domingo, 29 de março de 2015

João Donato e Chucho Valdés: Brasil e Cuba no SESC Belenzinho


Teve  o encontro de João Donato e Chucho Valdés no SESC Belenzinho ontem.
  
A quem duvida de que eu fui, eis alguns registros. Baita som, claro ... só achei o público bem morno, tinha a chance de se levantar e deixar o corpo se manifestar no espaço da Comedoria , mas não o fizeram... e mais: presenciei alguns que até bateram boca por causa de lugar para se sentar... enfim... João Donato e Chucho Valdés são muito mais e eu continuo desfrutando o presente de ter visto os dois tocarem juntos em 2015!!!!! DEMAIS!
João Donato e Chucho Valdés: Brasil e Cuba!

Ao fundo, de amarelo, só o Robertinho Silva!


sexta-feira, 27 de março de 2015

Ligação Infantil (autor desonhecido)

Recebi no Facebook, postado por RisoFlora

Ligação no infantil

- livraria da travessa, júlia, boa noite.
- oi! é da livraria?

percebo que a voz do outro lado da linha é de criança.

- é sim, quem fala?
- amanhã eu vou aí e queria que você guardasse livros legais pra mim.
- sim, mas quem está falando?
- sou eu, bernardo. amanhã minha mãe vai me levar aí e eu quero livros legais. guarda pra mim?
- sim, bernardo, mas quais livros você quer?
- todos os legais, moça! minha mãe disse que ia me levar hoje, mas não levou. mas amanhã ela me leva.
- bernardo, a sua mãe está aí com você?
- tá, calma aí que eu vou chamar. MÃÃÃÃÃE!

escuto a voz ao fundo

- BERNARDO, COM QUEM VOCÊ ESTÁ FALANDO? PRA QUEM VOCÊ LIGOU?

ela pega o telefone

- alô, de onde fala?
- oi, boa noite. aqui é da livraria da travessa, seu filho ligou pra cá pedindo que eu separasse uns livros...

- ai meu deus, bernardo! por que você não pode jogar videogame quieto como todas as outras crianças?
- porque minha mão cansa rápido, meu célebro não.

tutututu

segunda-feira, 23 de março de 2015

OMNIKESTRA E TOM ZÉ

OMNIKESTRA E TOM ZÉ 
No final, depois da chuva, do trânsito, do alerta de atenção na cidade eu teimei e sai : DEU TUDO MAIS QUE CERTO NO SHOW DA OMNIKESTRA E TOM ZÉ em 20 de março de 2015 Emoticon heart
Cheguei no Sesc Vila Mariana  e fui logo tomar minha tradicional sopa e, imagine só quem apareceu o TOM ZÉ! kkkk 
Eu e Tom Zé em 20 de março 2015

Não me aguentei e tietei mesmo :
Eu: " Tom Zé, eu te amo!!"
Ele, acariciando meus cabelos : "Eu também te amo, minha querida, acredite!"
GANHEI MEU DIA ! Como eu sou tiete e vou onde sei que o Tom Zé vai há anos, assisto a todos os shows e tal, estou sempre o vendo, simpático e receptivo, mas nem sempre vou abordá-lo, não quero atrapalhar, já falei com ele várias vezes, abracei, tenho autógrafos, fotos dele e com ele, então algumas vezes dou a chance pra outros abordarem o gênio, como quando assisti o show dele em fevereiro desse ano, era a mesma coisa, cheguei antes no sesc Belenzinho e na comedoria estava não só ele, como também a Neuza e a super banda fazendo um lanche, fiquei assistindo as pessoas abordando-o e sendo carinhosamente recebidas e o amei mais ainda , mas fiquei na minha, só que ... na sexta feira passada ele estava comendo só com o Marcelo (que ele acha que todo mundo sabe quem é... kkk ) e depois que terminou, foi tirar foto com uma criança e eu achei que era a minha chance de me aproximar para me declarar novamente ... foi bom pra todos. 
Depois  o show:   Que sons! Que demais ... tão intrauterinos, pré culturais, sei lá o que,  da Omnikestra... Tom Zé, como sempre GENIAL! Ele, convidado, foi recebido pela orquestra com uma composição que disseram ser como um espécie de Portal do Inferno ... ai ele veio todo prosa, tocando uma variação "smetresca" de Nave Maria (aquela sobre "quando eu cheguei das estrelas, entrei na Terra por uma caverna chamada nascer ...) e outros sons por demais de geniais! Adorei!
Alguns instrumentos criados por Smetrak

quarta-feira, 18 de março de 2015

A Terceira Margem do Rio - (Guimarães Rosa)

Sorôco, sua mãe, sua filha, versão para TV (1975)

Nem sabia que havia essa adaptação do grande conto de Rosa para mim . como um dos comentadores diz, foi preciso inserir elementos a história, acho que é porque  o conto é mais tópico, mais simbólico (a separação da família continha matéria suficiente para aquela pequena jóia), mas  para uma adaptação audiovisual foi necessário alongar a narrativa e não ficou das mais ruins. A adaptação tem várias citações diretas do Grande Sertão...  a estação de trem é muito igual a que tinha na cidade de Rosa, Cordisburgo ... tem Laura Cardoso, tem uma encenação da vida do Sorôco antes da cena simbólica, tem Laura Caroso, fazendo uma mãe amargurada pela vida  ... aparece a mulher de Sorôco, que morre doente e ele sofre muito com essa morte ... uma avó atormentada e  uma filha que acha que a avó só serve para atrapalhar ...e tem um Sorôco não tão só, como aparece no conto.E tem o prefeito, se aproveitando da situação ...
Quando eles chegam na estação, me arrepiei toda, como me arrepio sempre que leio:  "em mentira, pareia um enterro", e a filha, Bete Goulart aos 15 anos,  canta "no céu, no céu, com minha mãe estarei" (como no filme do Bial) ...mas elas não saem cantando "aquela cantiga", como está no conto, mas o Sorôco segue cantando, com todos ... e a gente, com ele ia, atá aonde ia aquela cantiga... terminei em lágrimas, claro! Ai, ai, ai!

quarta-feira, 11 de março de 2015

A vida louca de Descartes

Compartilhando o link de  uma resenha sobre um texto sugerido como bibliografia complementar a respeito do racionalismo de Descartes no curso de Teoria I.
Se você achava que o Descartes foi um filósofo e personagem enfadonho e sistemático, se enganou ...confira algumas loucuras de sua biografia ... rsrsrs

terça-feira, 10 de março de 2015

O Caderno Secreto de Descartes, de Amir D. Aczel

Olha o livro que os alunos de Teoria I estão lendo:  O Caderno Secreto de  Descartes, de Amir D. Aczel... Mas o professsor é muito bom, transforma o que poderia ser enfadonho e desinteressante em algo muito bacana. Quando eu crescer, vou dar aula assim!
Só se ser Caderno (amo) já achei super "camilístico", mas esse Caderno
"consistia em 16 páginas de pergaminho. Continha uma notação esquisita. Alguns símbolos pareciam associados à alquimia e à astrologia - não eram caracteres usualmente  encontrados em textos sobre matemática. Junto deles havia figuras estranhas, obscuras, e ainda sequencias de números aparentemente incompreensíveis. Que significava tudo aquilo" A.A.
ACZEL, AMIR D. O Caderno secreto de Descartes: Um mistério que envolve filosofia, matemática, história e ciências ocultas. Trad. Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed, 2007.  

sábado, 7 de março de 2015

Profissão : Historiador


E a profissão de historiador segue rumo à regulamentação...
NOTA DA DIRETORIA DA ANPUH/BR SOBRE A APROVAÇÃO DO PL 4699 PELA CÂMARA DOS DEPUTADOS
Prezados(as) associados(as) e colegas,
A última terça-feira, 3 de março de 2015, foi um dia memorável para a ANPUH e para os historiadores brasileiros. A Câmara dos Deputados aprovou, por unanimidade, o PL 4699/2012, de autoria do senador Paulo Paim, que regulamenta a profissão de historiador (quando começou no Senado ele foi registrado como PL 368/2009).
Foi uma vitória de enorme importância. Um prêmio à nossa tenacidade e capacidade de articulação, e também um resultado da mobilização de todos que enviaram mensagens para os deputados manifestando apoio ao projeto. A presença de representantes da diretoria da ANPUH na Câmara foi fundamental para o sucesso, pois, ao conversarmos com várias lideranças partidárias esclarecemos dúvidas e mostramos a justeza da nossa demanda, o que viabilizou a manutenção do PL na pauta da sessão.
No momento da votação em Plenário, foi verdadeiramente um prazer ouvir discursos proferidos por parlamentares de diversos quadrantes políticos exaltando a importância do conhecimento histórico e o papel social dos historiadores. Mais notável ainda foi termos alcançado essa vitória em contexto de grave crise política, que tem ocupado o centro das atenções das lideranças parlamentares.
Não há dúvida que o virtual consenso favorável ao PL 4699 na Câmara dos Deputados deveu-se às negociações que empreendemos para aperfeiçoar o projeto original, o que gerou acordos com outras entidades interessadas no tema (como a Sociedade Brasileira de História da Educação e a Sociedade Brasileira de História da Ciência) e a ampliação do arco de apoiadores.
Neste momento, é importante registrar o nosso reconhecimento a todos os que nos apoiaram na Câmara dos Deputados, em especial os deputados historiadores Pedro Uczai, Alessandro Molon, Chico Alencar e Afonso Florence, e os assessores parlamentares e também historiadores de formação Marcus Antônio Braga, Márcio Pereira e Daniel Lemos, entre outros.
Também agradecemos aos ex-deputados Roberto Policarpo e Fátima Bezerra (atualmente senadora) por seus pareceres favoráveis ao projeto nas comissões da Câmara em que ele tramitou. Igualmente fundamental é prestar homenagem às diretorias anteriores da ANPUH que se empenharam nessa luta, especialmente as gestões presididas por Benito Bisso Schmidt e por Durval Muniz de Albuquerque Junior.
O nosso entusiasmo justifica-se devido às dificuldades que tivemos de vencer para chegar aqui. No entanto, a caminhada ainda não atingiu o objetivo final. A atenção se volta agora para o Senado Federal, que vai apreciar novamente o projeto de lei, e já começamos as articulações com lideranças daquela Casa.
Pelas razões anteriormente apontadas e também pelo fato de o projeto ser originário do Senado, que aprovou o texto apresentado pelo senador Paulo Paim, nossa expectativa é por uma tramitação tranquila. Porém, continuamos atentos e mobilizados.
A etapa seguinte e final do processo, a sanção presidencial, talvez implique desafios mais difíceis. Sabe-se que alguns segmentos do governo não veem com bons olhos as leis de regulamentação profissional, devido à suposição de que significariam “reserva de mercado”.
A resposta que devemos apresentar é semelhante ao que já manifestamos em outras ocasiões: o objetivo não é garantir privilégios, porém, fortalecer a formação profissional e receber o mesmo tratamento legal dispensado a dezenas de outras profissões no Brasil. Interessa-nos, em especial, criar condições legais para a abertura de concursos para o cargo de historiador nos órgãos públicos, o que não tem ocorrido devido à ausência da regulamentação.
Não custa reiterar, mais uma vez, que a aprovação da lei em nada vai alterar a atuação da ANPUH e o seu papel, já que não serão criados conselhos profissionais ou órgãos do gênero. Lembramos, também, que o registro profissional será uma atribuição dos órgãos públicos, e não da ANPUH. Entretanto, certamente esperamos que a lei contribua para o fortalecimento da nossa profissão, bem como para ampliação do mercado de trabalho e maior valorização dos historiadores.
Por isso, achamos que vale a pena seguir em frente, esperando contar com o apoio de todos(as).
Saudações, a Diretoria da ANPUH

Um último registro do professor Nicolau Sevcenko

Ouça, a seguir, a palestra em que Sevcenko explica os anos 1980, da ditadura à redemocratização,  e relembra algumas passagens históricas que o levaram a escrever o livro, "A Revolta da Vacina". A palestra foi realizada em agosto de 2010, no anfiteatro de História e foi a ultima aparição pública do prof. Nicolau na USP. Foi gravada em áudio pela Editora Cosac&Naif.
Na sequência, depoimentos dos professores Murillo Marx, da FAU, e Elias Thomé Saliba, do departamento de História da USP, que também participaram do evento.
Link do áudio: 

quarta-feira, 4 de março de 2015

A HORA DAS CRIANÇAS - narrativas radiofônicas


Apareceu no meu Facebook e eu não acreditei que não conhecia esse livro!

"Entre os anos de 1927 e 1932, Walter Benjamin apresentou programas de variados gêneros em emissoras de rádio de Berlim e Frankfurt, que consistiam, em sua maioria, em palestras radiofônicas sobre livros e questões culturais. Entre elas, as chamadas “peças radiofônicas” (Hörspiele), encontram-se conferências, leituras literárias,resenhas de livros e histórias infantis. Ao todo, somam-se cerca de 86 programas com periodicidade variada, 60 dos quais ele mesmo se encarregou da leitura de apresentação.Propor uma programação que tivesse por interlocutores as crianças, no contexto do surgimento de uma nova tecnologia – o rádio, presente apenas há três anos no contexto alemão – dá-nos a dimensão do lugar ativo que Benjamin reserva às crianças na cultura, e da importância que a temática da infância ocupa em sua obra. Os textos aqui reunidos – que serviram de base para os programas radiofônicos – apresentam, de forma “miniaturizada” os grandes temas que atravessam a obra do autor: arte, técnica, política, cultura,história, memória e experiência. Trata-se de um esforço do filósofo em colocar em debate com as crianças temas que ele julga serem fundamentais à vida social. Nesse esforço, Benjamin reafirma sua tese de que, se por um lado, as crianças reivindicam o reconhecimento de suas especificidades, por outro, elas não constituem uma comunidade apartada da dinâmica social e de suas contradições. As crianças criam para si um mundo próprio, inserido num mundo maior, e o desafio para a construção de uma história em que as diferentes gerações possam se reconhecer em suas narrativas está justamente na busca de sentidos compartilhados à experiência da vida".(Nau Editora)

As bibliotecas da USP desconhecem esse volume e e ele  está um pouco difícil adquiri-lo, mas não posso desistir... o fato dele ser desconhecido mostra que, no Brasil, ´Benjamin não é levado muito  à sério, pois afora as fracas e numericamente pequenas  traduções da Brasiliense, quase não se conhece nada dele ...

Biblioteca da FE abrigará exposição de esculturas lúdicas sobre infância da artista Sandra Guinle

Acabo de receber a divulgação e copio aqui:

Biblioteca da FE abrigará exposição de esculturas lúdicas sobre infância

A Biblioteca da Faculdade de Educação (FE) da USP vai abrigar, a partir do dia 11 de março, um parque de esculturas muito especial: as obras monumentais móveis da artista Sandra Guinle, que reproduzem o universo de jogos e brincadeiras de uma infância de outrora. Em Memórias de Uma Infância – Cenas Infantis, Sandra busca o resgate do universo infantil onde a imaginação e criatividade eram ingredientes fundamentais para as brincadeiras dos tempos passados.
As esculturas lúdicas de Sandra Guinle foram doadas ao Museu da Educação e do Brinquedo (MEB) da FE e encontram-se no segundo andar da biblioteca, em amplo e iluminado espaço destinado à pesquisa de acervos especiais, obras raras, entre mesas com computadores, aconchegantes e coloridos sofás, e a paisagem verdejante das tipuanas, que podem ser vistas pelas janelas. As obras permanecerão na biblioteca até que o prédio do Museu de Educação e do Brinquedo seja concluído.
Antes exclusiva dos livros, a biblioteca passa a ter, nos tempos atuais, uma nova concepção que integra o registro da cultura por meio dos livros com outras formas de registro, como obras de arte, brinquedos e espaços lúdicos. Tome-se como exemplo as bibliotecas da Bélgica, onde convivem em harmonia livros, brinquedos, arte e cultura. Livros e brinquedos podem ser emprestados, e os eventos nesses espaços incluem não apenas lançamentos de publicações, mas exposições de arte, inclusive da arte infantil, fruto do registro da cultura lúdica. A integração de espaços e de concepções é o foco que ilumina as ações do século 21.
Nesse ambiente destaca-se a brincadeira de amarelinha, balões, pipas, balanços, bambolê, carniça, bola de gude, carrinho de rolimã, balanços, trepa-trepa, ciranda e pular corda. Alguns jogos infantis retratados pela artista em esculturas de bronze colorido, que têm ainda a magia de poderem ser tocadas e até mesmo movidas pelas crianças. É um convite para imaginação, reflexão, produção e expressão da cultura. “Tudo pode ser tocado, e o público poderá sentir e sonhar”, avisa Sandra.
Trabalhando inicialmente com tela de arame, onde monta a estrutura de barro que será o molde da futura peça fundida em bronze e depois pigmentada com cores, Sandra Guinle recria o tempo de sua infância passada no interior de São Paulo, em que mulheres lavavam roupas no riacho enquanto as crianças brincavam com o barro. “A criança nunca estava sozinha”, lembra, ressaltando que seu trabalho denuncia a “tecnologia avassaladora que cerca o universo infantil, onde o jogo de amarelinha foi encaixotado”.
Para a professora Belmira Bueno, Diretora da Faculdade de Educação, “contar com esse conjunto de esculturas é um privilégio para a FE, que pode, além do mais, comunicar a seu público um novo sentido da biblioteca. Um espaço não mais formado unicamente por livros, mas também por acervos culturais diversos e espaços que valorizam a estética, o conforto e o prazer”.

E a artista não exclui nenhuma criança. Seu envolvimento com a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) provém da experiência de sua filha, Maria Isabel, que foi estudar essa forma de comunicação para conversar com crianças surdas. Essas vivências colaboram para viabilizar, inclusive, o direito das crianças cegas experimentarem pelo toque e descobrirem o brincar infantil, elas podem “ver” suas esculturas, em painéis táteis.
“A importância da doação desse acervo, para além da estética e riqueza material, é a de constituir peça fundamental na formação de professores brincantes dotados de atitude lúdica e capacidade de dar suporte à expressão lúdica das crianças. Nesse ambiente, professores podem ocupar o espaço da exposição para suas aulas interativas sobre o brincar e a cultura, assim como crianças e adultos podem relembrar suas brincadeiras, em reflexões, gestos e narrativas carregados de imaginação e de aprendizagens em visitas monitoradas”, afirma a professora Tizuko Morchida Kishimoto, curadora da exposição.

Instalação

Quarenta e duas esculturas pequenas, em bronze colorido, mostrando jogos como bola de gude, pião, gangorra e trepa-trepa estarão expostas. Exibe-se também, sete esculturas interativas de grandes dimensões – algumas atingindo três metros de altura e alicerçadas em roldanas embutidas – e duas de médio porte. Juntamente a isso, 15 painéis táteis para portadores de baixa visão. Por todo o espaço encontram-se frases poéticas de Sandra referindo-se a infância de outrora.
Uma vídeo instalação feita por Tereza Lampreia e Ricardo Gomes mostrará o processo criativo, da modelagem das peças à fundição, trazendo depoimentos da artista e imagens poéticas de uma infância cada vez mais distante dos tempos modernos. Tudo ao som do refrão da música Roda Viva, de Chico Buarque.
Interatividade é uma das características do trabalho de Sandra Guinle. Bases acrílicas giratórias permitem que as esculturas sejam movidas e sentidas. “Extrair do bronze, metal duro e frio; leveza, movimento e emoção sempre foi um desafio para mim”, relata a artista. A exposição conta todas as informações em braile.


Oficinas

Um dos segmentos mais importantes do projeto são as atividades e oficinas gratuitas para crianças a partir de cinco anos. Essas oficinas têm como alvo principal alunos da rede pública e crianças com necessidades especiais e o objetivo é acentuar ainda mais o encantamento e a ludicidade que as obras da artista provocam e fazer uma celebração da infância e do imaginário infantil. A intenção da artista é dar a essas crianças acesso a arte e estreitar ainda mais sua relação de respeito e carinho para com elas.
Através de rodas de histórias e oficinas de expressão, os participantes poderão desenvolver a sua criatividade confeccionando pipas, brinquedos populares, brinquedos com argila e outros elementos da natureza, além de vivenciar brincadeiras populares de diversas regiões do Brasil.

Sandra Guinle

Nascida e criada em Monte Mor, interior do Estado de São Paulo, Sandra Guinle residiu no Rio de Janeiro de 1998 a 2010. Iniciou seus estudos de Artes Plásticas em 1997, na Arquitec/Campinas, onde cursou desenho, pintura, cerâmica e história da arte. Na Escola de Artes Visuais do Parque Lage frequentou os cursos de desenho e pintura (1998 a 2001) e é uma autora autodidata. Sandra deu aulas nas oficinas “Fazendo Arte” da FE. Além de palestras, essas mesmas oficinas, foram dadas também em algumas comunidades carentes do Rio de Janeiro.
Procurando estreitar a admiração e o respeito pelos portadores de necessidades especiais, Sandra Guinle permite o toque em suas obras e informações em braile, estão presentes no espaço onde ocorre suas exposições.

Serviço

Abertura: 11 de março, quarta-feira, das 18 horas às 21h30
Agendamento de grupos: (11) 3091-3206 ou pelo email lina@usp.brEntrada gratuita
Horário: de segunda a sexta, das 9 às 12 horas (para crianças até 12 anos) e das 9 às 22 horas (acima dos 16 anos).
Local: Biblioteca da Faculdade de Educação da USP (Av. da Universidade, 308, 2. andar, Cidade Universitária).
Mais informações: (11) 3091-3206, email lina@usp.br
Biblioteca da FE abrigará exposição de esculturas lúdicas sobre infância
Editoria: EducaçãoUSP Online Destaque | Autor: Redação | Data: 2 de março de 2015
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