convocando a memória das ancestrais, de arrepiar... depois a celebração com os instrumentos, como adoro ouvir. E os metais, que foi a voz de instrumento que fui lá para ouvir: além do trombone, se não me engano (sou leiga e erro no nome dos instrumentos), tínhamos trompete e sax ... Essa mistura me agrada tanto, porque é manifestação, é história, uma fineza só!
Todos e todas muito bem vestidos, alegres, carinhosos, me senti abraçada por eles e quero voltar a prestigiá-los com certeza!
Mas além disso o samba reggae é uma música para dançar e o grupo trouxe os bailarinos, coisa muito linda e empolgante de verdade, uma pena foi que tivemos uma convidada indesejada, a virada no tempo, esfriou e garoou, isso espantou o público, uma pena porque o som estava uma delícia para curtir e dançar. De qualquer forma fiz alguns vídeos, além da transmissão ao vivo, para ficar com gostinho de quero mais...
Já disse ao Adriano que tenho muito orgulho em ser amiga de alguém como ele, um músico de conservatório, um pesquisador sensível e, como eu, interessado pela cultura negra, especialmente o samba e suas variações. Quando ele me convida para ouvi-lo me sinto honrada e vou, porque eu sou uma boa ouvinte e isso me nutre tanto, talvez ele nem imagine o quanto. Quanta alegria essa troca me traz!
No fim do dia eu , que estava com fome porque cheguei cedo demais no rolê, parei para lanchar no Subway do shopping lapa na volta, como não fazia há anos...novos ciclos, retomando velhos lugares que ressignifico.
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